segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tom Jobim: biografia e obra

Tom fez parte do núcleo embrionário da bossa. Tempos de bom gosto e poesia na música... e agora?


Tom Jobim (Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim), compositor, instrumentista, regente e arranjador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25/1/1927, e faleceu em Nova York, Estados Unidos, em 08/12/1994. Nascido no bairro da Tijuca, na Zona Norte, ainda criança foi morar em Ipanema.


Começou tocando violão e aos 14 anos seu padrasto levou-o a estudar piano com Hans Joachim Koellreuter. Mais tarde foi aluno de Lúcia Branco (piano) e Tomás Terán (violão). Trabalhou durante algum tempo num escritório de arquitetura, carreira que pensava seguir, mas que deixou para se tornar pianista e estudar harmonia.

Em 1949 casou com Teresa, sua namorada desde a adolescência, continuando a tocar piano em inferninhos e boates cariocas. Três anos depois, foi trabalhar na gravadora Continental, onde transcrevia para a pauta as melodias de compositores que não conheciam música.

Em 1952 passou a fazer arranjos para as gravações e, a partir desse ano, sua carreira tomou impulso, com o lançamento do samba Faz uma semana (com Juca Stockler), interpretado por Ernâni Filho na Todamérica. Teve suas primeiras músicas gravadas em 1953: Incerteza (com Newton Mendonça) na voz de Mauricy Moura; no mesmo ano, em junho, Ernâni Filho lançou Faz uma semana (c/Juca Stockler) e Pensando em você

Em 1954 seu samba-canção Teresa da praia (com Billy Blanco), fez grande sucesso na gravação de Dick Farney e Lúcio Alves, lançada com a intenção de desmentir os boatos de inimizade entre dois dos mais importantes cantores da época.

Logo depois, compôs com Billy Bianco a Sinfonia do Rio de Janeiro, gravada num LP de dez polegadas, pela Continental, em 1954, com interpretações de Dick Farney, Gilberto Milfont, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Lúcio Alves, Os Cariocas, Jorge Goulart, Nora Ney e Emilinha Borba. O LP foi regravado em 1960 com novo elenco. A Sinfonia do Rio de Janeiro foi incluída no filme Esse Rio que eu amo, de Carlos Hugo Christensen.  

Em 1959 apresentou-se na televisão em São Paulo com o programa Bom-Tom, e compôs, em parceria com Dolores Duran, Se é por falta de adeus (gravada por Dóris Monteiro), além de A chuva caiu (com Luiz Bonfá), que foi sucesso na voz de Ângela Maria

No ano seguinte, gravou um LP de dez polegadas com Luís Bonfá. Ainda em 1956, seu samba Foi a noite (com Newton Mendonça) fez sucesso e, a convite de Vinícius de Moraes, musicou a peça Orfeu da Conceição, montada com cenários de Oscar Niemeyer no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, cuja gravação foi também lançada em LP de dez polegas da na Odeon. Entre as músicas da peça, obteve grande êxito Se todos fossem iguais a você (com Vinícius de Moraes), gravada por vários cantores, como Morgana, Maysa e outros.

Em 1957 fez dois sucessos com Dolores Durán: Estrada do sol e Por causa de você. O samba A felicidade (com Vinícius de Morais), foi incluído na  trilha sonora do filme Orfeu do Carnaval, do diretor francês Marcel Camus, que recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, França, e o Oscar de melhor filme estrangeiro em Hollywood, EUA.

A seguir, tornou-se diretor artístico da gravadora Odeon, cargo que ocupou até 1958. Nesse ano Eliseth Cardoso, acompanhada por orquestra e pelo violão de João Gilberto, gravou, em seu LP Canção do amor demais (etiqueta Festa), várias músicas suas com Vinícius de Moraes, entre elas Chega de saudade. Este disco tornou-se um verdadeiro marco na música brasileira, quer pela originalidade das melodias e letras, quer pela orquestração. É considerado o ponto de partida para os elementos que caracterizariam a bossa nova. Pouco depois, Chega de saudade foi regravada em 78 rpm por João Gilberto, e a partir daí a bossa nova tornou-se êxito nacional.

Em 1959 João Gilberto lançou o LP Chega de saudade (Odeon), incluindo, além da música-título, o samba Desafinado (com Newton Mendonça), considerado dos mais expressivos da bossa nova. Mais tarde, com Samba de uma nota só (com Newton Mendonça), tornou-se sucesso internacional na interpretação de alguns dos cantores mais famosos do mundo, como Ella Fitzgerald, Frank Sinatra e outros. 

Em fins da década de 1950 e começo da seguinte, compôs várias músicas com Aloysio de Oliveira, sucesso nas gravações de Sylvia Telles, como Dindi, Demais, Inútil paisagem, Só tinha de ser com você.

Assinou, em 1962, a trilha do filme Porto das caixas, de Paulo César Sarraceni. No mesmo ano, a convite da Audio Fidelity norte-americana e com o patrocínio do Itamarati, viajou aos EUA com outros integrantes do grupo da bossa nova, apresentando-se a 21 de novembro no Festival de Bossa nova, no Carnegie Hall,
em Nova York.

Um dos maiores sucessos de sua carreira Garota de Ipanema, foi composto em parceria com Vinícius de Morais, em fins de 1962, pouco antes da viagem, e lançado em 1963 por Pery Ribeiro na Odeon. Nos EUA gravou, ao piano, o LP Antônio Carlos Jobim, acompanhado de orquestra, lançado no Brasil pela Elenco, e um LP com o saxofonista Stan Getz, João Gilberto e Milton Banana, retornando ao Brasil em agosto de 1963.

Foi nessa época que Stan Getz e Charles Byrd lançaram nos EUA uma versão instrumental de Desafinado, que de início vendeu um milhão de cópias. Nesse ano, lançou pela Elenco um LP com o pianista Sérgio Mendes e, no ano seguinte, fez os arranjos para outro LP, Sérgio Mendes & Bossa Rio, gravado na Philips. Ainda em 1963, estreou finalmente em disco solo, com The composer of  Desafinado plays, com arranjos de Claus Ogerman. Fundou então sua própria editora nos EUA, a Corcovado Music, e lançou o disco Bossa Nova York, com Sérgio Mendes, Art Farmer e outros.

Lançou em 1964 o LP Caymmi visita Tom, com a participação de Dorival, Danilo, Nana e Dori. Compõe a trilha do filme Santo módico, de Sacha Gordine. No ano seguinte, gravou o disco The wonderful world of Antonio Carlos Jobim, em que lançou as músicas Bonita e Surfboard.

Em 1967, com o sucesso internacional de suas músicas, viajou novamente aos EUA para a gravação do LP Francis Albert, Sinatra e Antônio Carlos Jobim. Trabalhou ainda com Andy Williams, Nelson Riddle e Clauss Ogerman, entre outros, e em fins de 1967 voltou ao Brasil.

Participou em 1968 do show Discomunal (lançado em disco pelo MIS), ao lado de Chico Buarque, Eumir Deodato, Baden Powell, entre outros. No mesmo ano, ganhou o primeiro lugar no III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com Sabiá (com Chico Buarque), interpretada por Cynara e Cybele.

Seu segundo LP com Sinatra foi gravado em 1969, sendo lançado em 1971 com o titulo de Sinatra & Company, com participação de Eumir Deodato e Don Costa. Em 1970, fez a trilha para o filme Os aventureiros, de Louis Gilbert.

Entre 1968 e 1970 foram lançados no Brasil outros LPs gravados ainda nos EUA: Wave (AM Records), com arranjos de Clauss Ogerman, incluindo, além da música-título, Batidinha; Tide (AM Records), com Carinhoso (Pixinguinha) e Takatanga; e Stone Flower (CTI/ Polydor), com Sabiá e Chovendo na roseira, entre outras.

Um de seus maiores sucessos na década de 1970, Águas de março, foi lançado na série Disco de bolso de O Pasquim, em 1972. Em 1973 lançou pela Phonogram o LP Matita perê, com as músicas Águas de março, Ana Luísa e Crônica da casa assassinada, música incluída no filme de mesmo nome, de Paulo César Saraceni.

No Rio de Janeiro, em 1974, foi feita a remontagem de Orfeu da Conceição. A Certain Mr Jobim, LP que havia sido lançado pela Warner nos EUA, em 1967, foi posto à venda no Brasil, pela Continental, em 1975, incluindo, entre outras, Bonita (com Ray Gilbert) e Se todos fossem iguais a você. Em 1974, novamente nos EUA, participou da gravação do LP Elis e Tom, em que cantava com Elis Regina várias composições suas, entre as quais O que tinha de ser e Soneto da separação (ambas com Vinicius de Moraes).

Após 15 anos ausente dos palcos brasileiros, estreou em 1977 show no Canecão, no Rio de Janeiro, ao lado de Miúcha, Vinícius de Morais e Toquinho, gravado em disco. Gravou em seguida o LP Miúcha & Antônio Carlos Jobim, RCA Victor, que teria uma segunda versão em 1979, também pela RCA Victor.

Em 1980, gravou o álbum duplo Terra Brasilis e compôs Eu te amo (com Chico Buarque), para o filme homônimo de Arnaldo Jabor. Gravou com Edu Lobo o disco Tom & Edu, Edu & Tom, em 1981, incluindo o sucesso Luiza, composta para a novela Brilhante da TV Globo.

Em 1982, compôs a trilha do filme Gabriela, de Bruno Barreto. No ano seguinte, ao lado de Chico Buarque e Djavan, gravou a trilha do filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Júnior, lançada em disco pela CBS. Em 1984, foi homenageado pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos, com um especial para a TV Manchete: A música segundo Tom Jobim. Compôs e gravou, em 1985, a trilha da minissérie O tempo e o vento (TV Globo), baseada em obra homônima de Érico Verissimo, tendo na faixa principal a música Passarim. Foi nesse ano condecorado pelo governo francês com o título de Grand Commandeur des Arts et des Lettres. Participou ainda da trilha do filme Fonte da saudade, de Marco Altberg, baseado no livro Trilogia do assombro, de sua irmã Helena Jobim.

Em 1986, lançou o bolero Anos dourados, tema da minissérie homônima da TV Globo, que o homenagearia, no ano seguinte, com o especial Antônio, o brasileiro, dedicado aos seus 60 anos. Lançou o disco Passarim, que lhe daria no ano seguinte seu primeiro disco de ouro. Ainda por ocasião de seu 60 aniversário, Sérgio Cabral lançou a biografia Tom Jobim, com patrocínio da construtora CBPO/Odebrecht.

Em 1988, Ana Lontra Jobim lançou o livro de fotos Ensaio poético sobre Tom Jobim, patrocinado pela IEM (Record, Rio de Janeiro), e a editora Expressão e Cultura publicou o livro Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com texto e poemas seus e fotos de Zeka Araújo. No mesmo anos, compôs a trilha do filme A menina do lado, de Alberto Salvá.

Em 1989, apresentou no Carnegie Hall de Nova York show em homenagem aos 25 anos de Garota de Ipanema. No ano seguinte, foi eleito membro da Academia Nacional de Música Popular Americana, passando a integrar o Hall of Fame ao lado dos irmãos Gershwin, Cole Porter e Irving Berlin, entre outros. Nessa época, Garota de Ipanema ultrapassou as três milhões de execuções, tornando-o o segundo autor estrangeiro mais executado nos EUA, abaixo apenas dos Beatles.

Ao lado de Milton Nascimento e Chico Buarque, apresentou-se em show na inauguração da Universidade Livre de Música de São Paulo, que o nomearia reitor e, depois, presidente do Conselho Diretor. Foi também nomeado Doutor Honoris Causa pela UERJ.

Em 1991, ao lado de Sting, Elton John, Gilberto Gil e Caetano Veloso, participou des how em prol da Fundação Mata Virgem, no Carnegie Hall, em New York.

Em 1992, ao lado de Gal Costa, Plácido Domingo, Sting e Winton Marsalis, participou do principal show da Rio Eco-92, lançando o manifesto ecológico Forever green. Foi, nesse ano, tema do samba-enredo Se todos fossem iguais a você, da escola de samba Mangueira. Participou, também, do show No Tom da Mangueira, na quadra de samba da Mangueira, para arrecadar fundos para o desfile carnavalesco. Comemorou os 30 anos do show da bossa nova no Carnegie Hall com um espetáculo ao lado de João Gilberto, no Rio de Janeiro. O show se transformou no especial de fim de ano da TV Globo: João e Antônio.

Em 1993, foi homenageado pelo Free Jazz Festival, gravou ao lado de Milton Nascimento um programa especial para a TV Bandeirantes: Tom & Milton, participou com Antônio Callado, Antônio Houaiss e Antônio Cândido, do filme Três Antônios e um Jobim, de Dodô Brandão, cujos diálogos foram lançados em livro por Zuenir Ventura (Relume-Dumará, Rio de Janeiro). Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Lisboa.

Em 1994, gravou a faixa Fly me to the moon, para o disco de Frank Sinatra, Duets II. Lançou em novembro seu último disco, Antônio Brasileiro, com participações de Sting e Dorival Caymmi.

Foi homenageado em 1997 com o show All Jobim and more, no Carnegie Hall, Nova York, com a participação de Sting, Al Jarreau, Leila Pinheiro, Joe Lovano e Eugene Maslov, entre outros.

Na década de 1990, foram lançados novos livros sobre ele, entre os quais Tom Jobim -,A simplicidade do gênio, de José L. Sánchez (Record, Rio de Janeiro, 1995), Antônio Carlos Jobim, um homem iluminado, de Helena Jobim (Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1996), incluindo um CD, e Antônio Carlos Jobim — uma biografia, de Sérgio Cabral (Lumiar, Rio de Janeiro, 1997).

Tom Jobim morreu no dia 8 de dezembro 1994, em Nova York, no hospital Mount Sinai, durante uma angioplastia. Seu corpo foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Obra 

Acho que sim (c/Billy Blanco), samba, 1961; Adeus (c/Robert Mazoier), 1964; Água de beber (c/Vinícius de Morais), 1961; Águas de março, 1972; Ai quem me dera (c/Marino Pinto), 1981; Un altro addio (c/Vinícius de Morais e Sérgio Bardotti), 1991; Amor em paz, 1960; Amor sem adeus (c/Luís Bonfá), 1960; O amor só traz tristeza (c/Vinícius de Morais), s.d.; Ana Luiza, 1973; Andam dizendo (c/Vinícius de Morais), 1962; Andorinha, 1970; Ângela, 1970; Anos dourados (c/Chico Buarque), 1986; Antigua, 1967; Arpoador (dBilly Blanco), 1954, Arquitetura de morar, 1976; Ataque dos jagunços, 1983; Aula de matemática (c/Marino Pinto), 1958; Bangzália (c/Chico Buarque), 1985; O barbinha branca (c/Luis Bonfá), 1956; Bate-boca (c/Chico Buarque), 1997; Batidinha, 1967; Batucada, s.d.; Bebei, 1987; Berceuse (c/Robert Mazoier), 1964; Blusa vermelha (Red Blouse), 1967; Bonita, 1964; Borzeguim, 1981; Boto (c/Jararaca), 1976; Brasília, sinfonia da alvorada (c/Vinícius de Morais), 1961; Brazilian, s.d.; Brigas (Podes voltar) (c/Newton Mendonça), 1958; Brigas nunca mais (c/Vinícius de Morais), 1959; A cachorrinha (c/Vinícius de Morais), s.d.; Cai a tarde, 1959; Cala meu amor, 1958; Caminho da mata, 1983; Caminho de pedra (c/Vinícius de Morais), 1958; Caminhos cruzados (c/Newton Mendonça), 1958; Caminhos sem fim (c/Vinícius de Morais), s.d.; Canção da eterna despedida (c/Vinícius de Morais), 1959; Canção de amor e paz(c/Vinícius de Morais), 1967; Canção do amor demais (c/Vinícius de Morais), 1958; Canção em modo menor (Coração em prece) (c/Vinícius de Morais), 1962; Canta, canta mais (c/Vinícius de Morais), 1959; Canto da Bahia (dRobert Mazoier), 1964; Captam Bacardi, 1967; Caribe, 1970; Carta do Tom (c/Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Morais), s.d.; Casório, 1983; Cavaleiro monge (c/Fernando Pessoa), 1985; Um certo Capitão Rodrigo (c/Ronaldo Bastos), 1985; Chanson pour Micheile, 1985; Chansong, 1987; Chega de saudade (c/Vinícius de Morais), 1958; A chegada dos candangos (Vinícius de Morais), 1961; Chegada dos retirantes, 1983; Children’s game, 1970; Chora, coração (c/Vinícius de Morais), 1973; Choro, 1970; Choro complicado, s.d.; Choro em lá maior, s.d.; Chovendo na roseira, 1971; A chuva caiu (c/Luís Bonfá), 1956; Cidadão da Gávea (c/Vinícius de Morais), 1980; Coffee deiight, 1958; Coisas do dia (Sete horas) (c/Billy Blanco), samba, 1954; Copacabana (c/Billy Blanco), 1954; Coral (c/Vinícius de Morais), 1961; Corcovado, 1960; Correnteza, 1973; Crônica da casa assassinada, 1973; Dax rides, s.d.; De você, eu gosto (c/Aluísio de Oliveira), 1959; Dedinho de prosa (Tiquinho de amor), s.d.; Demais (c/Aluísio de Oliveira), 1959; Derradeira primavera (c/Vinícius de Morais), 1962; Desafinado (c/Newton Mendonça), 1958; Descendo o morro (c/Billy Blanco), 1954; Deus e o diabo na terra do sol, 1970; O dia que você gostar de mim, 1986; Diálogo, 1967; Dindi (c/Aluísio de Oliveira), 1959; Dinheiro em penca (c/Cacaso), 1979; Discussão (c/Newton Mendonça), 1958; Domingo azul do mar (c/Newton Mendonça), s.d.; Domingo sincopado, 1956; Double Rainbow(c/Gene Lees), 1974; The Dreamer, s.d.; E o amor já chegou (c/Paulo Soledade), s.d.; É preciso dizer adeus (c/Vinícius de Morais), 1958; Ela é carioca (c/Vinícius de Morais), 1963; Engano (c/Luís Bonfá), 1964; Entre a cruz e a caldeirinha, s.d.; Espelho das águas, 1981; Esperança perdida (c/Billy Blanco), 1955; Esquecendo você, 1959; Estamos aí (c/Chico Buarque), 1977; Este seu olhar, 1959; Estrada branca (c/Vinícius de Morais), 1958; Estrada do sol (c/Dolores Duran), 1958; Eu e o meu amor (c/Vinícius de Morais), 1956; Eu não existo sem você (c/Vinícius de Morais), 1957; Eu preciso de você (C/Aluisio de Oliveira), 1959; Eu quero (C/Billy Blanco), s.d.; Eu sei que vou te amar (c/Vinícius de Morais), 1959; Eu te amo (c/Chico Buarque), 1980; Exaltação ao amor (c/Vinícius de Morais), s.d.; Fala, meu amor (c/Vinícius de Morais), 1967; Falando de amor, 1979; O fantasminha Pluft, s.d.; Favela (c/Vinícius de Morais), 1963; Faz uma semana (c/João Stockler), 1953; A felicidade (c/Vinícius de Morais), 1959; Fim de romance (c/Alcides de Sousa Fernandes), s.d.; Flor do mato, 1981; Foi a noite (c/Newton Mendonça), 1956; Foi você (c/Alcides de Sousa Fernandes), s.d.; Forever Green (c/Paulo Jobim), 1994; Fotografia, 1959; Frase perdida (c/Marino Pinto), 1957; Frevo (c/Vinícius de Morais), 1959; Frevo de Orfeu (c/Vinícius de Morais), 1996; Gabriela, 1987; Garota de Ipanema (c/Vinícius de Morais), 1960; Garoto, 1959; Gracioso, 1959; O grande amor (c/Vinícius de Morais), 1960; Hino ao sol (c/Billy Blanco), 1954; O homem (c/Vinícius Morais), 1961; lf You Ever Come to Me (c/Ray Gilbert), 1967; Ilhéus (c/Vinícius de Morais), 1983; Imagina (c/Chico Buarque), 1983; Impossível (c/Alcides Fernandes), s.d.; Incerteza (c/Newton Mendonça) 1953; Insensatez (cNinícius de Morais), 1960; Inútil paisagem (c/Aluísio de Oliveira), 1963; Io ao che ti amero (c/Vinícius de Morais e Sergio Bardotti), 1991; Isto eu não faço, 1960; I Was Just One More for You (c/Billy Blanco e Ray Gilbert), 1994; Janelas abertas (c/Vinícius de Morais), 1958; Jangada de vela, s.d.; O jardim abandonado, 1973; Lamento (c/Vinícius de Morais), 1964; Lamento no morro (c/Vinícius de Morais) 1956; Lá no meu sertão tem um riacho, s.d.; Latin Manhattan, 1958; Latino (c/Mïchael Frank), s.d.; Lenda (em memória de Jorge Jobim), s.d.; Lígia, 1972; El lobo (God and the Devil in the Land of the Sun), 1970; Longe é o céu, sd.; Luar e batucada (c/Newton Mendonça), 1957; Luciana (c/Vinícius de Morais), 1958; Luísa, 1981; Mágoa (c/Marino Pinto), 1958; O mar (c/Billy Blanco), 1954; Maria da Graça (c/Vinícius de Morais), 1958; Maria e dia (c/Paulo Jobim e Ronaldo Bastos), 1981; Maria orgulhosa, s.d.; Marina del rey, 1980; Matei-me no trabalho (c/Billy Blanco), 1954; Matita perê (c/Paulo Cesar Pinheiro), 1973; Meditação (c/Newton Mendonça), 1959; Meninos, eu vi (c/Chico Buarque), 1983; Meu amigo Radamés, 1994; Meu mundo é você (c/Aloísio de Oliveira) 1983; Milagre de Maria (c/Robert Mazoier), 1964; Milagre e palhaços, 1973; Modinha (c/Vinícius de Morais), 1958; Mojave, 1967; A montanha (c/Billy Blanco), 1954; Monólogo de Orfeu (c/Vinícius de Morais), 1956; Moonlight Daiquiri, 1958; O morro (c/Billy Blanco), 1954; O morro não tem vez (c/Vinícius de Morais), 1963; Morte de Orfeu (Macumba) (c/Vinícius de Morais), 1956; Mulher sempre mulher (c/Vinícius de Morais), 1956; Na hora do adeus (c/Vinícius de Morais), 1960; Nas horas mortas (c/Billy Bianco), s.d.; Na solidão da noite, ad. ; Não devo sonhar (c/Helena Jobim), 1956; Não fui só eu (c/Paulo Soledade), s.d.; Noites do Rio (c/Billy Blanco), 1954; Um nome de mulher (c/Vinícius de Morais), 1957; No More Blues (c/Vinícius de Morais e Jessei Hendricks), 1962; O nosso amor (c/Vinícius de Morais), 1959; Nuvens douradas, 1973; O que tinha de ser (c/Vinícius de Morais), 1959; O que vai ser de mim, 1955; Oficina, 1980; Olha, Maria (Amparo) (c/Chico Buarque e Vinícius de Morais), 1970; Olha pro céu (Longe é o céu), 1960; Onde andará o amor? (c/Vinícius de Morais), s.d.; Orfeu da Conceição (Overture) (c/Vinícius de Morais), 1956; Origens, 1983; Outra vez, 1954; Para não sofrer, 1963; Passarim, 1985; Pato preto, 1989; Paulo vôo livre (A lenda dos homens- asa), 1995; Pé grande (Sonho desfeito) (c/Armando Cavalcanti e Paulo Soledade), 1956; Pelos caminhos da vida (c/Vinícius de Morais), 1959; Pensando em você, 1953; Pensando na vida, 1983; O pequeno príncipe, 1957; Perdido nos teus olhos (c/Newton Mendonça), 1959; Piano na Mangueira (c/Chico Buarque), 1992; Pista de grama, s.d.; O planalto deserto (c/Vinícius de Morais), 1961; Pois é (Dedicação) (c/Chico Buarque), 1970; Pollo game, s.d.; Por causa de você (c/Dolores Durán), 1957; Por onde andará o amor (Quem numa tarde triste andou procurando), s.d.; Por toda a minha vida (c/Vinícius de Morais), 1959; Porto das caixas, s.d.; Pra fora, s.d.; Pra mode chatear, 1984; Pra não sofrer, 1963; Praia branca (c/Vinícius de Morais), 1958; As praias desertas, 1958; Preciso de você, s.d.; Promessas (c/Newton Mendonça), 1983; Pulando carniça, 1983; Quando o amor é o amor, s.d.; Quando é noite de luar (c/Newton Mendonça), s.d.; Que é que vai ser de mim, 1954; Quebra pedra (Stone Flower), 1970; A queda, 1967; Querida, 1991; Radamés y Pelé, 1994; Rancho nas nuvens, 1973; Remember, 1970; Retrato em branco e preto (c/Chico Buarque), 1968; O rio da minha aldeia (c/Fernando Pessoa), 1985; Rio de Janeiro (c/Billy Blanco), 1955; Rockanália, 1970; Rodrigo, meu capitão (c/Ronaldo Bastos), 1985; Sabiá (c/Chico Buarque), 1968; Samba Belo Horizonte (c/Vinícius de Morais), s.d.; O samba de amanhã (c/Billy Blanco), 1954; Samba de Maria Luísa, 1994; Samba de uma nota só (c/Newton Mendonça), 1959; Samba do avião, 1962; Samba do grande amor (c/Chico Buarque), 1983; Samba levanta poeira, s.d.; Samba não é brinquedo (d/Luís Bonfá), 1956; Samba para Ari e Caymmi, s.d.; Samba torto (c/Aluísio de Oliveira), 1960; Sambinha bossa nova, 1970; São Paulo, s.d.; Saudade (Vai, conta a ela toda a verdade), s.d.; Saudade do Brasil, 1974; Se é por falta de adeus (c/Dolores Durán), 1955; Se todos fossem iguais a você (c/Vinícius de Morais), 1957, Sem você (c/Vinícius de Morais), 1959; Senhora Dona Bibiana (c/Ronaldo Bastos), 1985; Sinfonia do Rio de Janeiro (c/Billy Bianco), 1954; Só danço samba (c/Vinícius de Morais), 1962; Só em teus braços, 1959; Só saudade (c/Newton Mendonça), 1956; Só tinha de ser com você (c/Aluísio de Oliveira), 1964; Sol, sal, céu (c/Billy Bianco), s.d.; Solidão (c/Alcides Fernandes), 1954; Somewhere in the Hills (c/Ray Gilbert), 1994; Soneto da separação (c/Vinícius de Morais), 1959; Sonho desfeito (c/Marino Pinto), 1956; Spanish Varanda, 1980; Sucedeu assim (c/Marino Pinto), 1957; Sue Ann, 1970; Surfboard, 1964, Takatanga, 1970; Tema de amor de Gabriela, 1980; Tema Jazz, 1970; Tema novo, s.d.; Tema para Ana, 1995; Tempo de amar (c/Paulo Soledade), só.; Tempo do mar, 1973; Teresa da praia (c/Billy Blanco), 1954; Teresa, meu amor, 1970; Teu castigo (c/Newton Mendonça), 1956; This Happy Madness (c/Vinícius de Morais e Ray Gilbert), 1971; Tide, 1970; Toda tristeza guardo comigo, sd.; O trabalho e a construção (c/Vinícius de Morais), 1961; Treck, 1970; Trem de ferro (c/Manoel Bandeira), 1986; Trem para Cordisburgo, 1973; Triste, 1967; Turma do funil (c/Chico Buarque), 1979; Two Kites, 1980; A valsa, s.d.; Valsa das rosas, s.d.; Valsa do amor de nós dois (c/Vinícius de Morais), 1962; Valsa do Porto das Caixas, 1964; Valsa romântica, s.d.; Velho riacho, 1962; Vem viver ao meu lado (c/Alcides de Sousa Fernandes), 1956; Vida bela (c/Vinícius de Morais), 1958; A violeira (c/Chico Buarque), 1983; Vivo sonhando, 1963; Você pra mim foi um sonho (c/Newton Mendonça), s.d., Você vai ver (c/Ana Jobim), 1980; Wave (Vou te contar), 1960; Zíngaro, 1965; Zona Sul (c/Billy Blanco), 1954.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA - 2a. Edição - 1998.

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