sábado, 1 de agosto de 2009

Brasílio Itiberê II

Brasílio Itiberê (Brasílio Ferreira da Cunha Luz), compositor, folclorista, crítico e escritor, nasceu em Curitiba-PR, em 17 de maio de 1896 e faleceu no Rio de Janeiro em 10 de dezembro de 1967. Pertencente a uma família de músicos, era sobrinho do compositor Brasílio Itiberê da Cunha (autor de A Sertaneja, a primeira obra nacionalista brasileira) e do crítico musical João Itiberê da Cunha.

Formou-se em Engenharia Civil, dedicando apenas as horas de lazer à música, ao jornalismo e a escrever novelas. Como contista e cronista, teve importante atuação no modernismo, participando da revista modernista carioca Festa (1927-1935), onde publicou alguns dos mais significativos contos do modernismo brasileiro.

Em 1934, já no Rio de Janeiro, conviveu com Ernesto Nazareth, Pixinguinha e outros grandes nomes da música popular. Tornou-se grande amigo de Heitor Villa-Lobos, que, aliás, foi o responsável pela recondução de Itiberê à música.

Destacou-se sobretudo pela sua independência de criação em relação aos mestres, gerando a produção de uma obra pequena, mas de grande significação. A diferença entre a sua música e a da maioria dos músicos que acompanhou Villa-Lobos no trabalho de despertar o interesse do povo para a música nacional, reside na personalidade independente revelada em suas composições. Externou suas idéias através de uma linguagem musical própria.

Em 1939, produziu a Suíte Litúrgica Negra e o Trio nº 1. Alguns anos mais tarde compôs um dos seus trabalhos mais conhecidos, a Oração da Noite, escrito à maneira do credo russo, baseado em texto de Emiliano Perneta.

Compôs a cantata O Canto Absoluto com texto de Tasso da Silveira, o poema coral Estâncias com letra de Carlos Drummond de Andrade e Epigrama com letra de Cecília Meireles.

Estudioso do canto coral, Brasílio Itiberê criou obras corais com grande domínio de seus recursos mais genuínos: suas virtudes melódicas e a capacidade de expressão poética baseada no dom da palavra cantada.

Obra
Suíte Litúrgica Negra (1939);
Trio nº 1 (1939);
Momento eufórico;
Prelúdio vivaz; Introdução e allegro (1945);
Duplo Quinteto (1946);
O Cravo Tropical (1944); Invenção nº 1 (1934);
Poema (1936);
Seis Estudos (1936);
Ponteio para São João (1938);
Cordão de Prata (1939);
A Infinita Vigília (1941);
Oração da Noite;
O Canto Absoluto (1947), cantata;
Estâncias, poema coral;
Epigrama;
Xangô.

Fonte: http://www.geocities.com/Vienna/Strasse/8454/itibere.htm

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