Ainda prestigiado pelo sucesso do show “Opinião”, Zé Kéti ganhou o carnaval de 67 com a marcha-rancho “Máscara Negra”. Reproduzindo o lirismo suave que caracteriza o gênero, a composição trata do reencontro de um Pierrô com uma Colombina que conhecera no carnaval anterior.
E, ao contrário de outras canções inspiradas na commedia dell’arte, aqui é o Arlequim quem chora pelo amor de colombina: “Tanto riso / oh, quanta alegria / mais de mil palhaços no salão / arlequim está chorando pelo amor da Colombina / no meio da multidão.” Tendo acontecido numa época em que a música carnavalesca tradicional saía de moda, o sucesso de “Máscara Negra” pode ser considerado uma façanha.
A propósito, este sucesso chegou a gerar uma polêmica sobre a co-autoria da composição, que seria de Deusdedith Pereira Matos e não de seu irmão Hildebrando, conforme consta na edição. Mas, como os dois já haviam morrido na ocasião, a questão não teve maiores conseqüências, entrando “Máscara Negra” para o repertório de Dalva de Oliveira como um de seus últimos sucessos (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Máscara negra (marcha / carnaval, 1967) - Zé Keti e Pereira Matos
G Cm G
Tanto riso, oh / Quanta alegria
B7 Am
Mais de mil palhaços no salão
D7 G E7
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
Am D7 G D7
No meio da multidão
G Am D7
Foi bom te ver outra vez / Tá fazendo um ano
G
Foi no carnaval que passou
Bb0 D7 Am D7
Eu sou aquele Pierrot / Que te abraçou
G D7
Que te beijou, meu amor
G Am D7
A mesma máscara negra / Que esconde o teu rosto
Dm6 E7
Eu quero matar a saudade
Am D7 G D7
Vou beijar-te agora / Não me leve a mal
E7
Hoje é carnaval
Am D7 G D7
Vou beijar-te agora / Não me leve a mal
G
Hoje á carnaval
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