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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tom Jobim: biografia e obra

Tom fez parte do núcleo embrionário da bossa. Tempos de bom gosto e poesia na música... e agora?


Tom Jobim (Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim), compositor, instrumentista, regente e arranjador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25/1/1927, e faleceu em Nova York, Estados Unidos, em 08/12/1994. Nascido no bairro da Tijuca, na Zona Norte, ainda criança foi morar em Ipanema.


Começou tocando violão e aos 14 anos seu padrasto levou-o a estudar piano com Hans Joachim Koellreuter. Mais tarde foi aluno de Lúcia Branco (piano) e Tomás Terán (violão). Trabalhou durante algum tempo num escritório de arquitetura, carreira que pensava seguir, mas que deixou para se tornar pianista e estudar harmonia.

Em 1949 casou com Teresa, sua namorada desde a adolescência, continuando a tocar piano em inferninhos e boates cariocas. Três anos depois, foi trabalhar na gravadora Continental, onde transcrevia para a pauta as melodias de compositores que não conheciam música.

Em 1952 passou a fazer arranjos para as gravações e, a partir desse ano, sua carreira tomou impulso, com o lançamento do samba Faz uma semana (com Juca Stockler), interpretado por Ernâni Filho na Todamérica. Teve suas primeiras músicas gravadas em 1953: Incerteza (com Newton Mendonça) na voz de Mauricy Moura; no mesmo ano, em junho, Ernâni Filho lançou Faz uma semana (c/Juca Stockler) e Pensando em você

Em 1954 seu samba-canção Teresa da praia (com Billy Blanco), fez grande sucesso na gravação de Dick Farney e Lúcio Alves, lançada com a intenção de desmentir os boatos de inimizade entre dois dos mais importantes cantores da época.

Logo depois, compôs com Billy Bianco a Sinfonia do Rio de Janeiro, gravada num LP de dez polegadas, pela Continental, em 1954, com interpretações de Dick Farney, Gilberto Milfont, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Lúcio Alves, Os Cariocas, Jorge Goulart, Nora Ney e Emilinha Borba. O LP foi regravado em 1960 com novo elenco. A Sinfonia do Rio de Janeiro foi incluída no filme Esse Rio que eu amo, de Carlos Hugo Christensen.  

Em 1959 apresentou-se na televisão em São Paulo com o programa Bom-Tom, e compôs, em parceria com Dolores Duran, Se é por falta de adeus (gravada por Dóris Monteiro), além de A chuva caiu (com Luiz Bonfá), que foi sucesso na voz de Ângela Maria

No ano seguinte, gravou um LP de dez polegadas com Luís Bonfá. Ainda em 1956, seu samba Foi a noite (com Newton Mendonça) fez sucesso e, a convite de Vinícius de Moraes, musicou a peça Orfeu da Conceição, montada com cenários de Oscar Niemeyer no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, cuja gravação foi também lançada em LP de dez polegas da na Odeon. Entre as músicas da peça, obteve grande êxito Se todos fossem iguais a você (com Vinícius de Moraes), gravada por vários cantores, como Morgana, Maysa e outros.

Em 1957 fez dois sucessos com Dolores Durán: Estrada do sol e Por causa de você. O samba A felicidade (com Vinícius de Morais), foi incluído na  trilha sonora do filme Orfeu do Carnaval, do diretor francês Marcel Camus, que recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, França, e o Oscar de melhor filme estrangeiro em Hollywood, EUA.

A seguir, tornou-se diretor artístico da gravadora Odeon, cargo que ocupou até 1958. Nesse ano Eliseth Cardoso, acompanhada por orquestra e pelo violão de João Gilberto, gravou, em seu LP Canção do amor demais (etiqueta Festa), várias músicas suas com Vinícius de Moraes, entre elas Chega de saudade. Este disco tornou-se um verdadeiro marco na música brasileira, quer pela originalidade das melodias e letras, quer pela orquestração. É considerado o ponto de partida para os elementos que caracterizariam a bossa nova. Pouco depois, Chega de saudade foi regravada em 78 rpm por João Gilberto, e a partir daí a bossa nova tornou-se êxito nacional.

Em 1959 João Gilberto lançou o LP Chega de saudade (Odeon), incluindo, além da música-título, o samba Desafinado (com Newton Mendonça), considerado dos mais expressivos da bossa nova. Mais tarde, com Samba de uma nota só (com Newton Mendonça), tornou-se sucesso internacional na interpretação de alguns dos cantores mais famosos do mundo, como Ella Fitzgerald, Frank Sinatra e outros. 

Em fins da década de 1950 e começo da seguinte, compôs várias músicas com Aloysio de Oliveira, sucesso nas gravações de Sylvia Telles, como Dindi, Demais, Inútil paisagem, Só tinha de ser com você.

Assinou, em 1962, a trilha do filme Porto das caixas, de Paulo César Sarraceni. No mesmo ano, a convite da Audio Fidelity norte-americana e com o patrocínio do Itamarati, viajou aos EUA com outros integrantes do grupo da bossa nova, apresentando-se a 21 de novembro no Festival de Bossa nova, no Carnegie Hall,
em Nova York.

Um dos maiores sucessos de sua carreira Garota de Ipanema, foi composto em parceria com Vinícius de Morais, em fins de 1962, pouco antes da viagem, e lançado em 1963 por Pery Ribeiro na Odeon. Nos EUA gravou, ao piano, o LP Antônio Carlos Jobim, acompanhado de orquestra, lançado no Brasil pela Elenco, e um LP com o saxofonista Stan Getz, João Gilberto e Milton Banana, retornando ao Brasil em agosto de 1963.

Foi nessa época que Stan Getz e Charles Byrd lançaram nos EUA uma versão instrumental de Desafinado, que de início vendeu um milhão de cópias. Nesse ano, lançou pela Elenco um LP com o pianista Sérgio Mendes e, no ano seguinte, fez os arranjos para outro LP, Sérgio Mendes & Bossa Rio, gravado na Philips. Ainda em 1963, estreou finalmente em disco solo, com The composer of  Desafinado plays, com arranjos de Claus Ogerman. Fundou então sua própria editora nos EUA, a Corcovado Music, e lançou o disco Bossa Nova York, com Sérgio Mendes, Art Farmer e outros.

Lançou em 1964 o LP Caymmi visita Tom, com a participação de Dorival, Danilo, Nana e Dori. Compõe a trilha do filme Santo módico, de Sacha Gordine. No ano seguinte, gravou o disco The wonderful world of Antonio Carlos Jobim, em que lançou as músicas Bonita e Surfboard.

Em 1967, com o sucesso internacional de suas músicas, viajou novamente aos EUA para a gravação do LP Francis Albert, Sinatra e Antônio Carlos Jobim. Trabalhou ainda com Andy Williams, Nelson Riddle e Clauss Ogerman, entre outros, e em fins de 1967 voltou ao Brasil.

Participou em 1968 do show Discomunal (lançado em disco pelo MIS), ao lado de Chico Buarque, Eumir Deodato, Baden Powell, entre outros. No mesmo ano, ganhou o primeiro lugar no III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com Sabiá (com Chico Buarque), interpretada por Cynara e Cybele.

Seu segundo LP com Sinatra foi gravado em 1969, sendo lançado em 1971 com o titulo de Sinatra & Company, com participação de Eumir Deodato e Don Costa. Em 1970, fez a trilha para o filme Os aventureiros, de Louis Gilbert.

Entre 1968 e 1970 foram lançados no Brasil outros LPs gravados ainda nos EUA: Wave (AM Records), com arranjos de Clauss Ogerman, incluindo, além da música-título, Batidinha; Tide (AM Records), com Carinhoso (Pixinguinha) e Takatanga; e Stone Flower (CTI/ Polydor), com Sabiá e Chovendo na roseira, entre outras.

Um de seus maiores sucessos na década de 1970, Águas de março, foi lançado na série Disco de bolso de O Pasquim, em 1972. Em 1973 lançou pela Phonogram o LP Matita perê, com as músicas Águas de março, Ana Luísa e Crônica da casa assassinada, música incluída no filme de mesmo nome, de Paulo César Saraceni.

No Rio de Janeiro, em 1974, foi feita a remontagem de Orfeu da Conceição. A Certain Mr Jobim, LP que havia sido lançado pela Warner nos EUA, em 1967, foi posto à venda no Brasil, pela Continental, em 1975, incluindo, entre outras, Bonita (com Ray Gilbert) e Se todos fossem iguais a você. Em 1974, novamente nos EUA, participou da gravação do LP Elis e Tom, em que cantava com Elis Regina várias composições suas, entre as quais O que tinha de ser e Soneto da separação (ambas com Vinicius de Moraes).

Após 15 anos ausente dos palcos brasileiros, estreou em 1977 show no Canecão, no Rio de Janeiro, ao lado de Miúcha, Vinícius de Morais e Toquinho, gravado em disco. Gravou em seguida o LP Miúcha & Antônio Carlos Jobim, RCA Victor, que teria uma segunda versão em 1979, também pela RCA Victor.

Em 1980, gravou o álbum duplo Terra Brasilis e compôs Eu te amo (com Chico Buarque), para o filme homônimo de Arnaldo Jabor. Gravou com Edu Lobo o disco Tom & Edu, Edu & Tom, em 1981, incluindo o sucesso Luiza, composta para a novela Brilhante da TV Globo.

Em 1982, compôs a trilha do filme Gabriela, de Bruno Barreto. No ano seguinte, ao lado de Chico Buarque e Djavan, gravou a trilha do filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Júnior, lançada em disco pela CBS. Em 1984, foi homenageado pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos, com um especial para a TV Manchete: A música segundo Tom Jobim. Compôs e gravou, em 1985, a trilha da minissérie O tempo e o vento (TV Globo), baseada em obra homônima de Érico Verissimo, tendo na faixa principal a música Passarim. Foi nesse ano condecorado pelo governo francês com o título de Grand Commandeur des Arts et des Lettres. Participou ainda da trilha do filme Fonte da saudade, de Marco Altberg, baseado no livro Trilogia do assombro, de sua irmã Helena Jobim.

Em 1986, lançou o bolero Anos dourados, tema da minissérie homônima da TV Globo, que o homenagearia, no ano seguinte, com o especial Antônio, o brasileiro, dedicado aos seus 60 anos. Lançou o disco Passarim, que lhe daria no ano seguinte seu primeiro disco de ouro. Ainda por ocasião de seu 60 aniversário, Sérgio Cabral lançou a biografia Tom Jobim, com patrocínio da construtora CBPO/Odebrecht.

Em 1988, Ana Lontra Jobim lançou o livro de fotos Ensaio poético sobre Tom Jobim, patrocinado pela IEM (Record, Rio de Janeiro), e a editora Expressão e Cultura publicou o livro Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com texto e poemas seus e fotos de Zeka Araújo. No mesmo anos, compôs a trilha do filme A menina do lado, de Alberto Salvá.

Em 1989, apresentou no Carnegie Hall de Nova York show em homenagem aos 25 anos de Garota de Ipanema. No ano seguinte, foi eleito membro da Academia Nacional de Música Popular Americana, passando a integrar o Hall of Fame ao lado dos irmãos Gershwin, Cole Porter e Irving Berlin, entre outros. Nessa época, Garota de Ipanema ultrapassou as três milhões de execuções, tornando-o o segundo autor estrangeiro mais executado nos EUA, abaixo apenas dos Beatles.

Ao lado de Milton Nascimento e Chico Buarque, apresentou-se em show na inauguração da Universidade Livre de Música de São Paulo, que o nomearia reitor e, depois, presidente do Conselho Diretor. Foi também nomeado Doutor Honoris Causa pela UERJ.

Em 1991, ao lado de Sting, Elton John, Gilberto Gil e Caetano Veloso, participou des how em prol da Fundação Mata Virgem, no Carnegie Hall, em New York.

Em 1992, ao lado de Gal Costa, Plácido Domingo, Sting e Winton Marsalis, participou do principal show da Rio Eco-92, lançando o manifesto ecológico Forever green. Foi, nesse ano, tema do samba-enredo Se todos fossem iguais a você, da escola de samba Mangueira. Participou, também, do show No Tom da Mangueira, na quadra de samba da Mangueira, para arrecadar fundos para o desfile carnavalesco. Comemorou os 30 anos do show da bossa nova no Carnegie Hall com um espetáculo ao lado de João Gilberto, no Rio de Janeiro. O show se transformou no especial de fim de ano da TV Globo: João e Antônio.

Em 1993, foi homenageado pelo Free Jazz Festival, gravou ao lado de Milton Nascimento um programa especial para a TV Bandeirantes: Tom & Milton, participou com Antônio Callado, Antônio Houaiss e Antônio Cândido, do filme Três Antônios e um Jobim, de Dodô Brandão, cujos diálogos foram lançados em livro por Zuenir Ventura (Relume-Dumará, Rio de Janeiro). Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Lisboa.

Em 1994, gravou a faixa Fly me to the moon, para o disco de Frank Sinatra, Duets II. Lançou em novembro seu último disco, Antônio Brasileiro, com participações de Sting e Dorival Caymmi.

Foi homenageado em 1997 com o show All Jobim and more, no Carnegie Hall, Nova York, com a participação de Sting, Al Jarreau, Leila Pinheiro, Joe Lovano e Eugene Maslov, entre outros.

Na década de 1990, foram lançados novos livros sobre ele, entre os quais Tom Jobim -,A simplicidade do gênio, de José L. Sánchez (Record, Rio de Janeiro, 1995), Antônio Carlos Jobim, um homem iluminado, de Helena Jobim (Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1996), incluindo um CD, e Antônio Carlos Jobim — uma biografia, de Sérgio Cabral (Lumiar, Rio de Janeiro, 1997).

Tom Jobim morreu no dia 8 de dezembro 1994, em Nova York, no hospital Mount Sinai, durante uma angioplastia. Seu corpo foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Obra 

Acho que sim (c/Billy Blanco), samba, 1961; Adeus (c/Robert Mazoier), 1964; Água de beber (c/Vinícius de Morais), 1961; Águas de março, 1972; Ai quem me dera (c/Marino Pinto), 1981; Un altro addio (c/Vinícius de Morais e Sérgio Bardotti), 1991; Amor em paz, 1960; Amor sem adeus (c/Luís Bonfá), 1960; O amor só traz tristeza (c/Vinícius de Morais), s.d.; Ana Luiza, 1973; Andam dizendo (c/Vinícius de Morais), 1962; Andorinha, 1970; Ângela, 1970; Anos dourados (c/Chico Buarque), 1986; Antigua, 1967; Arpoador (dBilly Blanco), 1954, Arquitetura de morar, 1976; Ataque dos jagunços, 1983; Aula de matemática (c/Marino Pinto), 1958; Bangzália (c/Chico Buarque), 1985; O barbinha branca (c/Luis Bonfá), 1956; Bate-boca (c/Chico Buarque), 1997; Batidinha, 1967; Batucada, s.d.; Bebei, 1987; Berceuse (c/Robert Mazoier), 1964; Blusa vermelha (Red Blouse), 1967; Bonita, 1964; Borzeguim, 1981; Boto (c/Jararaca), 1976; Brasília, sinfonia da alvorada (c/Vinícius de Morais), 1961; Brazilian, s.d.; Brigas (Podes voltar) (c/Newton Mendonça), 1958; Brigas nunca mais (c/Vinícius de Morais), 1959; A cachorrinha (c/Vinícius de Morais), s.d.; Cai a tarde, 1959; Cala meu amor, 1958; Caminho da mata, 1983; Caminho de pedra (c/Vinícius de Morais), 1958; Caminhos cruzados (c/Newton Mendonça), 1958; Caminhos sem fim (c/Vinícius de Morais), s.d.; Canção da eterna despedida (c/Vinícius de Morais), 1959; Canção de amor e paz(c/Vinícius de Morais), 1967; Canção do amor demais (c/Vinícius de Morais), 1958; Canção em modo menor (Coração em prece) (c/Vinícius de Morais), 1962; Canta, canta mais (c/Vinícius de Morais), 1959; Canto da Bahia (dRobert Mazoier), 1964; Captam Bacardi, 1967; Caribe, 1970; Carta do Tom (c/Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Morais), s.d.; Casório, 1983; Cavaleiro monge (c/Fernando Pessoa), 1985; Um certo Capitão Rodrigo (c/Ronaldo Bastos), 1985; Chanson pour Micheile, 1985; Chansong, 1987; Chega de saudade (c/Vinícius de Morais), 1958; A chegada dos candangos (Vinícius de Morais), 1961; Chegada dos retirantes, 1983; Children’s game, 1970; Chora, coração (c/Vinícius de Morais), 1973; Choro, 1970; Choro complicado, s.d.; Choro em lá maior, s.d.; Chovendo na roseira, 1971; A chuva caiu (c/Luís Bonfá), 1956; Cidadão da Gávea (c/Vinícius de Morais), 1980; Coffee deiight, 1958; Coisas do dia (Sete horas) (c/Billy Blanco), samba, 1954; Copacabana (c/Billy Blanco), 1954; Coral (c/Vinícius de Morais), 1961; Corcovado, 1960; Correnteza, 1973; Crônica da casa assassinada, 1973; Dax rides, s.d.; De você, eu gosto (c/Aluísio de Oliveira), 1959; Dedinho de prosa (Tiquinho de amor), s.d.; Demais (c/Aluísio de Oliveira), 1959; Derradeira primavera (c/Vinícius de Morais), 1962; Desafinado (c/Newton Mendonça), 1958; Descendo o morro (c/Billy Blanco), 1954; Deus e o diabo na terra do sol, 1970; O dia que você gostar de mim, 1986; Diálogo, 1967; Dindi (c/Aluísio de Oliveira), 1959; Dinheiro em penca (c/Cacaso), 1979; Discussão (c/Newton Mendonça), 1958; Domingo azul do mar (c/Newton Mendonça), s.d.; Domingo sincopado, 1956; Double Rainbow(c/Gene Lees), 1974; The Dreamer, s.d.; E o amor já chegou (c/Paulo Soledade), s.d.; É preciso dizer adeus (c/Vinícius de Morais), 1958; Ela é carioca (c/Vinícius de Morais), 1963; Engano (c/Luís Bonfá), 1964; Entre a cruz e a caldeirinha, s.d.; Espelho das águas, 1981; Esperança perdida (c/Billy Blanco), 1955; Esquecendo você, 1959; Estamos aí (c/Chico Buarque), 1977; Este seu olhar, 1959; Estrada branca (c/Vinícius de Morais), 1958; Estrada do sol (c/Dolores Duran), 1958; Eu e o meu amor (c/Vinícius de Morais), 1956; Eu não existo sem você (c/Vinícius de Morais), 1957; Eu preciso de você (C/Aluisio de Oliveira), 1959; Eu quero (C/Billy Blanco), s.d.; Eu sei que vou te amar (c/Vinícius de Morais), 1959; Eu te amo (c/Chico Buarque), 1980; Exaltação ao amor (c/Vinícius de Morais), s.d.; Fala, meu amor (c/Vinícius de Morais), 1967; Falando de amor, 1979; O fantasminha Pluft, s.d.; Favela (c/Vinícius de Morais), 1963; Faz uma semana (c/João Stockler), 1953; A felicidade (c/Vinícius de Morais), 1959; Fim de romance (c/Alcides de Sousa Fernandes), s.d.; Flor do mato, 1981; Foi a noite (c/Newton Mendonça), 1956; Foi você (c/Alcides de Sousa Fernandes), s.d.; Forever Green (c/Paulo Jobim), 1994; Fotografia, 1959; Frase perdida (c/Marino Pinto), 1957; Frevo (c/Vinícius de Morais), 1959; Frevo de Orfeu (c/Vinícius de Morais), 1996; Gabriela, 1987; Garota de Ipanema (c/Vinícius de Morais), 1960; Garoto, 1959; Gracioso, 1959; O grande amor (c/Vinícius de Morais), 1960; Hino ao sol (c/Billy Blanco), 1954; O homem (c/Vinícius Morais), 1961; lf You Ever Come to Me (c/Ray Gilbert), 1967; Ilhéus (c/Vinícius de Morais), 1983; Imagina (c/Chico Buarque), 1983; Impossível (c/Alcides Fernandes), s.d.; Incerteza (c/Newton Mendonça) 1953; Insensatez (cNinícius de Morais), 1960; Inútil paisagem (c/Aluísio de Oliveira), 1963; Io ao che ti amero (c/Vinícius de Morais e Sergio Bardotti), 1991; Isto eu não faço, 1960; I Was Just One More for You (c/Billy Blanco e Ray Gilbert), 1994; Janelas abertas (c/Vinícius de Morais), 1958; Jangada de vela, s.d.; O jardim abandonado, 1973; Lamento (c/Vinícius de Morais), 1964; Lamento no morro (c/Vinícius de Morais) 1956; Lá no meu sertão tem um riacho, s.d.; Latin Manhattan, 1958; Latino (c/Mïchael Frank), s.d.; Lenda (em memória de Jorge Jobim), s.d.; Lígia, 1972; El lobo (God and the Devil in the Land of the Sun), 1970; Longe é o céu, sd.; Luar e batucada (c/Newton Mendonça), 1957; Luciana (c/Vinícius de Morais), 1958; Luísa, 1981; Mágoa (c/Marino Pinto), 1958; O mar (c/Billy Blanco), 1954; Maria da Graça (c/Vinícius de Morais), 1958; Maria e dia (c/Paulo Jobim e Ronaldo Bastos), 1981; Maria orgulhosa, s.d.; Marina del rey, 1980; Matei-me no trabalho (c/Billy Blanco), 1954; Matita perê (c/Paulo Cesar Pinheiro), 1973; Meditação (c/Newton Mendonça), 1959; Meninos, eu vi (c/Chico Buarque), 1983; Meu amigo Radamés, 1994; Meu mundo é você (c/Aloísio de Oliveira) 1983; Milagre de Maria (c/Robert Mazoier), 1964; Milagre e palhaços, 1973; Modinha (c/Vinícius de Morais), 1958; Mojave, 1967; A montanha (c/Billy Blanco), 1954; Monólogo de Orfeu (c/Vinícius de Morais), 1956; Moonlight Daiquiri, 1958; O morro (c/Billy Blanco), 1954; O morro não tem vez (c/Vinícius de Morais), 1963; Morte de Orfeu (Macumba) (c/Vinícius de Morais), 1956; Mulher sempre mulher (c/Vinícius de Morais), 1956; Na hora do adeus (c/Vinícius de Morais), 1960; Nas horas mortas (c/Billy Bianco), s.d.; Na solidão da noite, ad. ; Não devo sonhar (c/Helena Jobim), 1956; Não fui só eu (c/Paulo Soledade), s.d.; Noites do Rio (c/Billy Blanco), 1954; Um nome de mulher (c/Vinícius de Morais), 1957; No More Blues (c/Vinícius de Morais e Jessei Hendricks), 1962; O nosso amor (c/Vinícius de Morais), 1959; Nuvens douradas, 1973; O que tinha de ser (c/Vinícius de Morais), 1959; O que vai ser de mim, 1955; Oficina, 1980; Olha, Maria (Amparo) (c/Chico Buarque e Vinícius de Morais), 1970; Olha pro céu (Longe é o céu), 1960; Onde andará o amor? (c/Vinícius de Morais), s.d.; Orfeu da Conceição (Overture) (c/Vinícius de Morais), 1956; Origens, 1983; Outra vez, 1954; Para não sofrer, 1963; Passarim, 1985; Pato preto, 1989; Paulo vôo livre (A lenda dos homens- asa), 1995; Pé grande (Sonho desfeito) (c/Armando Cavalcanti e Paulo Soledade), 1956; Pelos caminhos da vida (c/Vinícius de Morais), 1959; Pensando em você, 1953; Pensando na vida, 1983; O pequeno príncipe, 1957; Perdido nos teus olhos (c/Newton Mendonça), 1959; Piano na Mangueira (c/Chico Buarque), 1992; Pista de grama, s.d.; O planalto deserto (c/Vinícius de Morais), 1961; Pois é (Dedicação) (c/Chico Buarque), 1970; Pollo game, s.d.; Por causa de você (c/Dolores Durán), 1957; Por onde andará o amor (Quem numa tarde triste andou procurando), s.d.; Por toda a minha vida (c/Vinícius de Morais), 1959; Porto das caixas, s.d.; Pra fora, s.d.; Pra mode chatear, 1984; Pra não sofrer, 1963; Praia branca (c/Vinícius de Morais), 1958; As praias desertas, 1958; Preciso de você, s.d.; Promessas (c/Newton Mendonça), 1983; Pulando carniça, 1983; Quando o amor é o amor, s.d.; Quando é noite de luar (c/Newton Mendonça), s.d.; Que é que vai ser de mim, 1954; Quebra pedra (Stone Flower), 1970; A queda, 1967; Querida, 1991; Radamés y Pelé, 1994; Rancho nas nuvens, 1973; Remember, 1970; Retrato em branco e preto (c/Chico Buarque), 1968; O rio da minha aldeia (c/Fernando Pessoa), 1985; Rio de Janeiro (c/Billy Blanco), 1955; Rockanália, 1970; Rodrigo, meu capitão (c/Ronaldo Bastos), 1985; Sabiá (c/Chico Buarque), 1968; Samba Belo Horizonte (c/Vinícius de Morais), s.d.; O samba de amanhã (c/Billy Blanco), 1954; Samba de Maria Luísa, 1994; Samba de uma nota só (c/Newton Mendonça), 1959; Samba do avião, 1962; Samba do grande amor (c/Chico Buarque), 1983; Samba levanta poeira, s.d.; Samba não é brinquedo (d/Luís Bonfá), 1956; Samba para Ari e Caymmi, s.d.; Samba torto (c/Aluísio de Oliveira), 1960; Sambinha bossa nova, 1970; São Paulo, s.d.; Saudade (Vai, conta a ela toda a verdade), s.d.; Saudade do Brasil, 1974; Se é por falta de adeus (c/Dolores Durán), 1955; Se todos fossem iguais a você (c/Vinícius de Morais), 1957, Sem você (c/Vinícius de Morais), 1959; Senhora Dona Bibiana (c/Ronaldo Bastos), 1985; Sinfonia do Rio de Janeiro (c/Billy Bianco), 1954; Só danço samba (c/Vinícius de Morais), 1962; Só em teus braços, 1959; Só saudade (c/Newton Mendonça), 1956; Só tinha de ser com você (c/Aluísio de Oliveira), 1964; Sol, sal, céu (c/Billy Bianco), s.d.; Solidão (c/Alcides Fernandes), 1954; Somewhere in the Hills (c/Ray Gilbert), 1994; Soneto da separação (c/Vinícius de Morais), 1959; Sonho desfeito (c/Marino Pinto), 1956; Spanish Varanda, 1980; Sucedeu assim (c/Marino Pinto), 1957; Sue Ann, 1970; Surfboard, 1964, Takatanga, 1970; Tema de amor de Gabriela, 1980; Tema Jazz, 1970; Tema novo, s.d.; Tema para Ana, 1995; Tempo de amar (c/Paulo Soledade), só.; Tempo do mar, 1973; Teresa da praia (c/Billy Blanco), 1954; Teresa, meu amor, 1970; Teu castigo (c/Newton Mendonça), 1956; This Happy Madness (c/Vinícius de Morais e Ray Gilbert), 1971; Tide, 1970; Toda tristeza guardo comigo, sd.; O trabalho e a construção (c/Vinícius de Morais), 1961; Treck, 1970; Trem de ferro (c/Manoel Bandeira), 1986; Trem para Cordisburgo, 1973; Triste, 1967; Turma do funil (c/Chico Buarque), 1979; Two Kites, 1980; A valsa, s.d.; Valsa das rosas, s.d.; Valsa do amor de nós dois (c/Vinícius de Morais), 1962; Valsa do Porto das Caixas, 1964; Valsa romântica, s.d.; Velho riacho, 1962; Vem viver ao meu lado (c/Alcides de Sousa Fernandes), 1956; Vida bela (c/Vinícius de Morais), 1958; A violeira (c/Chico Buarque), 1983; Vivo sonhando, 1963; Você pra mim foi um sonho (c/Newton Mendonça), s.d., Você vai ver (c/Ana Jobim), 1980; Wave (Vou te contar), 1960; Zíngaro, 1965; Zona Sul (c/Billy Blanco), 1954.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA - 2a. Edição - 1998.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Deixa

Deixa (samba, 1963) - Baden Powell e Vinícius de Moraes
Am7
Deixa
F7M G7 C7M Gm7 C7
Fale quem quiser falar meu bem
F7M
Deixa
Dm7 E7 Am7
Deixa o coração falar também
F7M Am7
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Em7
Então a gente
B7 Em7 E7 Am7
Deixa, deixa , deixa ,deixa
F7M G7 C7M Gm7 C7
Ninguem vive mais do que uma vez
F7M
Deixa
Dm7 E7 Am7
Diz que sim pra não dizer talvez
B7
Deixa
E7 Am7
A paixão também existe
F#°
Deixa
E7 Am7
Não me deixes ficar triste

Deixa

Deixa (samba, 1963) - Baden Powell e Vinícius de Moraes
Am7
Deixa
F7M G7 C7M Gm7 C7
Fale quem quiser falar meu bem
F7M
Deixa
Dm7 E7 Am7
Deixa o coração falar também
F7M Am7
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Em7
Então a gente
B7 Em7 E7 Am7
Deixa, deixa , deixa ,deixa
F7M G7 C7M Gm7 C7
Ninguem vive mais do que uma vez
F7M
Deixa
Dm7 E7 Am7
Diz que sim pra não dizer talvez
B7
Deixa
E7 Am7
A paixão também existe
F#°
Deixa
E7 Am7
Não me deixes ficar triste

domingo, 9 de novembro de 2008

Rancho das flores

Rancho das flores (marcha-rancho, 1961) - Letra de Vinícius de Moraes e música de J. S. Bach (Jesus, alegria dos homens)
Luiz Cláudio

Entre as prendas com que a natureza
Alegrou este mundo onde há tanta tristeza
A beleza das flores realça em primeiro lugar
É um milagre do aroma florido
Mais lindo que todas as graças do céu
E até mesmo do mar
Olhem bem para a rosa
Não há mais formosa
É flor dos amantes
É rosa-mulher
Que em perfume e em nobreza
Vem antes do cravo
E do lírio e da Hortência
E da dália e do bom crisântemo
E até mesmo do puro e gentil malmequer
E reparem no cravo o escravo da rosa
Que é flor mais cheirosa
De enfeite sutil
E no lírio que causa o delírio da rosa
O martírio da alma da rosa
Que é a flor mais vaidosa e mais prosa
Entre as flores do nosso Brasil
Abram alas pra dália garbosa
Da cor mais vistosa
Do grande jardim da existência das flores
Tão cheias de cores gentis
E também para a Hortência inocente
A flor mais contente
No azul do seu corpo macio e feliz
Satisfeita da vida
Vem a margarida
Que é a flor preferida dos que tem paixão
E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel pras abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração
E agora que temos o bom crisântemo
Seu nome cantemos em verso e em prosa
Porém que não tem a beleza da rosa
Que uma rosa não é só uma flor
Uma rosa é uma rosa, é uma rosa
É a mulher rescendendo de amor

Rancho das flores

Rancho das flores (marcha-rancho, 1961) - Letra de Vinícius de Moraes e música de J. S. Bach (Jesus, alegria dos homens)
Luiz Cláudio

Entre as prendas com que a natureza
Alegrou este mundo onde há tanta tristeza
A beleza das flores realça em primeiro lugar
É um milagre do aroma florido
Mais lindo que todas as graças do céu
E até mesmo do mar
Olhem bem para a rosa
Não há mais formosa
É flor dos amantes
É rosa-mulher
Que em perfume e em nobreza
Vem antes do cravo
E do lírio e da Hortência
E da dália e do bom crisântemo
E até mesmo do puro e gentil malmequer
E reparem no cravo o escravo da rosa
Que é flor mais cheirosa
De enfeite sutil
E no lírio que causa o delírio da rosa
O martírio da alma da rosa
Que é a flor mais vaidosa e mais prosa
Entre as flores do nosso Brasil
Abram alas pra dália garbosa
Da cor mais vistosa
Do grande jardim da existência das flores
Tão cheias de cores gentis
E também para a Hortência inocente
A flor mais contente
No azul do seu corpo macio e feliz
Satisfeita da vida
Vem a margarida
Que é a flor preferida dos que tem paixão
E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel pras abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração
E agora que temos o bom crisântemo
Seu nome cantemos em verso e em prosa
Porém que não tem a beleza da rosa
Que uma rosa não é só uma flor
Uma rosa é uma rosa, é uma rosa
É a mulher rescendendo de amor

quarta-feira, 5 de março de 2008

Loura ou morena

Loura ou morena (fox-canção, 1932) - Vinícius de Moraes e Haroldo Tapajós

Se por acaso o amor me agarrar
Quero uma loira pra namorar
Irmãos Tapajós
Corpo bem feito, magro e perfeito
E o azul do céu no olhar
Quero também que saiba dançar
Que seja clara como o luar
Se isso se der
Posso dizer que amo uma mulher

Mas se uma loura eu não encontrar
Uma morena é o tom
Uma pequena, linda morena
Meu Deus, que bom
Uma morena era o ideal
Mas a loirinha não era mau
Cabelo louro vale um tesouro
É um tipo fenomenal
Cabelos negros têm seu lugar
Pele morena convida a amar
Que vou fazer?

Ah, eu não sei como é que vai ser
Olho as mulheres, que desespero
Que desespero de amor
É a loirinha, é a moreninha
Meu Deus, que horror!
Se da morena vou me lembrar
Logo na loura fico a pensar
Louras, morenas
Eu quero apenas a todas glorificar
Sou bem constante no amor leal
Louras, morenas, sois o ideal
Haja o que houver
Eu amo em todas somente a mulher

Loura ou morena

Loura ou morena (fox-canção, 1932) - Vinícius de Moraes e Haroldo Tapajós

Se por acaso o amor me agarrar
Quero uma loira pra namorar
Irmãos Tapajós
Corpo bem feito, magro e perfeito
E o azul do céu no olhar
Quero também que saiba dançar
Que seja clara como o luar
Se isso se der
Posso dizer que amo uma mulher

Mas se uma loura eu não encontrar
Uma morena é o tom
Uma pequena, linda morena
Meu Deus, que bom
Uma morena era o ideal
Mas a loirinha não era mau
Cabelo louro vale um tesouro
É um tipo fenomenal
Cabelos negros têm seu lugar
Pele morena convida a amar
Que vou fazer?

Ah, eu não sei como é que vai ser
Olho as mulheres, que desespero
Que desespero de amor
É a loirinha, é a moreninha
Meu Deus, que horror!
Se da morena vou me lembrar
Logo na loura fico a pensar
Louras, morenas
Eu quero apenas a todas glorificar
Sou bem constante no amor leal
Louras, morenas, sois o ideal
Haja o que houver
Eu amo em todas somente a mulher

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Modinha (Tom e Vinícius)

Modinha - Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Não
Não pode mais meu coração
Viver assim dilacerado
Escravizado a uma ilusão
Que é só
Desilusão

Ah, não seja a vida sempre assim
Como um luar desesperado
A derramar melancolia em mim
Poesia em mim

Vai, triste canção, sai do meu peito
E semeia a emoção
Que chora dentro do meu coração
Coração

Chora coração

Chora coração - Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Tem pena de mim
Ouve só meus ais
Eu não posso mais
Tem pena de mim

Quando o dia está bonito
Ainda a gente se distrai
Mas que triste de repente
Quando o véu da noite cai
Aqui fora está tão frio
E lá dentro está também
Não há tempo mais vazio
Do que longe do meu bem

Olho o céu, olho as estrelas
Que beleza de luar
Mas é tudo uma tristeza
Se eu não posso nem contar
O relógio bate as horas
Diz baixinho ela não vem
Ai de mim de tão altivo
Fiquei só sem o meu bem

Chora coração
Ouve só meus ais
Eu não posso mais
Chora coração

Carta ao Tom / Carta do Tom

Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Toquinho
Int.: A7+ E5+/7


A7+ E/G# F#m7
Rua Nascimento e Silva, cento e sete,
A7/E B/D#
você ensinando prá Elizeth
Dm6 Em7 Em6
As canções de "Canção do Amor Demais"
B/D# D7+ C#m7
Lembra que tempo feliz, ai que saudade,
F#m7 F#m6
Ipanema era só felicidade
F5-/6 E5+/7
Era como se amor doesse em paz
A7+ E/G# F#m7
Nossa famosa garota nem sabia
A7/E B/D#
a que ponto a cidade turvaria
Dm6 Em7 Em6
Esse Rio de amor que se perdeu
D#m5-/7 D7+ A/C#
Mesmo a tristeza da gente era a mais bela
F#5+/7 B7/F#
e além disso se via da janela
E4/7 Em6 A7/9
Um cantinho de céu e o Redentor
D#m5-/7 D7+ A/C#
É meu amigo, só resta uma certeza,
F#5+/7 B7/F#
é preciso acabar com essa tristeza
E4/7 A7+ E5+/7
É preciso inventar de novo o amor

A7+ E/G# F#m7
Rua Nascimento e Silva, cento e sete,
A7/E B/D#
eu saio correndo do pivete
Dm6 Em6 A7/9
Tentando alcançar o elevador
B/D# Dm6 C#m7
Minha janela não passa de um quadrado,
F#m7 B7/9
a gente só vê Sérgio Dourado
E5+/7 Em6 A7/9
Onde antes se via o Redentor
D#m5-/7 D7+ C#m7
É meu amigo só resta uma certeza,
F#5+/7 B7/9
é preciso acabar com a natureza
E5+/7 A7+
É melhor lotear o nosso amor

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Cifras de Vinícius de Moraes






Canta, canta mais

Canta, canta mais - Vinícius de Moraes e Tom Jobim

Canta, canta
Sente a beleza e
Canta, canta
Esquece a tristeza
Tanta, tanta
Tanta tristeza
Canta
Ah...

Canta, canta
Canta, vai, vai
Segue cantando em paz
Canta, canta
Canta mais

Rosa desfolhada

Vinícius de Moraes
Dm            D7     
Tento compor, o nosso amor
D/C Gm/Bb
Dentro da tua ausência
Gm Gm/F
Toda loucura, todo o martírio
A7/E Dm
De uma paixão imensa
F7/C Bb6
Teu toca-discos, nosso retrato
Bm7/5b E7
Um tempo descuidado
// Gm6/Bb
Tudo pisado, tudo partido
A7 Dm
Tudo no chão jogado.


Gm7 / A7 / Gm7 / A4/7 / A7


Dm
E em cada canto
D7
Teu desencanto
D/C Gm/Bb
Tua melancolia
Gm Gm/F
Teu triste vulto desesperado
A7/E Dm
Ante o que eu te dizia
F7/C Bb6
E logo o espanto,e logo o insulto
Bm7/5b E7
O amor dilacerado
// Gm6/Bb
E logo o pranto ante a agonia
A7 Dm
Do fato consumado


Gm7 / A7 / Gm7 / A4/7 / A7


Dm D7
Silenciosa, ficou a rosa
D/C Gm/Bb
No chão despetalada
Gm Gm/F
Que eu com meus dedos, tentei a medo
A7/E Dm
Reconstruir do nada
F7/C Bb6
O teu perfume, teus doces pêlos
Bm7/5b E7
A tua pele amada
// Gm6/Bb
Tudo desfeito, tudo perdido
A7 Dm
A rosa desfolhada

Sei lá, a vida tem sempre razão

Toquinho e Vinícius de Moraes
Tom: C9/6


C9/6 Am7 D9/7
Tem dias que eu fico pensando na vida
Dm7/4 G7 C9/6
E sinceramente não vejo saída
Am7 D9/7 G7+
Como é por exemplo que dá pra entender
Em7 Am7 D9/7 Dm7/4
A gente mal nasce e começa a morrer
G7 C9/6 Am7 D9/7
Depois da chegada vem sempre a partida
Dm7/4 G7 Gm7 C9/7
Porque não há nada sem separação
F#m7/b5 Fm6
Sei lá,
Em7 A7
Sei lá
D9/7 G13/7 Gm7 C9/7
Só sei que é preciso paixão
F#m7/b5 Fm6
Sei lá,
Em7 A7
Sei lá
D9/7 G13/7 C9/6
A vida tem sempre razão.
Am7 D9/7
A gente nem sabe que males se apronta
Dm7/4 G7 C9/6
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Am7 D9/7 G7+
Que nada renasce antes que se acabe
Em7 Am7 D9/7 Dm7/4
E o sol que desponta tem que adormecer
G7 C9/6 Am7 D9/7
De nada adianta ficar-se de fora
Dm7/4 G7 Gm7 C9/7
A hora do sim é o descuido do não
F#m7/b5 Fm6
Sei lá,
Em7 A7
Sei lá
D9/7 G13/7 Gm7 C9/7
Só sei que é preciso paixão
F#m7/b5 Fm6
Sei lá,
Em7 A7
Sei lá
D9/7 G13/7 C9/6
A vida tem sempre razão.

Por que será?

Por que será? - Carlinhos Vergueiro, Vinícius de Moraes e Toquinho
G7          C
Por que será
Gm/E Am
Que eu ando triste por te adorar?
Dm
Por que será
Fm G7 C
Que a vida insiste em se mostrar
A7 Dm
Mais distraída dentro de um bar
Fm G7
Por que será?



Por que será
Que o nosso assunto já se acabou?
Por que será
Que o que era junto se separou
E o que era muito se definhou
Por que será?


G7 F
Eu, quantas vezes
F#º B7 Em
Me sento à mesa de algum lugar
Gm/E A7 Dm
Falando coisas só por falar
D7 Fm
Adiando a hora de te encontrar


( acordes da 1ª estrofe )
É muito triste
Quando se sente tudo morrer
E ainda existe o amor
Que mente para esconder
Que o amor presente
Não tem mais nada para dizer
Por que será?

Então pode ir

Vinícius de Moraes
Intro: D  E  G  D

D
Você me fala com toda certeza
E
que não tem medo de nada
G
Seu amor tá me deixando e buscando outra estrada
D D4 D
E o mundo a minha volta é só dor e solidão
Você me pede pra que eu te esqueça
F#m
eu não posso fazer nada
G
Solidão é companheira, quase toda madrugada
A
Implorar não adianta, se não vai querer ficar
D
Então pode ir
E
Mas vai na certeza que vai de uma vez
G
Esquece essa vida, o que a gente já fez
D
Que o meu coração vai levando com jeito

Então pode ir
E
Mas vai na certeza que fica uma dor
G
Que fica a saudade e o resto de amor
A D
Virando a cabeça e rasgando o meu peito

[D A G] x2
Bm F#m
Acontece que agora é diferente e eu não posso fazer nada
G
Solidão é companheira, quase toda madrugada
A
Implorar não adianta, se não vai querer ficar
D
Então pode ir
E
Mas vai na certeza que vai de uma vez
G
Esquece essa vida, o que a gente já fez
D
Que o meu coração vai levando com jeito

Então pode ir
E
Mas vai na certeza que fica uma dor
G
Que fica a saudade e o resto de amor
A D
Virando a cabeça e rasgando o meu peito

Soneto da separação

Soneto da separação - Vinícius de Moraes e Tom Jobim

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

"E no entanto ali estava / A poucos passos
Sua forma feminina / Que não era nenhuma outra
forma feminina / Mas, a dela / A mulher amada
Aquela que ele abençoara com seus beijos / E agasalhara
Nos instantes do amor de seus corpos / Tento imaginar
em sua dolorosa nudez / Já envolta em seu espaço próprio
Perdida em suas cogitações próprias / Um ser desligado
dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas
De súbito sentindo que ia explodir em lágrimas
Correu para a rua e pôs a andar sem saber para onde"

Dbm7    D7/6     Em6        Gb7/5+  Bm7
É uma saudade tão bonita de você
Dm7 A Abm11
Que eu não sei mais nada não
Gb11+ Gbm7
E é isso aí sempre que o amor não pode ser
Dm6 Em6 Gb7 B7
Olhe meu amor tudo o que eu quero é não sofrer
E7/6 A Ebm7 Ab7 Dbm
Mais uma separação / Fomos enganados pelo tempo
Bm7 E7 A
Teu amor chegou tarde demais
Dbm7 Gb7 Bm
E o amor é sempre um sentimento
B7/6 E7
Que a separação não deixa em paz
Dbm7 D7/6 Em6 Gb7/5+
Pode ser assim mas quem sou eu prá resolver
Bm7 Dm7 A A/G Gb6 Dm6
As razões do coração / Olhe meu amor
Em6 Gb7 Gb6 E7/6 A
Tudo o que eu peço é nunca ser / Mais uma recordação



Só danço samba

João Gilberto
Integrando a derradeira leva de produções da dupla Tom e Vinicius, “Só Danço Samba” é a primeira composição bossa nova que faz referência explícita ao ato de dançar. Caiu assim como uma luva no repertório dos pocketshows, que o dançarino e coreógrafo americano Lennie Dale — o “inventor” da dança da bossa nova — apresentava no Beco.

“Só Danço Samba” era como se tivesse sido feito para esse fim, inspirando a coreografia de movimentos de braços e quadris, que Lennie depois ensinaria a Elis Regina. Entretanto, como se sabe, não seria no Beco e sim no Au Bon Gourrnet, abrindo o show “Encontro”, nas vozes de João Gilberto e do quarteto Os Cariocas, que se deu a estréia de “Só Danço Samba”. Aliás, esse arranjo cantado no espetáculo seria consagrado no elepê do conjunto lançado em 1963.

A composição é quase um blues, a partir de sua simplicidade melódica e do impulso rítmico sincopado no verso “vai, vai, vai, vai, vai”. Harmonicarnente, também se aproxima desse gênero, com os característicos acordes de tônica, subdominante e dominante presentes, mais um motivo para estimular o improviso. A letra, muito simples e direta, exalta a superioridade do samba sobre o twist, o calipso e o chá-chá-chá, um tema, digamos, não muito original.

Mas, “Só Danço Samba” fez sucesso, sendo lançado nos Estados Unidos por Tom e João, o primeiro em seu disco instrumental para a Verve e o segundo no álbum Getz/Gilberto, ambos gravados em 1963 (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Só danço samba (samba, 1963) - Vinícius de Moraes e Tom Jobim
D7M/9                     G7/9
Só danço samba, só danço samba
E7/9
Vai vai vai vai vai
Em7/9 A7/13 D7M/9 G7/9
Só danço samba, só danço samba vai
D7M/9 G7/9
Só danço samba, só danço samba
E7/9
Vai vai vai vai vai
Em7/9 A7/13 D7M/9
Só danço samba, só danço samba vai

Am7/9 D7(9/13) G7M/9
Já dancei o twist até demais
E7/9
Mas, não sei, me cansei
Em7/9 F7/9 Em7/9 A7/13
Do calipso ou chá-chá-chá

Solo.:D7M/9 Eb7M/9 D7M/9 Eb7M/9 E7/9 Eb7M/9

D7M/9 G7/9 E7/9
Só danço samba, só danço samba vai
Em7/9 Eb7M/9 D7M/9
Só danço samba só danço samba vai

O pato (Vinícius de Moraes)

O pato - Vinícius de Moraes

C             G7         C    G7
Lá vem o pato / Pato aqui pato acolá
C G7 C
Lá vem o pato para ver o que é que há
G7              C                 G7
O pato pateta pintou o caneco / Surrou a galinha
Gm C7 F
Bateu no marreco / Pulou do puleiro
Gbo C/G A7 D7 Dm
No pé do cavalo / Levou um coice criou um galo
G7 C G7
Comeu um pedaço de genipapo / Ficou engasgado
Gm C7 F Gbo C/G
Com dor no papo / Caiu no poço / Quebrou a tijela
A7 D7 G7 C
Tantas fez o moço que foi pra panela

Pela luz dos olhos teus

Pela luz dos olhos teus - Vinícius de Moraes e Tom Jobim
Tom: D7+


D7+ Bm7
Quando a luz dos olhos meus
Em7
E a luz dos olhos teus
A7
Resolvem se encontrar
Em7 A7
Aí, que bom que isso é meu Deus
D7+ D
Que frio que me dá o encontro desse olhar
 

Am7 D7
Mas se a luz dos olhos teus
G7+
Resiste aos olhos meus
C7/9
Só pra me provocar
D7+ A7
Meu amor juro por Deus
D C7
Me sinto incendiar
  


F7+ Dm7
Meu amor juro por Deus
Gm7
Que a luz dos olhos meus
C7/9
Já não pode esperar
Gm7 C7
Quero a luz dos olhos teus
F7+
Na luz dos olhos meus
F
Sem mais la ra la ia



Cm7 F7
Pela luz dos olhos teus
Bb7+ Eb7/9
Eu acho meu amor que só pode achar
F7+ C7 F
Que a luz dos olhos meus precisa se casar