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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ho-ba-la-lá

Ho-ba-la-lá (bolero, 1959) - João Gilberto
Intro: Ebm9 G#7 Ebm9 G#7 Ebm9 G#7 Ebm9 G#7


Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
E amor, O hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#6 Eº Ebm7 Fº
hó-bá-lá-lá uma canção,
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
Quem ouvir o hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#7/4 C#7
Terra feliz o coração
F#m7 B7/9 F#m6 Emaj7 Gº
O amor encontrara ouvindo esta cançao
F#m7 B7/9 F#m6 Fm7 E7
alguem compreendera seu coração
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº
Vem ouvir, O hó-bá-lá-lá,
Eº Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#6
hó-bá-lá-lá uma cançao
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
E amor, O hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#6 Eº Ebm7 Fº
hó-bá-lá-lá uma canção,
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº
Quem ouvir o hó-bá-lá-lá,
Eº Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#7/4 C#7
Terra feliz o coração
F#m7 B7/9 F#m6 Emaj7 Gº
O amor encontrara ouvindo esta canção
F#m7 B7/9 F#m6 Fm7 E7
alguem compreendera seu coração
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
Vem ouvir, O hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 Eb7
hó-bá-lá-lá esta cançao bá-lá-lá hó-bá-lá-lá
Dmaj7 Eb7 G#7/9 Ebm6
hó-bá-lá-lá hó-bá-lá-lá, hó-bá-lá-lá,
C#6
hó-bá-lá-lá, hó-bá-lá-lá, hó-bá-lá-lá

Ho-ba-la-lá

Ho-ba-la-lá (bolero, 1959) - João Gilberto
Intro: Ebm9 G#7 Ebm9 G#7 Ebm9 G#7 Ebm9 G#7


Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
E amor, O hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#6 Eº Ebm7 Fº
hó-bá-lá-lá uma canção,
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
Quem ouvir o hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#7/4 C#7
Terra feliz o coração
F#m7 B7/9 F#m6 Emaj7 Gº
O amor encontrara ouvindo esta cançao
F#m7 B7/9 F#m6 Fm7 E7
alguem compreendera seu coração
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº
Vem ouvir, O hó-bá-lá-lá,
Eº Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#6
hó-bá-lá-lá uma cançao
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
E amor, O hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#6 Eº Ebm7 Fº
hó-bá-lá-lá uma canção,
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº
Quem ouvir o hó-bá-lá-lá,
Eº Ebm7 G#7/9 Ebm6 C#7/4 C#7
Terra feliz o coração
F#m7 B7/9 F#m6 Emaj7 Gº
O amor encontrara ouvindo esta canção
F#m7 B7/9 F#m6 Fm7 E7
alguem compreendera seu coração
Ebm9 G#7 Aº Bbm7 Gº Eº
Vem ouvir, O hó-bá-lá-lá,
Ebm7 G#7/9 Ebm6 Eb7
hó-bá-lá-lá esta cançao bá-lá-lá hó-bá-lá-lá
Dmaj7 Eb7 G#7/9 Ebm6
hó-bá-lá-lá hó-bá-lá-lá, hó-bá-lá-lá,
C#6
hó-bá-lá-lá, hó-bá-lá-lá, hó-bá-lá-lá

sábado, 12 de janeiro de 2008

Astrud Gilberto


Astrud Gilberto (Astrud Weinert), cantora, nasceu em Salvador BA (29/3/1940). Em 1948 transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro RJ. Trabalhou como funcionária do Ministério da Agricultura e, em 1959, casou com João Gilberto, que conhecera na casa de amigos e com quem cantara como amadora em shows de bossa nova.

Por 1963, foi para Nova Iorque, Estados Unidos, com o marido. Participou como cantora da gravação do LP de João Gilberto com Stan Getz, e este a convidou para gravar a versão em inglês de Garota de Ipanema.

Em novembro de 1963, foi contratada como crooner do grupo de Stan Getz. No início do ano seguinte, obteve sucesso com The Girl from Ipanema (versão para o inglês de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes), lançada em compacto pela etiqueta Verve. Nessa época, ao lado de Stan Getz, trabalhou no filme The Swinging Set.

Separou-se de João Gilberto em fins de 1964. Em janeiro de 1965, gravou seu primeiro LP, Astrud Gilberto, também pela Verve. Fez ainda várias gravações de jingles. Apresentou-se em shows em diversas cidades norte-americanas, e continuou morando nos EUA.

Esteve no Brasil em 1966, quando fez uma temporada no Teatro Record, de São Paulo. Entre seus discos lançados nos EUA, destacam-se Astrud Gilberto Plus James Last Orchestra (Verve, 1986) e The Astrud Gilberto Album (The Silver Collection,Verve, s.d.).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Astrud Gilberto


Astrud Gilberto (Astrud Weinert), cantora, nasceu em Salvador BA (29/3/1940). Em 1948 transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro RJ. Trabalhou como funcionária do Ministério da Agricultura e, em 1959, casou com João Gilberto, que conhecera na casa de amigos e com quem cantara como amadora em shows de bossa nova.

Por 1963, foi para Nova Iorque, Estados Unidos, com o marido. Participou como cantora da gravação do LP de João Gilberto com Stan Getz, e este a convidou para gravar a versão em inglês de Garota de Ipanema.

Em novembro de 1963, foi contratada como crooner do grupo de Stan Getz. No início do ano seguinte, obteve sucesso com The Girl from Ipanema (versão para o inglês de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes), lançada em compacto pela etiqueta Verve. Nessa época, ao lado de Stan Getz, trabalhou no filme The Swinging Set.

Separou-se de João Gilberto em fins de 1964. Em janeiro de 1965, gravou seu primeiro LP, Astrud Gilberto, também pela Verve. Fez ainda várias gravações de jingles. Apresentou-se em shows em diversas cidades norte-americanas, e continuou morando nos EUA.

Esteve no Brasil em 1966, quando fez uma temporada no Teatro Record, de São Paulo. Entre seus discos lançados nos EUA, destacam-se Astrud Gilberto Plus James Last Orchestra (Verve, 1986) e The Astrud Gilberto Album (The Silver Collection,Verve, s.d.).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Lennie Dale

Bailarino e coreógrafo americano radicado no Brasil, criador dos Dzi Croquettes em 1973, um grupo de grande sucesso com seus shows escandalosos apresentando uma androgenia debochada. Elogiado por Liza Minelli, com quem trabalhou e disse jamais ter visto coisa igual, fez também um filme underground de uma equipe alemã, retratando a alucinante passagem dos Dzi Croquettes por Paris.

Nascido no bairro do Brooklyn, em Nova York, Lennie se apaixonou pelo Brasil em 1960, ao ser convidado por Carlos Machado para fazer a coreografia da peça Elas Atacam Pelo Telefone, na boate Fred´s no Rio. Em seguida, foi para o Bottle's Bar no Beco das Garrafas, onde, ao ouvir João Gilberto, dirigiu vários shows de bossa nova e criou uma dança especial para o ritmo que surgia. Sob sua orientação, Sergio Mendes começou a usar dançarinas em seus shows. Em 1961, o restaurante Night and Day vibrava com o bailarino vestindo uma saia e estalando chicote, uma coreografia revolucionária para a época.

Lennie foi o introdutor da noção de ensaio em espetáculos de MPB. Até então, o artista chegava na hora da apresentação e cantava, sem nenhuma preocupação com a produção ou expressão corporal. Foi ele quem mandou Elis Regina cortar os cabelos e balançar os braços como hélices na música Arrastão.

O pai de Lennie, um barbeiro fracassado que imigrara da Sicília e vivia amaldiçoando o dia em que decidira buscar a prosperidade na América, lamentava como mais um castigo da vida ter um filho bailarino. Logo, porém, tornou-se seu próprio empresário, e ele fez muito sucesso no programa infantil Star Lime Kids, co-estrelado por Connie Francis.

Dos 14 aos 21 anos, Lennie dedicava-se as aulas de balês em tempo integral. Na Broadway, fez parte do grupo dos jets em West Side Story, mas foi barrado pelo diretor Jerome Robbins para a versão cinematográfica. Mudou-se então para Londres, alugou uma sala e deixava a porta aberta para que todos vissem como dançava bem. Um empresário de Shirley Bassey passava pelo local quando ficou admirado com sua performance e contratou-o.

Apresentou-se em toda a Europa, participou de um programa com Gene Kelly na televisão italiana e da coreografia para 500 bailarinos em Cleópatra. Na ocasião, ficou conhecendo a grande estrela do filme de forma sui-generis: um dia abriu a porta errada no corredor dos camarins e defrontou-se com uma animada Elizabeth Taylor praticando sexo oral com Richard Burton. Nenhuma surpresa, eles acharam engraçado e acabaram tornando-se amigos.

Lennie chegou a voltar para os Estados Unidos, mas em 1971 retornava novamente ao Brasil, preso em seguida, por porte de maconha na galeria Alaska. Passou um ano na penitenciária Helio Gomes onde, numa noite, sonhou que galopava sobre um cavalo branco, seguido por uma multidão de admiradores. O sonho repetiu-se exatamente um ano depois, na mesma data, e ele foi tomado por uma grande fé umbandista, pois identificou-se com a imagem de São Jorge Guerreiro. Embora calvo na vida real, no sonho via-se com uma longa cabeleira longa.

Lennie possuía uma sapatilha roubada em Paris do russo Rudolf Nureyev e um exemplar da biografia de Madame Satã, seu ídolo máximo, um homossexual famoso por surrar policiais e travestir-se de Carmen Miranda. Foi responsável pela coreografia da novela Baila Comigo e pelo musical 1.707.839 / Leonardo Laponzina.

Lennie Dale morreu aos 57 anos, em 9 de agosto de 1994.

Lennie Dale

Bailarino e coreógrafo americano radicado no Brasil, criador dos Dzi Croquettes em 1973, um grupo de grande sucesso com seus shows escandalosos apresentando uma androgenia debochada. Elogiado por Liza Minelli, com quem trabalhou e disse jamais ter visto coisa igual, fez também um filme underground de uma equipe alemã, retratando a alucinante passagem dos Dzi Croquettes por Paris.

Nascido no bairro do Brooklyn, em Nova York, Lennie se apaixonou pelo Brasil em 1960, ao ser convidado por Carlos Machado para fazer a coreografia da peça Elas Atacam Pelo Telefone, na boate Fred´s no Rio. Em seguida, foi para o Bottle's Bar no Beco das Garrafas, onde, ao ouvir João Gilberto, dirigiu vários shows de bossa nova e criou uma dança especial para o ritmo que surgia. Sob sua orientação, Sergio Mendes começou a usar dançarinas em seus shows. Em 1961, o restaurante Night and Day vibrava com o bailarino vestindo uma saia e estalando chicote, uma coreografia revolucionária para a época.

Lennie foi o introdutor da noção de ensaio em espetáculos de MPB. Até então, o artista chegava na hora da apresentação e cantava, sem nenhuma preocupação com a produção ou expressão corporal. Foi ele quem mandou Elis Regina cortar os cabelos e balançar os braços como hélices na música Arrastão.

O pai de Lennie, um barbeiro fracassado que imigrara da Sicília e vivia amaldiçoando o dia em que decidira buscar a prosperidade na América, lamentava como mais um castigo da vida ter um filho bailarino. Logo, porém, tornou-se seu próprio empresário, e ele fez muito sucesso no programa infantil Star Lime Kids, co-estrelado por Connie Francis.

Dos 14 aos 21 anos, Lennie dedicava-se as aulas de balês em tempo integral. Na Broadway, fez parte do grupo dos jets em West Side Story, mas foi barrado pelo diretor Jerome Robbins para a versão cinematográfica. Mudou-se então para Londres, alugou uma sala e deixava a porta aberta para que todos vissem como dançava bem. Um empresário de Shirley Bassey passava pelo local quando ficou admirado com sua performance e contratou-o.

Apresentou-se em toda a Europa, participou de um programa com Gene Kelly na televisão italiana e da coreografia para 500 bailarinos em Cleópatra. Na ocasião, ficou conhecendo a grande estrela do filme de forma sui-generis: um dia abriu a porta errada no corredor dos camarins e defrontou-se com uma animada Elizabeth Taylor praticando sexo oral com Richard Burton. Nenhuma surpresa, eles acharam engraçado e acabaram tornando-se amigos.

Lennie chegou a voltar para os Estados Unidos, mas em 1971 retornava novamente ao Brasil, preso em seguida, por porte de maconha na galeria Alaska. Passou um ano na penitenciária Helio Gomes onde, numa noite, sonhou que galopava sobre um cavalo branco, seguido por uma multidão de admiradores. O sonho repetiu-se exatamente um ano depois, na mesma data, e ele foi tomado por uma grande fé umbandista, pois identificou-se com a imagem de São Jorge Guerreiro. Embora calvo na vida real, no sonho via-se com uma longa cabeleira longa.

Lennie possuía uma sapatilha roubada em Paris do russo Rudolf Nureyev e um exemplar da biografia de Madame Satã, seu ídolo máximo, um homossexual famoso por surrar policiais e travestir-se de Carmen Miranda. Foi responsável pela coreografia da novela Baila Comigo e pelo musical 1.707.839 / Leonardo Laponzina.

Lennie Dale morreu aos 57 anos, em 9 de agosto de 1994.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Só danço samba

João Gilberto
Integrando a derradeira leva de produções da dupla Tom e Vinicius, “Só Danço Samba” é a primeira composição bossa nova que faz referência explícita ao ato de dançar. Caiu assim como uma luva no repertório dos pocketshows, que o dançarino e coreógrafo americano Lennie Dale — o “inventor” da dança da bossa nova — apresentava no Beco.

“Só Danço Samba” era como se tivesse sido feito para esse fim, inspirando a coreografia de movimentos de braços e quadris, que Lennie depois ensinaria a Elis Regina. Entretanto, como se sabe, não seria no Beco e sim no Au Bon Gourrnet, abrindo o show “Encontro”, nas vozes de João Gilberto e do quarteto Os Cariocas, que se deu a estréia de “Só Danço Samba”. Aliás, esse arranjo cantado no espetáculo seria consagrado no elepê do conjunto lançado em 1963.

A composição é quase um blues, a partir de sua simplicidade melódica e do impulso rítmico sincopado no verso “vai, vai, vai, vai, vai”. Harmonicarnente, também se aproxima desse gênero, com os característicos acordes de tônica, subdominante e dominante presentes, mais um motivo para estimular o improviso. A letra, muito simples e direta, exalta a superioridade do samba sobre o twist, o calipso e o chá-chá-chá, um tema, digamos, não muito original.

Mas, “Só Danço Samba” fez sucesso, sendo lançado nos Estados Unidos por Tom e João, o primeiro em seu disco instrumental para a Verve e o segundo no álbum Getz/Gilberto, ambos gravados em 1963 (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Só danço samba (samba, 1963) - Vinícius de Moraes e Tom Jobim
D7M/9                     G7/9
Só danço samba, só danço samba
E7/9
Vai vai vai vai vai
Em7/9 A7/13 D7M/9 G7/9
Só danço samba, só danço samba vai
D7M/9 G7/9
Só danço samba, só danço samba
E7/9
Vai vai vai vai vai
Em7/9 A7/13 D7M/9
Só danço samba, só danço samba vai

Am7/9 D7(9/13) G7M/9
Já dancei o twist até demais
E7/9
Mas, não sei, me cansei
Em7/9 F7/9 Em7/9 A7/13
Do calipso ou chá-chá-chá

Solo.:D7M/9 Eb7M/9 D7M/9 Eb7M/9 E7/9 Eb7M/9

D7M/9 G7/9 E7/9
Só danço samba, só danço samba vai
Em7/9 Eb7M/9 D7M/9
Só danço samba só danço samba vai

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Trenzinho (Trem de ferro)

João Gilberto
Tom: G7+


G7M F7M G7M
O trem blim blom blim blom
F7M G7M F7M G7M F7M
Vai saindo da estação
C7M C#º Dm7
E eu
G7 C6/G
Deixo meu coração
Am6
Com pouco mais
Com pouco mais
Com pouco mais
G7M G7 F#7 F7 E7
Lá bem longe o meu bem
Am7
Acenando com lenço
A7
Bandeira da saudade
Am6 G7M
Muito além
Am7
Acelera a marcha
Am6 G6
O trem pelo sertão e eu
B7/F#
Só levo saudade
Em7
No meu coração
C7M
Lá na curva o trem apita
Desce a serra
C#º Bm7
E a saudade aumenta
E7/9- Am7
Uma coisa me atormenta
Am6 G6
Vem falar do meu amor

Presente de Natal

João Gilberto
Tom: Bbmaj
Intro: Bbmaj7 A7 G#7 G7 Cm7 F7/+5 Bbmaj7 A+5


Bbmaj7 Bb6 Bbm7 Cm7 Cm6 Bbmaj Bb6
Papai Noel me deu um bom presente de Natal
Gm7 Cm7/G F7/+5 Bb6/9
Voce embrulhadinha num papel monumen- tal
Bbmaj7 Bb6 Bbm7 Cm7 Cm6 Bbmaj7 Bb6
Papai Noel me deu um bom presente de Natal
Gm7 Cm7/G F7/+5 Bb6/9
Voce embrulhadinha num papel monumen- tal
Cm6 Bbm7 Dbm6 Bbmaj7 Bb6
Quem ganha boneca é menina eu sei
Dm7 G7 Cmaj7 Dbdim D7/4 G7 Dbm7 F#7/6 F#7
Mas eu sou menino e tambem ganhei ...
Dm7 G7/6 G7 Cmaj7 Dbdim
Nao foi u- ma bola
Dm7/-5 Em7/-5 A7/-9/+5 A7/+5
nem sequer um cavalinho
Fmaj7 F#dim Em7 A7/+5 A7
Mas foi voce amor que ve- io
Am6 G#dim Dm7/-5 Cmaj7
entao pra ser o meu benzinho
Bmaj7 Cmaj7 F6 Fm6 Cmaj7

Outra vez (J. Gilberto)

João Gilberto - Maysa

Tom: D13

Intro:Cmaj7 G7/-5 Cmaj7 G7/-5 Cmaj7

D13/-9 Dm7 Fdim Em7
Outra vez sem você,
Ebdim Dm7 Gdim Fmaj7
outra vez sem amor
Fm6 Em7 Ebm7
Outra vez vou sofrer,
Dm7 Dbmaj7 Cmaj7 G7/-5 Cmaj7
vou chorar, até você voltar
D13/-9 Dm7 Fdim Em7
Outra vez vou vagar,
Ebdim Dm7 Gdim Fmaj7
por aí pra esquecer
Fm6 Em7 Ebm7 Dm7
Outra vez vou falar mal do mundo,
Dbmaj7 Cmaj7 D13/-9 Ebdim B7/+5 B7 Em7
até você voltar
Dbm7/-5 Cdim Bm7
Todo mundo me pergunta, porque ando triste assim
Bbdim Am7
Ninguém sabe o que é que eu sinto,
Adim Gmaj7
com você longe de mim
G6 Dm7 G7 Cmaj7
Vejo o sol quando ele sai, vejo a chuva quando cai
Bbmaj7 Abmaj7 Bbmaj7
Tudo agora é só tristeza,
Dm7 G#m6 G#dim Cmaj7
traz saudade de você
D13/-9 Dm7 Fdim Em7
Outra vez sem você,
Ebdim Dm7 Gdim Fmaj7
outra vez sem amor
Fm6 Em7 Ebm7 Dm7
Outra vez vou falar mal do mundo,
Dbmaj7 Cmaj7 G7/-5 Cmaj7
até você voltar,
Dbmaj7 Cmaj7
Até você voltar

Eu sambo mesmo

João Gilberto

Eu sambo mesmo - Janet de Almeida
Tom: F


F6/9 F7/5+ G-6
Ha quem sambe muito bem ha que sambe por gostar
F6/9 D/F# F6/9
ha quem sambe por ver os outros sambar
A-7 A-6
ba ba da ba bai ba da da
G7+ G6 A-7 A-6
mas eu nao sambo para copiar ninguem
G7+ G6 A-7 A-6 G13 G7/5+
eu sambo mesmo com vontade de sambar
G-6 F7 A# G7
porque no samba eu sinto o corpo remexer
G-6 F7 A# G7
e è so no samba que eu sinto prazer
G-6 F7 F6/9
è so no samba que eu sinto prazer
G7 G-6 D#7+/G
ah quem nao gosta do samba nao da valor
F13 A7/5+
nao sabe compreender
F7+/A A7/5+ F13
um samba quente harmonioso bulicoso
F7 A#
mexe com a gente da vontade de viver
G7
a minoria diz que nao gosta mas gosta
G-6 F7
e sofre muito quando ve alguem sambar
F-7 F° G-7 A7/5+ G-7
faz força se domina finge nao estar
G7 A# F7 F6/9
tomadinho pelo samba louco pra sambar
G7 A# F7 F6/9
tomadinho pelo samba louco pra sambar

Eclipse

Ernesto Lecuona João Gilberto

Eclipse - Ernesto Lecuona
B7/9+
Eclipse de luna en el cielo
A#º
Ausencia de luz en el mar
B7/9+
Muy solo con mi desconsuelo
C7/13+ C5/7+ C7 F7/9
Mirando la noche me puse a llorar

E7/9+
Pensaba que ya no me amabas
D#7(#9) A#°
Con honda desesperación
D7/9 C#7(b9)
Y en algo que siempre eclipsaba
F#7(13) F#5/7+ F#7 A#°
La luz de tu amor



B7/9+
Eclipse de luna en el cielo
A#°
Ausencia de luz en el mar
B7/9+
Muy solo con mi desconsuelo
C7/13+ C5/7+ C7 F7/9
Mirando la noche me puse a llorar

E7/9+ D#7(#9)
Eclipse de amor en tus labios
A#° D7/9 C#7(b9)
Que ya no me quieren besar
G° F#7(13)
Quisiera olvidar sus agravios
A#° B7/9+
Y luego soñar

Brazil com S

João Gilberto
Tom: A


A G7/5- F#7 Bm7 E7/13 A7+
Quando Cabral descobriu no Brasil o caminho das Índias
Em A7 D6/9
Falou ao Pero Vaz para Caminha escrever para o rei
Dm7/9 Dm7/9 C#m7 F#7
Que terra linda assim não há com tico-ticos no fubá
Bm7 E7 A7+
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.
G7/5- F#7 Bm7 E7 A7+
O caçador de esmeraldas achou uma mina de ouro
Em7 A7 D7/9+
Caramuru deu chabu e casou com a filha do Pajé
Dm7/9
Terra de encanto, amor e sol,
C#m7 F#7
não fala inglês nem espanhol
Bm7 E7 A7+
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.
G7/5- F#7 Bm7 E7 A7+
E pra quem gosta de boa comida aqui é um prato cheio
Em7 A7 D6/9
Até Dom Pedro abusou do tempero e não se segurou
Dm7/9 C#m7 F#7
Oh, natureza generosa, está com tudo e não está prosa
Bm7 E7 A7+
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.
G7/5- F#7 Bm7 E7 A7+
Na minha terra onde tudo na vida se dá um jeitinho
Em7 A7 D6/9
Ainda hoje invasores namoram a tua beleza
Dm7/9 C#m7 F#7
Que confusão veja você, no mapa-múndi está com Z
Bm7 E7 A7+
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.

Bim bom

João Gilberto
Tom: Dm7

Dm7 G7 Dm7 G7
Bim bom bim bim bom bom
Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7
Bim bom bim bim bom bim bom
Dm7 G7 Dm7 G7
Bim bom bim bim bom bom
Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7 E7/4 E7/-9
Bim bom bim bim bom bim bim
Am7 Bm7 E7/-9 Am7 Bm7 E7/-9
É só isso o meu baiao E nao tem mais nada nao
Am7 A7 Dm7 G7
O meu coraçao pediu assim, só
Dm7 G7 Dm7 G7
Bim bom bim bim bom bom
Dm7 G7 Dm7 G7
Bim bom bim bim bom bom
Dm7 G7 Dm7 G7
Bim bom bim bim bom bom
Am7 Bm7 E7/-9 Am7 Bm7 E7/-9
É só isso o meu baiao E nao tem mais nada nao
Am7 A7 Dm7 Fm6 Cmaj7
O meu coraçao pediu assim, Só bim bom bim bom bim bim

O pato

“O Pato” fazia parte do repertório dos Garotos da Lua desde o final dos anos quarenta. Entretanto, jamais foi gravado pelo conjunto e, provavelmente, permaneceria inédito em disco se não tivesse caído nas graças de João Gilberto.

Ex-crooner do grupo, João apaixonara-se por este samba inusitado e fez questão de incluí-lo em seu segundo elepê. Jaime Silva (1921-1973) era um mulato alto, elegante e simpático”, segundo Ruy Castro no livro Chega de saudade. Alagoano de nascimento, mas morando no Rio desde menino, era sapateiro do serviço de intendência do Exército, além de pandeirista e eventual compositor, nas horas vagas. Costumava namorar sua futura esposa, Maria, no Campo de Santana, Zona Centro do Rio de Janeiro, onde observando patos e marrecos se esbaldarem no laguinho local prometia, contemplativo: “ainda vou fazer uma música com esses patinhos...”.

E isso de fato logo aconteceu, quando ele compôs, com a parceira Neuza Teixeira, “Aves no Samba”, título que modificaria para “O Pato”, por sugestão de João Gilberto. Como “Lobo Bobo”, “O Pato” acabou caracterizando o lado galhofeiro da bossa nova, concentrado na letra que descreve a exótica cena de um quarteto vocal, formado pelo pato, o marreco, o ganso e o cisne ensaiando à beira da lagoa o “Tico-Tico no Fubá”.

Além da graciosa interpretação do João, contribuiu para o sucesso da canção o saboroso arranjo timbrístico de Tom Jobim, elaborado com o cantor nos dez dias de janeiro de 1960 passados no sítio em Poço Fundo onde o disco foi concebido.


João Gilberto
Destaca-se nesse arranjo um contraponto da flauta (respondendo às palavras “o Tico-Tico no Fubá”) e do clarone, com intervenções tão marcantes aos “qüem-qüem”, que suas frases terminaram por se incorporar à própria composição. O final em fade-out é um dos momentos mais deliciosos da bossa nova, com possibilidades de variações harmônicas e de improvisos que parecem não ter fim. Não foi assim à toa que Jobim escreveu na contracapa desse álbum: “E tudo foi feito num ambiente de paz e passarinho. P.S. — As crianças adoraram ‘O Pato’.” (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Ed. 34).

O pato (samba bossa, 1960) - Jaime Silva / Neuza Teixeira

Tom: C6
Intro: (C6/9)
C6/9                     D7/9
O pato vinha cantando alegremente, quém, quém
Dm7/9 G6/7
Quando um marreco sorridente pediu
C6/9
Pra entrar também no samba, no samba, no samba
  C6/9                         D7/9
O ganso gostou da dupla e fez também quém, quém
Dm7/9 G6/7
Olhou pro cisne e disse assim "vem, vem"
C6/9 F6/7 C6/9 C7/9
Que o quarteto ficará bem, muito bom, muito bem
             F7+
Na beira da lagoa foram ensaiar
D7/9 G6/7 C6/9 C7/9
Para começar o tico-tico no fubá
F7+ Fm6 C7+/E C7/9
A voz do pato era mesmo um desacato
F7+ Fm6 C7+/E C7/9 F7+
Jogo de cena com o ganso era mato
Fm6 C7+/E D7/9
Mas eu gostei do final quando caíram n'água
G6/7 C6/9
E ensaiando o vocal
(C6/9 D7/9 Dm7/9 G6/7)
quém, quém, quém, quém
quém, quém, quém, quém
quém, quém, quém, quém

Disse alguém (All of me)

João Gilberto

Disse alguém (All of me) - Seymour Simons e Gerald Marks
E7+                           G#7
Disse alguém que há bem no coração
C#7 F#m7
Um salão onde o amor descança
G#7 G#5+/7 G#7 C#m7/9
Ai de mim que estou tão sozinho
F#6/7 F#m7
Vivo assim, sem esperança
B7 E7+ G#7
A implorar alguém que não me quis
C#7 F#m7
E feliz, bem feliz seria
Gº G#m7 C#7/9
Coração meu, convém descansar
F#m7 B7/9 E7+
Soluçar mais devagar
E7+ G#7
Disse alguém que há bem no coração
C#7/9 C#7/9- F#m7 G#6/7
Um salão, um salão dourado onde o amor sempre dança
C#m7/9
Ai de mim que só vivo tão sozinho
F#6/7 F#7 F#m7
Vivo assim, vivo sem ter um terno carinho
E7+ G#7
A implorar alguém que não me quis
C#7 C#7/9- F#m7
E feliz então eu sei, bem sei que não mais seria
A7+ Am6 G#m7
Meu, meu coração sem esperança
C#7/9- F#6/7 F#5+/7
E vive a chorar, soluçar
F#m7 B7/9 E7+
Como quem tem medo de reclamar

Desafinado

Soando como a coisa mais estranha que aparecera até então na música brasileira, a primeira gravação de “Desafinado” (Odeon, 14426-b), lançada em fevereiro de 59, já mostrava tudo o que a bossa nova oferecia de inovador e revolucionário: o canto intimista, a letra sintética, despojada, o emprego de acordes alterados e, sobretudo, um extraordinário jogo rítmico entre o violão, a bateria e a voz do cantor.

Responsável por este jogo rítmico, seu interprete, João Gilberto, assumia assim de imediato um papel destacado no trio — completado pelo compositor Tom Jobim e o poeta Vinícius de Moraes que, criando a bossa nova, alteraria de forma irreversível o curso de nossa música popular. Apenas com Tom e Vinicius teríamos certamente uma música moderna, sofisticada, renovadora, mas que não seria o que se chamou bossa nova.

A melodia de “Desafinado” é bastante “torta” (“era mais ainda na concepção original, O João é que alterou alguma coisa na hora de gravar”, informa Tom Jobim) em razão principalmente de uma engenhosa alteração no quinto e sexto graus da escala na frase inicial (“Se você disser que eu desafino, amor”) que recai sobre as sílabas “de” (de “de-sa-fino”), “a” e “mor” (de “a-mor”).

Ao sustenizar a dominante e bemolizar a super-dominante, foram produzidos intervalos melódicos inusitados para os padrões da música brasileira da época, a ponto de dificultar a interpretação de alguns cantores menos dotados. Localizando essa alteração sobre a palavra “desafino”, os autores criaram a impressão de que o cantor semitonava, ou seja desafinava, o que levou muita gente a achar João Gilberto um cantor desafinado. Ao mesmo tempo, a batida deslocada do violão e o contratempo da percussão confundiram os músicos, provocando estupefação geral.




João Gilberto
Tanta novidade apresentada numa única composição a levaria inevitavelmente ao sucesso, que se estenderia ao exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, o single de “Desafinado”, com Stan Getz e Charlie Byrd, gravado em 1962, ultrapassou a marca de um milhão de cópias e recebeu o prêmio Grammy de melhor performance de jazz. O fonograma foi extraído do álbum Jazz samba, que permaneceu setenta semanas no hit-parade americano e também ultrapassou a marca de um milhão de cópias. Esta gravação é considerada o marco inicial da bossa nova nos Estados Unidos. (A Canção no Tempo - Vol.2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).


Desafinado (samba bossa, 1959) - Newton Mendonça e Tom Jobim

Tom: F7+
 F7+                          G7/5-
Se você disser que eu desafino amor
Gm7 Bb/C Cm7 D7/9-
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Gm7 A7/5+ D7+ D7/9-
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
G7 Bb/C Gb7/13
Eu possuo apenas o que Deus me deu
 F7+                      G7/5-
Se você insiste em classificar
Gm7 Bb/C Cm7 D7/9-
Meu comportamento de anti-musical
Gm7 A7/5+ F6/9 E7/9+
Eu mesmo mentindo devo argumentar
A7+ G#7/5+ Em/G D/E
Que isto é bossa-nova, isto é muito natural
   A7+          Bbº        Bm7/4         E7
O que você não sabe nem sequer pressente
A7+ Am7 Bm7/4 E7
É que os desafinados também têm um coração

C7+ C#º Dm7/4
Fotografei você na minha Roleiflex
G7 Gm7 D7/9- G7 Gb7/13
Revelou-se a sua enorme ingratidão
F7+ G7/5-
Só não poderá falar assim do meu amor
Gm7 Bb/C Cm7 D7/9-
Este é o maior que você pode encontrar
Gm7 Bbm7 Am7 G7
Você com sua música esqueceu o principal
G7
Que no peito dos desafinados
Bbm7 Eb7/9
No fundo do peito bate calado
G7 Gb7/13
Que no peito dos desafinados
F6/9 Bbm6 F6/9
Também bate um coração

Amor certinho

João Gilberto

Amor certinho - Roberto Guimarães
Em7       A7-/9  D7+  D6
Amor a primeira vista
Em7 A7-/9 C#º C#m7
Amor de primeira mão
C#m4/7 C7/5- Bm7 Bm6
É ele que chega cantando, sorrindo
Bm7 Bm6 Em7 A7-/9
Pedindo entrada no coração
Em7 A7-/9 D7+ D6
O nosso amor já tem patente
Em7 A7-/9 F#m B7
Tem marca registrada, é amor que a gente sente
G7+ G#º F#m7 B7
Eu gravo até em disco todo esse meu carinho
Em7 Eº D7+ B7
Todo mundo vai saber o que é amar certinho
G7+ Gm6 F#m7
Esse tal de amor não foi inventado
B7 E7 A7
Foi negócio bem bolado direitinho
F#m7 B7
pra nós dois, foi ou não foi?
G7+ Gm6 F#m7
Esse tal de amor não foi inventado
B7 Em7 A7-/9 D7+
Foi negócio bem bolado direitinho pra nós dois

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Amor em paz

Composto em 1960, numa viagem de trem entre o Rio e São Paulo, “O Amor em Paz” destinava-se ao lançamento de um programa de televisão de Agostinho dos Santos. Mas o público ignorou a versão de Agostinho e, em seguida, a da cantora Marisa Gata Mansa, só tomando conhecimento da canção um ano depois, quando João Gilberto a gravou em seu terceiro elepê.

Realizada em setembro de 61, esta gravação tem um soberbo arranjo de Tom Jobim e a sua irretocável participação ao piano. Pode-se dizer que ela transmite toda a força da composição, uma das mais pungentes da parceria Tom e Vinícius — a velha história do amor perdido, sofrido, lamentado e a expectativa de paz que renasce com a descoberta de um novo amor, arrematando-se o poema com a romântica reflexão: “O amor é a coisa mais triste quando se desfaz.”

A mesma nota tônica inicial (“Eu”, no verso “Eu amei”) é harmonizada com um acorde menor no primeiro compasso e um maior no segundo, prosseguindo esse jogo ao longo dos 16 compassos de Ai e A2, mais os oito de B e da coda, esta com um final bachiano passando do acorde de tônica menor para o de tônica maior. Essas alternâncias harmônicas acompanham, em perfeita integração com a letra, as situações de tristeza pelo amor perdido e de alegria pelo reencontrado.

É uma brilhante criação no mais sedutor aspecto que caracteriza a música de Antônio Carlos Jobim, a composição harmônica. Bem gravado no Brasil, “O Amor em Paz” recebeu no exterior, com o título de “Once I Loved”, várias gravações de cantores (Perry rio, Sinatra, Ella Fitzgerald) e jazzistas importantes (Milt Jackson, McCoy Tyner, Wes Montgomery).

Amor em paz (samba bossa, 1961) - Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Introdução: F#7M F#7/#5 

Bm7/9 E7 A7M A#°
Eu amei
Bm7/9 C°
E amei ai de mim, muito mais
C#m7/9 Bm7/9 E7
Do que devia amar

Am7/9 D7 G7M G6
E chorei
G#m7(b5) G#7(b9)
Ao sentir que eu iria sofrer
F#7M F#7/#5
E me desesperar

Bm7/9 E7 A7M A#°
Foi então
Bm7 C°
Que da minha infinita tristeza
C#m7/9 Bm7/9 E7
Aconteceu você
Am7/9 D7 G7M G6
encon......trei
G#m7(b5) C#7/b9
Em você a razão de viver
F7M
E de amar em paz
F#m6 E7M/9 Em6
E não sofrer mais
D7M/9
Nunca mais

D#m7/b5 G#°
Porque o amor é a coisa mais triste
F#m7/4 F#7/#5
Quando se desfaz
Bm7/9 G#°
O amor é a coisa mais triste
F#m7/4
Quando se desfaz.