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terça-feira, 4 de novembro de 2008

E daí?

E daí? (bossa nova, 1959) - Miguel Gustavo
Isaura Garcia

Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
Ou perguntasse a alguém por ti

Proíbam muito mais
Preguem avisos
Fechem portas
Ponham guizos
Nosso amor perguntará:
E daí, e daí?

Daí, por mais cruel desilusão
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração

Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
Ou perguntasse a alguém por ti

Proíbam muito mais
Preguem avisos
Fechem portas
Ponham guizos
Nosso amor perguntará:
E daí, e daí?

Daí, por mais cruel desilusão
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração

Que é teu, todinho teu
Somente teu, todinho teu
Somente teu

E daí?

E daí? (bossa nova, 1959) - Miguel Gustavo
Isaura Garcia

Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
Ou perguntasse a alguém por ti

Proíbam muito mais
Preguem avisos
Fechem portas
Ponham guizos
Nosso amor perguntará:
E daí, e daí?

Daí, por mais cruel desilusão
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração

Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
Ou perguntasse a alguém por ti

Proíbam muito mais
Preguem avisos
Fechem portas
Ponham guizos
Nosso amor perguntará:
E daí, e daí?

Daí, por mais cruel desilusão
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração

Que é teu, todinho teu
Somente teu, todinho teu
Somente teu

Fanzoca de rádio

Fanzoca de Rádio (marcha/carnaval, 1958) - Miguel Gustavo
Carequinha

Ela é fan da Emilinha
Não sai do César de Alencar
Grita o nome do Cauby
E depois de desmaiar
Pega a Revista do Rádio
E começa a se abanar.
(bis)

É uma faixa aqui, outra faixa ali
O dia inteirinho ela não quer nada
Enquanto isso na minha casa
Ninguém arranja uma empregada!

Fanzoca de rádio

Fanzoca de Rádio (marcha/carnaval, 1958) - Miguel Gustavo
Carequinha

Ela é fan da Emilinha
Não sai do César de Alencar
Grita o nome do Cauby
E depois de desmaiar
Pega a Revista do Rádio
E começa a se abanar.
(bis)

É uma faixa aqui, outra faixa ali
O dia inteirinho ela não quer nada
Enquanto isso na minha casa
Ninguém arranja uma empregada!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O seqüestro de Ringo

O ciclo mais notório de continuações na música brasileira foi o dos sambas de breque de Miguel Gustavo para Moreira da Silva, em que o cantor era apresentado inicialmente como um herói de faroeste (passando depois para agente secreto e até cangaceiro!), Kid Morengueira, em gravações que pareciam capítulos de radionovela, com atores, narrador e sonoplastia. São seis os sambas: O rei do gatilho (1962), O último dos moicanos (1963), Os Intocáveis (1968), Morengueira contra 007 (1968), O Seqüestro de Ringo (1970) e Rei do Cangaço (1973).

O seqüestro de Ringo (samba, 1970) - Miguel Gustavo

Filme estrelado por: Moreira da Silva

Correu pela Itália o grito de guerra
O Ringo está preso, quem foi que prendeu
O Ringo famoso sofrendo torturas
Nas celas escuras, quase morreu

Mandaram uma carta pedindo resgate
Sua noiva tão linda tem que ser entregue
Exigem em troca montanhas de liras, procuram os tiras
E o filme prossegue

Ringo é aquele pão de ló
Que já esteve no Brasil
Dólar de prata que exibiu-se
Na buzina do Chacrinha
Criatura sem frescura
Meia porção de simpatia
Apaixonado pela Beth Faria.

Tá na Cecília aquela ilha
Onde a máfia predomina
Mão assassina, traição
Tem um canhão na sua boca
Comida pouca, sem bebida
A trinta dias maltratado
Pelos bandidos da Calábria
Mas não dá o recado.

Moreira da Silva embarcou pela Varig
Depois do apelo que o papa lhe fez
Prá ver se salvava o Ringo da morte
Cuidado Moreira!
Chegou tua vez.

Levou na garupa montanhas de liras
Falou com os bandidos na língua de gang
Salvou Juliano e já ia saindo
Com a cara feliz de quem está triunfante.

Mas os bandidos começaram a contar a dinheirama
E foram vendo que os pacotes estavam cheios de jornal
Foram no papo do Moreira e começou o tiroteio
Com estampido e ruído espacial
Tiro prá cá, tiro prá lá
Ringo só tinha uma bala
Mas não se cala é quando a bomba ia cruzando pelo ar
Atira certo, a bomba cai
Morremos todos na explosão
Esta é a razão porque eu não posso mais cantar.

Tá morto o Ringo
Grande herói
Com toda a Itália a soluçar.

Mas já no próximo domingo
Aguardem a volta de Ringo.

O seqüestro de Ringo

O ciclo mais notório de continuações na música brasileira foi o dos sambas de breque de Miguel Gustavo para Moreira da Silva, em que o cantor era apresentado inicialmente como um herói de faroeste (passando depois para agente secreto e até cangaceiro!), Kid Morengueira, em gravações que pareciam capítulos de radionovela, com atores, narrador e sonoplastia. São seis os sambas: O rei do gatilho (1962), O último dos moicanos (1963), Os Intocáveis (1968), Morengueira contra 007 (1968), O Seqüestro de Ringo (1970) e Rei do Cangaço (1973).

O seqüestro de Ringo (samba, 1970) - Miguel Gustavo

Filme estrelado por: Moreira da Silva

Correu pela Itália o grito de guerra
O Ringo está preso, quem foi que prendeu
O Ringo famoso sofrendo torturas
Nas celas escuras, quase morreu

Mandaram uma carta pedindo resgate
Sua noiva tão linda tem que ser entregue
Exigem em troca montanhas de liras, procuram os tiras
E o filme prossegue

Ringo é aquele pão de ló
Que já esteve no Brasil
Dólar de prata que exibiu-se
Na buzina do Chacrinha
Criatura sem frescura
Meia porção de simpatia
Apaixonado pela Beth Faria.

Tá na Cecília aquela ilha
Onde a máfia predomina
Mão assassina, traição
Tem um canhão na sua boca
Comida pouca, sem bebida
A trinta dias maltratado
Pelos bandidos da Calábria
Mas não dá o recado.

Moreira da Silva embarcou pela Varig
Depois do apelo que o papa lhe fez
Prá ver se salvava o Ringo da morte
Cuidado Moreira!
Chegou tua vez.

Levou na garupa montanhas de liras
Falou com os bandidos na língua de gang
Salvou Juliano e já ia saindo
Com a cara feliz de quem está triunfante.

Mas os bandidos começaram a contar a dinheirama
E foram vendo que os pacotes estavam cheios de jornal
Foram no papo do Moreira e começou o tiroteio
Com estampido e ruído espacial
Tiro prá cá, tiro prá lá
Ringo só tinha uma bala
Mas não se cala é quando a bomba ia cruzando pelo ar
Atira certo, a bomba cai
Morremos todos na explosão
Esta é a razão porque eu não posso mais cantar.

Tá morto o Ringo
Grande herói
Com toda a Itália a soluçar.

Mas já no próximo domingo
Aguardem a volta de Ringo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O último dos moicanos

Moreira da Silva

O último dos moicanos (samba, 1963) - Miguel Gustavo

Tinha jurado à minha mãe por toda vida
Não me meter em mais nenhuma trapalhada
Depois daquela do bandido em que o índio me salvara
Eu decidi levar a vida sossegada

Comprei um sítio e já ia criar galinhas
Quando a notícia no jornal me encheu de ódio
Um bandoleiro aprisionara aquele índio
Que me salvara no primeiro episódio
"Cuidado Moreiraaaaaaaa"

E tal viúva do bandido que eu matara
Com quem case perante o padre no local
Roubou meu sítio e fugiu para Nevada
Apaixonada por um velho marginal

E minha noiva por quem tanto eu lutara
Estava dançando em um saloon fora da linha
Como é que pode um pistoleiro aposentado
Comprar um sítio e querer criar galinhas

"pó, pó pó po´, pó ó "

Montei de novo num cavalo mais ligeiro
Em Hollywood Harry Stone me esperava
E Moacyr chamava os extras para a cena
Enquanto a câmera já me focalizava

A luta agora era com os indios Moicanos
Que pelos canos nos empurram devagar
Me disfarcei, pintei a cara e apanhei a machadinha
E com a princesa comecei a namorar

"Indio cara-pálida chamar Morengueira"
"Morengueira que não é mané vai dar no pé"

Voltei à vila e arrasei os inimigos
Salvei o índio, minha dívida paguei
Dei uma surra na viúva e minha noiva
Naquele mesmo cabaré a desposei

E assim termina mais um filme americano
Com Hollywood já meio desminliguida
Eu vou passar para o cinema italiano
Pra descansar eu vou filmar La Dolce Vita

Não filme agora que a censura está sendo proibida
Perto de mim o Mastroianni não dá nem pra partida
Sofia Loren vem chegando mas já estou de saída
Arrivederti Roma ....

O último dos moicanos

Moreira da Silva

O último dos moicanos (samba, 1963) - Miguel Gustavo

Tinha jurado à minha mãe por toda vida
Não me meter em mais nenhuma trapalhada
Depois daquela do bandido em que o índio me salvara
Eu decidi levar a vida sossegada

Comprei um sítio e já ia criar galinhas
Quando a notícia no jornal me encheu de ódio
Um bandoleiro aprisionara aquele índio
Que me salvara no primeiro episódio
"Cuidado Moreiraaaaaaaa"

E tal viúva do bandido que eu matara
Com quem case perante o padre no local
Roubou meu sítio e fugiu para Nevada
Apaixonada por um velho marginal

E minha noiva por quem tanto eu lutara
Estava dançando em um saloon fora da linha
Como é que pode um pistoleiro aposentado
Comprar um sítio e querer criar galinhas

"pó, pó pó po´, pó ó "

Montei de novo num cavalo mais ligeiro
Em Hollywood Harry Stone me esperava
E Moacyr chamava os extras para a cena
Enquanto a câmera já me focalizava

A luta agora era com os indios Moicanos
Que pelos canos nos empurram devagar
Me disfarcei, pintei a cara e apanhei a machadinha
E com a princesa comecei a namorar

"Indio cara-pálida chamar Morengueira"
"Morengueira que não é mané vai dar no pé"

Voltei à vila e arrasei os inimigos
Salvei o índio, minha dívida paguei
Dei uma surra na viúva e minha noiva
Naquele mesmo cabaré a desposei

E assim termina mais um filme americano
Com Hollywood já meio desminliguida
Eu vou passar para o cinema italiano
Pra descansar eu vou filmar La Dolce Vita

Não filme agora que a censura está sendo proibida
Perto de mim o Mastroianni não dá nem pra partida
Sofia Loren vem chegando mas já estou de saída
Arrivederti Roma ....

Morengueira contra 007

O ciclo mais notório de continuações na música brasileira foi o dos sambas de breque de Miguel Gustavo para Moreira da Silva, em que o cantor era apresentado inicialmente como um herói de faroeste (passando depois para agente secreto e até cangaceiro!), Kid Morengueira, em gravações que pareciam capítulos de radionovela, com atores, narrador e sonoplastia.

São seis os sambas: O rei do gatilho (1962), O último dos moicanos (1963), Os Intocáveis (1968), Morengueira contra 007 (1968), O seqüestro de Ringo (1970) e Rei do Cangaço (1973).

Em Morengueira contra 007, além de Moreira da Silva e o agente britânico, estrelam Pelé e Cláudia Cardinale. James Bond dá um flagrante em Pelé, que beijava a estrela italiana. Moreira dá um soco em Bond e livra a cara do rei. Mais tarde, ela confessa ser apaixonada pelo sambista e diz que só esteve no Brasil para seqüestrar Pelé e evitar que ele jogasse contra a seleção inglesa.

Morengueira contra 007 (samba, 1968) - Miguel Gustavo

(Só a parte inicial do "filme")

Começa o filme com o 007 /
Saltando em Santos com a Cláudia Cardinale /
Com seu decote italiano ela é tão bela /
Que ninguém vê o James Bond junto dela /
Os dois se hospedam na concentração do Santos /
E entre tantos ninguém sabe por que é /
Que ela desfila de biquini na piscina /
E na maior intimidade com o Pelé /

A bonitinha não percebe a tabelinha /
que ele faz. Pelé controla a Cardinale /
e dá-lhe um beijo e avança mais... /
Goool do Brasil! /

(Temperamento latino é fogo...)

O James Bond nesse instante dá o flagrante /
Diz que Pelé tem pagar pelo que fez /
Então em luta corporal e o 07 /
Vai abater o jogador com um soco inglês /
Porém Moreira que assistia toda a cena /
Entra sem pena vai no 7 manda o pé....

Morengueira contra 007

O ciclo mais notório de continuações na música brasileira foi o dos sambas de breque de Miguel Gustavo para Moreira da Silva, em que o cantor era apresentado inicialmente como um herói de faroeste (passando depois para agente secreto e até cangaceiro!), Kid Morengueira, em gravações que pareciam capítulos de radionovela, com atores, narrador e sonoplastia.

São seis os sambas: O rei do gatilho (1962), O último dos moicanos (1963), Os Intocáveis (1968), Morengueira contra 007 (1968), O seqüestro de Ringo (1970) e Rei do Cangaço (1973).

Em Morengueira contra 007, além de Moreira da Silva e o agente britânico, estrelam Pelé e Cláudia Cardinale. James Bond dá um flagrante em Pelé, que beijava a estrela italiana. Moreira dá um soco em Bond e livra a cara do rei. Mais tarde, ela confessa ser apaixonada pelo sambista e diz que só esteve no Brasil para seqüestrar Pelé e evitar que ele jogasse contra a seleção inglesa.

Morengueira contra 007 (samba, 1968) - Miguel Gustavo

(Só a parte inicial do "filme")

Começa o filme com o 007 /
Saltando em Santos com a Cláudia Cardinale /
Com seu decote italiano ela é tão bela /
Que ninguém vê o James Bond junto dela /
Os dois se hospedam na concentração do Santos /
E entre tantos ninguém sabe por que é /
Que ela desfila de biquini na piscina /
E na maior intimidade com o Pelé /

A bonitinha não percebe a tabelinha /
que ele faz. Pelé controla a Cardinale /
e dá-lhe um beijo e avança mais... /
Goool do Brasil! /

(Temperamento latino é fogo...)

O James Bond nesse instante dá o flagrante /
Diz que Pelé tem pagar pelo que fez /
Então em luta corporal e o 07 /
Vai abater o jogador com um soco inglês /
Porém Moreira que assistia toda a cena /
Entra sem pena vai no 7 manda o pé....

sábado, 5 de agosto de 2006

Pra frente Brasil


Muita música já foi feita em homenagem à Seleção brasileira de futebol, algumas até de bastante sucesso como a “Marcha do Scratch Brasileiro”, de Lamartine Babo, que praticamente inaugurou em 1950 os alto-falantes do Maracanã, e “A Taça do Mundo É Nossa”, de Maugeri, Dagô e Lauro, marcha comemorativa das copas de 58 e (devidamente atualizada) de 62.

Nenhuma, entretanto, tem a força, a beleza e a popularidade de “Pra Frente Brasil”, do compositor Miguel Gustavo. Quem assistiu a epopéia do tri é imediatamente transportado àqueles dias de euforia ao ouvi-la, de preferência na gravação original do Coral do Joab: “Todos juntos, vamos / pra frente Brasil, Brasil / salve a seleção...”

O mais curioso é que esta composição era a princípio um simples jingle, encomendado por uma cervejaria patrocinadora de transmissões esportivas. Mas a vibração que “Pra Frente Brasil” despertou nos noventa milhões de brasileiros, citados em seus versos, transcendeu sua função promocional, transformando-a no hino da seleção (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Pra frente Brasil (hino, 1970) - Miguel Gustavo

Introd.: Em Bm A7 Bm Em F#7
Bm
Noventa milhões em ação,
Pra frente Brasil... do meu coração
Em
Todos juntos vamos
Pra frente Brasil,
Bm G7
Salve a Seleção!
     F#7                 Bm
De repente é aquela corrente pra frente,
Em Bm
Parece que todo o Brasil deu a mão...
F#7 Bm
Todos ligados na mesma emoção...
Em Bm
Tudo é um só coração!
                                  F#7
Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil!
Bm
Salve a Seleção !!!
F#7
Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil!
{Intr.}

Salve a Seleção!!!

O rei do gatilho

O rei do gatilho - Moreira da Silva e Miguel Gustavo
"O rei do gatilho, o mais temido pistoleiro de Wichita.
Temido pelos bandidos pois só atirava em nome da lei.
O rei do gatilho".

Dm Gm
Começa o filme com um garoto me entregando
A7 Dm
Um telegrama do Arizona onde um bandido de lascar,
Gm
Um bandoleiro transviado, que era o bamba lá da zona
A7 Dm A7
E não deixava nem defunto descansar.
Dm Gm
Pedia urgente que eu seguisse em seu socorro,
A7 Dm
A diligência do Oeste nesse dia ia levar
Gm
Vinte mil dólares do Rancho Águia de Prata
A7 Dm A7
Onde a mocinha costumava me encontrar.

"Venha urgente pois estou morta de medo. Só tu poderá
salvar-nos. Beijos da tua Mary".

C7 F
Botei na cinta os dois revólveres que atiram
A7 Dm
Sem que eu precise, nem ao menos, me coçar. "Fiiiuu!"
Gm Dm
Assoviei para um cavalo que passava do outro lado
A7 Dm
E com o bandido mascarado fui lutar.
C7 F
Cheguei na Vila e nem dei bola pro xerife,
A7 Dm
Entrei direto no saloon, fui me encostando no balcão.
Gm Dm
Com o chapéu em cima dos olhos nem dei conta
A7 Dm
De que o bandido me esperava à traição.

"Cuidado, Moreira!"

Dm Gm
Era o índio, meu parceiro, que sabia
A7 Dm
Das intenções do bandoleiro contra mim
Gm
E advertia seu amigo do perigo que corria
A7 Dm A7
Devo-lhe a vida mas isto não fica assim.
Dm Gm
À essa altura o cabaré em polvorosa
A7 Dm
Já tinha um cheiro de cadáver se espalhando.
Gm
Houve um suspense de matar o Hitchcock
A7 Dm
E eu em close-up pro bandido fui chegando.
C7 F
Parou o show e as bailarinas desmaiaram,
A7 Dm
Fugiram todos, só ficando ele e eu.
Gm Dm
Eu atirei, ele atirou e nós trocamos tanto tiro
A7 Dm
Que até hoje ninguém sabe quem morreu...

"Eu garanto que foi ele, ele garante que fui eu!"

C7 F
Só sei dizer que a mulher dele hoje é viúva
A7 Dm
Que eu nunca fui de dar refresco ao inimigo
Gm Dm
E como filme bang-bang, bang-bang vale tudo,
A7 Dm
O casamento da viúva foi comigo.

"Tem o final mas o final é meio impróprio e eu não digo,
volte na próxima semana se quiser ser meu amigo. Eu de
cow-boy fico gaiato mas não fujo do perigo".

Final: Gm Dm A7 Dm (A7 Dm).

É sempre o papai

É sempre o papai - Miguel Gustavo

Papai, papai, papai
Quem é que atura
A cara feia da titia
Que vem cá pra casa
Pra ficar um dia
E a semana passa
E a tia não vai
É o papai
É sempre o papai

Quem é que ganha
Palmadinha de carinho
E agrado do filhinho
Que já tem um carro
Mas não tem cigarro
E anda sem nenhum
E sempre quer algum
Quando de noite sai
É o papai

Que é que luta
Trabalhando como um louco
E o dinheiro é sempre pouco
Porque sempre tem modista
Tem jantares na cidade
Tem festa de caridade
Onde a mamãe vai, ai, ai...
É o papai

Quem é que agora
Tem um dia todo seu
Todo seu completamente
Pra ganhar presente
E o papai tá tão contente
E o dinheiro do presente
Dá onde é sai...
É do papai

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Café Soçaite



Jorge Veiga
Este samba é uma bem-humorada sátira ao café soçaite e ao colunismo social carioca dos anos cinqüenta. Em seus versos, Miguel Gustavo registra personagens ("Teresas", "Dolores", "Didu"), lugares ("Riverside", "Cabo Frio") e expressões ( "enchenté", "champanhota", "estou acontecendo") freqüentes nas colunas dos jornalistas Ibrahim Sued e Jacinto de Thormes, também citados.

Tudo isso é cantado por um falso grã-fino que, perguntado como consegue se manter nas altas rodas, responde: "Depois eu conto...". "Café Soçaite" teve como melhor intérprete o seu lançador Jorge Veiga, "O Caricaturista do Samba".

Café Soçaite (samba, 1955) - Miguel Gustavo
G             E7               A7                
Doutor em anedota e em champanhota,
D7 G
estou acontecendo no café soçaite.

Só digo "a chanté",
F# Bm
muito merci all right,
A D7
troquei a luz do dia pela luz da light.
E7
Agora estou somente
Am
com outra dama de preto,
D7 G
nos dez mais elegantes eu estou também.
F# Bm
Adoro River Side, só pesco em Cabo Frio,
A D7
decididamente eu sou gente bem.
Am D7 G
Enquanto a plebe rude na cidade dorme
B7
eu janto com Jacintho
Em
que é também de Thormes.
C C# G
Teresa e Dolores falam bem de mim,
Em F# B7
já fui até citado na coluna do Ibrahin.
Am D7 G
E quando me perguntam como é que pode,
B7 Em
papai de black tie dançando com Didu,
C
eu peço mais uísque,
C# G
embora esteja pronto.
Em Am B7 Em
Como é que pode, depois eu conto.

domingo, 9 de abril de 2006

Miguel Gustavo

Miguel Gustavo (Miguel Gustavo Werneck de Souza Martins), compositor, jornalista, poeta e radialista nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 24 de março de 1922 e faleceu em 22 de janeiro de 1972 aos 50 anos de idade. Era um cronista musical. Retratava em suas músicas o que de mais importante estava acontecendo nos meios sociais da época.

Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em 1941. Mais tarde passou a escrever programas de rádio. Em 1950 começou a compor jingles tendo se notabilizado nesta atividade com vários jingles de grande repercussão podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com aproveitamento da melodia de Jesus, alegria dos homens de Johann Sebastian Bach.

Sua primeira música gravada foi Primeiro amor, interpretada por Luiz de Carvalho, Os Tocantins e Dilu Mello em gravação Continental lançada em julho/agosto de 1946. Em 23 de setembro de 1947, Ataulfo Alves gravou na Victor o samba O que é que eu vou dizer em casa, de sua autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical.

Em 1952 voltou a fazer sucesso com A valsa da vovozinha composta em parceria com Juanita Castilho e Edmundo de Souza e gravada por Carlos Galhardo. Ainda neste ano compôs com Celestino Silveira, seu companheiro de Rádio Globo, as canções relacionadas com Portugal: Trigueirinha e Pregões de Portugal, escritas após uma viagem de Celestino Silveira àquele país amigo.

Em 1953 voltou a fazer sucesso com É sempre o papai, um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na Sinter. Em 1955 teve início o ciclo de crítica ao Café Soçaite onde ele procurava ridicularizar os personagens que freqüentavam as colunas sociais de Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued. Depois veio o ciclo da Brigitte Bardot onde ele declarava em música a sua admiração pela linda artista francesa. No carnaval criticou as fanzocas de rádio, o presidente J.K. e satirizou a Dona Gegé, o Chacrinha e outros programas de rádio ou televisão.

Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque com Moreira da Silva: O conto do pintor, O rei do gatilho, O último dos Moicanos, O sequestro de Ringo, O rei do cangaço e Morengueira contra 007. Para a Copa de futebol de 1970, no México, ele criou o extraordinário Pra frente Brasil ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos.

O sucesso foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira. Mas ele tem letras magníficas em marchas e sambas maravilhosos cantados por Elizeth Cardoso (Partido baixo do partido alto e Achados e perdidos); Dircinha Batista (Carnaval prá valer); Jorge Veiga (Independência ou morte); Carminha Mascarenhas (Per omnia saecula saeculorum); Isaura Garcia (O samba do crioulo); Araci de Almeida (Conselho inútil, E dai ?...) e muitos outros.

Miguel Gustavo

Miguel Gustavo (Miguel Gustavo Werneck de Souza Martins), compositor, jornalista, poeta e radialista nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 24 de março de 1922 e faleceu em 22 de janeiro de 1972 aos 50 anos de idade. Era um cronista musical. Retratava em suas músicas o que de mais importante estava acontecendo nos meios sociais da época.

Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em 1941. Mais tarde passou a escrever programas de rádio. Em 1950 começou a compor jingles tendo se notabilizado nesta atividade com vários jingles de grande repercussão podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com aproveitamento da melodia de Jesus, alegria dos homens de Johann Sebastian Bach.

Sua primeira música gravada foi Primeiro amor, interpretada por Luiz de Carvalho, Os Tocantins e Dilu Mello em gravação Continental lançada em julho/agosto de 1946. Em 23 de setembro de 1947, Ataulfo Alves gravou na Victor o samba O que é que eu vou dizer em casa, de sua autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical.

Em 1952 voltou a fazer sucesso com A valsa da vovozinha composta em parceria com Juanita Castilho e Edmundo de Souza e gravada por Carlos Galhardo. Ainda neste ano compôs com Celestino Silveira, seu companheiro de Rádio Globo, as canções relacionadas com Portugal: Trigueirinha e Pregões de Portugal, escritas após uma viagem de Celestino Silveira àquele país amigo.

Em 1953 voltou a fazer sucesso com É sempre o papai, um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na Sinter. Em 1955 teve início o ciclo de crítica ao Café Soçaite onde ele procurava ridicularizar os personagens que freqüentavam as colunas sociais de Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued. Depois veio o ciclo da Brigitte Bardot onde ele declarava em música a sua admiração pela linda artista francesa. No carnaval criticou as fanzocas de rádio, o presidente J.K. e satirizou a Dona Gegé, o Chacrinha e outros programas de rádio ou televisão.

Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque com Moreira da Silva: O conto do pintor, O rei do gatilho, O último dos Moicanos, O sequestro de Ringo, O rei do cangaço e Morengueira contra 007. Para a Copa de futebol de 1970, no México, ele criou o extraordinário Pra frente Brasil ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos.

O sucesso foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira. Mas ele tem letras magníficas em marchas e sambas maravilhosos cantados por Elizeth Cardoso (Partido baixo do partido alto e Achados e perdidos); Dircinha Batista (Carnaval prá valer); Jorge Veiga (Independência ou morte); Carminha Mascarenhas (Per omnia saecula saeculorum); Isaura Garcia (O samba do crioulo); Araci de Almeida (Conselho inútil, E dai ?...) e muitos outros.