Valzinho (Norival Carlos Teixeira), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 26/12/1914 e faleceu em 1980. O pai era ferroviário e violonista, e a mãe, pianista. É irmão do cantor, compositor e violonista Newton Teixeira. Fez o primário na escola primária Nilo Peçanha, além de haver estudado desenho, escultura e gravura com Calmon Barreto. Seu primeiro emprego foi na Casa da Moeda, como gravador artístico.
Começou a carreira em 1933 na Rádio Guanabara, tocando cavaquinho no conjunto do violonista Pereira Filho, do qual participavam Luís Bittencourt (violão), Darci (pandeiro) e Dante Santoro (flauta). Já como violonista, em 1934 passou a atuar em um conjunto de Pixinguinha, ao lado de Valdemar (violão), João da Baiana (pandeiro e voz) e Joca (pandeiro).
A partir de 1936, com o regional do bandolinista Luperce Miranda, atuou durante alguns anos na Rádio Mayrink Veiga. Em 1938 fez a primeira música, Tudo foi surpresa (com Peterpan), que seria gravada em 1940, na Victor, por Araci de Almeida.
Em 1939 passou a integrar o regional de Dante Santoro, com o qual ficou durante 30 anos atuando na Rádio Nacional. A formação original do conjunto era Dante Santoro (flautista), Carlos Lentini (violão), Valdemar (cavaquinho), Joca (pandeiro), Norival Guimarães (violão) e Rubens Bergman (violão). Durante pouco tempo, participou também do conjunto Bossa Clube, dirigido por Garoto onde já usava técnica que antecipava de certa maneira a bossa nova. Em 1940 e 1950 foi premiado em gravura e escultura pelo Salão Nacional de Belas Artes.
Entre suas composições de maior sucesso estão Não sei por quê (com Luperce Miranda), de 1944, gravada por Gilberto Alves; Doce veneno (com Carlos Lentine e Espiridião Machado Goulart), de 1945, gravado por Marion e o conjunto de Djalma Ferreira — e que, mais tarde, seria relançado por Jamelão, Gaúcho e Orquestra, Britinho e Orquestra, Paulinho da Viola e Elisete Cardoso; Tormento, de 1946, gravada por Orlando Silva; Súplica (com Pernambuco), de 1947; Óculos escuros (com Orestes Barbosa), de 1955, gravado por Zezé Gonzaga e relançado, em 1971, por Paulinho da Viola.
Obras
Doce veneno (c/Carlos Lentine e Espiridião Machado Goulart), samba, 1945; Óculos escuros (c/Orestes Barbosa), samba, 1955; Tudo foi surpresa (c/Peterpan), samba, 1940.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.
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