D A7 D
Eu sou pobre, pobre, pobre, / De marré, marré, marré.
A7 D
Eu sou pobre, pobre, pobre, / De marré deci.
A7 D
Eu sou rica, rica, rica, / De marré, marré, marré.
A7 D
Eu sou rica, rica, rica, / De marré deci.
Eu queria uma de vossas filhas, / De marré, marré, marré.
Eu queria uma de vossas filhas, / De marré deci.
Escolhei a qual quiser, / De marré, marré, marré.
Escolhei a qual quiser, / De marré deci.
Eu queria (nome da pessoa), / De marré, marré, marré,
Eu queria (nome da pessoa), / De marré deci.
Que ofício dais a ela ? / De marré, marré, marré.
Que ofício dais a ela ? / De marré deci.
Dou o ofício de (nome do ofício) / De marré, marré, marré.
Dou o ofício de (nome do ofício), / De marré deci.
Este ofício me agrada (ou não) / De marré, marré, marré.
Este ofício me agrada (ou não) / De marré deci.
Lá se foi a (nome da pessoa), / De marré, marré, marré.
Lá se foi a (nome da pessoa), / De marré deci.
Pra terminar :
Eu de pobre fiquei rica / De marré, marré, marré.
Eu de rica fiquei pobre, / De marré deci.
A história de Marré
A maioria dessas canções e cantigas é um arranjo ou uma adaptação de canções francesas (a maioria), portuguesas e européias de modo geral, trazidas a nosso uso desde priscas eras, com maior afluxo no século XIX. As traduções são às vezes curiosíssimas, e um bom exemplo disso é a canção “Je suis pauvre pauvre pauvre du Marais Marais Marais, je suis riche riche riche d’la Mairie D’Issy”, que virou “Eu sou pobre pobre pobre demarré marré marré, eu sou rica rica rica de marré dessí”… ( Marais e Mairie d’Issy são dois bairros de Paris).
Muitas vezes as letras em português nem fazem sentido, pois se destinam mais a uma onomatopéia do que a ser uma tradução literal.
Fazem sim parte de nossa cultura, mas são quase todas de origem européia, popularizadas de cima para baixo, ou seja, primeiro as famílias dos nobres e de gente rica as importavam, as escravas e as crianças, não sabendo cantar em francês ou não entendendo a letra em português às vezes literário, estropiavam tudo, e o resultado é que muitas cantigas de roda etc. são de assunto ininteligível ou de sentido duvidoso, como a de “pega na criança e joga na bacia”, como a de ” Terezinha de Jesus de uma queda foi ao chão”, como a de “Pai Francisco entrou na roda” … (fonte: Rafael Galvão - Arquivo - A história de Marré)
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