terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ai amor

Ai amor (marcha/carnaval, 1921) - Freire Júnior

Almofadinha
Gente pronta sem vintém
Anda chique bem na linha
Não diz donde o cobre vem
Bahiano

É arrojado
Só tem lábias
E cantigas
Sem vergonha, malcriado
Não respeita as raparigas

Ai amor
Ai ó flor
Não me faças sofrer assim
Este mal que não tem mais fim

Melindrosinha
Moça chique e vaporosa
Elegante e bonitinha
Perfumada como a rosa

Namoradeira
Com vontade de casar
Os botões de laranjeira
Nos dão muito que pensar

Moço bonito
É rapaz descolocado
Que por processo esquisito
Anda chique e perfumado

Este tratante
Dó, ré, mi sabe tocar
Intitula-se estudante
Para as moças embrulhar

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