5° Festival da MPB - TV Record (novembro, 1969): 1º - Sinal fechado, de Paulinho da Viola, com Paulinho da Viola. 2º - Clarisse, de Eneida e João Magalhães, com Agnaldo Rayol. 3º - Comunicação, de Hélio Matheus e Edson Alencar, com Vanusa. 4º - Gostei de Ver, de Eduardo Gudin e Marco Antônio da Silva Ramos, com Márcia e Os Originais do Samba. 5º - Monjolo, de Dina Galvão Bueno e Eric Nepomuceno, com Maria Odete.
"...A Record, coitadinha, já sem poder de fogo, para estar de acordo com os padrões e não ser afastada de algumas verbas oficiais, resolveu fazer o festival seguinte proibindo a utilização de guitarras elétricas.
Como eu não tinha mais espaço, pois as marcas tropicalistas deixadas pelo festival de 68 haviam me incompatibilizado com a postura política que o Paulinho de Carvalho foi obrigado a adotar, senti que minha temporada na Record estava chegando ao fim. Além do mais, todos os compositores e cantores com quem eventualmente poderia contar para algum evento musical de importância estavam no exílio ou sem condições de atuar. Eu não via sentido em trabalhar com a música brasileira naquele momento.
A direção do festival de 1969 passou para o meu ex-assistente, Marcos Antônio Rizzo, assistido pelo meu também ex-assistente “Fifuca”, apelido de Flávio Porto, irmão do genial Sérgio do mesmo Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta, que tanto material teria hoje para o seu FEBEAPÁ, “Festival de Besteira que continua a Assolar o País”.
Apesar de significativamente a música vencedora ter o título de Sinal fechado, de Paulinho da Viola , tenho de reconhecer que o Festival da Record de 1969 foi o festival do Rizzo. Com sua sempre inexplicável incoerência, Paulinho de Carvalho ainda conseguiu realizar a segunda Bienal do Samba, três anos depois da primeira..."
Fonte: Prepare seu Coração (A História dos Grandes Festivais) – Solano Ribeiro – Geração Editorial, 2002
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