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Violeta Cavalcanti |
Em 1940, com apenas 14 anos, participou do programa de calouros de Ary Barroso, onde se apresentou cantando O samba e o tango, um sucesso de Carmen Miranda, cantora de quem era fã. A interpretação impecável, sem imitar Carmen, lhe garantiu o primeiro lugar, contestado pelo próprio Ary Barroso, que afirmou: "Ganhou, mas não leva. Você já é herdeira de Carmen Miranda, portanto, profissional, e o prêmio é para calouros." Foi grande a dificuldade para convencer Ary Barroso de que aquela era a primeira vez que a moça se apresentava no rádio.
A ida de Carmen Miranda para os Estados Unidos favoreceu o início de sua carreira no rádio, onde a jovem passou a cantar os sucessos da "Pequena Notável", compensando o espaço deixado e a saudade dos fãs de Carmen.
Trabalhou nas Rádios Tupi, Educadora, Ipanema, onde assinou seu primeiro contrato, consagrando-se principalmente pela interpretação original de Camisa listrada, outro sucesso de Carmen, de autoria de Assis Valente.
Gravou o primeiro disco em 1940, com Vou sair de Pai João, marcha de J. Cascata e Leonel Azevedo e Pulo do gato, de J. Cascata e Correia da Silva pela Victor. Assinou contrato com a Rádio Nacional em 1941, onde permaneceu até 1957.
Em 1955, fez sucesso com o samba-canção Cartas, composição de Antônio Maria, gravado pela Odeon, com arranjos do então jovem maestro Tom Jobim. Destacou-se como intérprete das canções de Dorival Caymmi, com destaque para o samba-canção Só louco, gravado em 1956 na Odeon. O maior sucesso veio com o samba "Fita meus olhos", de Peterpan, gravado no mesmo ano pela Odeon.
Abandonou a carreira em 1957, para casar-se. Depois de longo afastamento da vida artística, convidada por Albino Pinheiro para shows da série "Seis e meia", retomou a carreira 20 anos mais tarde, incentivada por Paulinho da Viola, se apresenando no projeto ao lado de Paulinho.
Em 1987, passou a integrar o grupo vocal As Cantoras do Rádio, juntamente com Nora Ney, Rosita Gonzalez, Zezé Gonzaga, Ellen de Lima, Carmélia Alves e Ademilde Fonseca. Gravou com outros cantores os Lps Velhos sambas - velhos bambas, Vols. 1 e 2 e Ary Barroso - 90 anos, em 1992, ambos editados pela Fenab.
No fim da década de 1980 e início da de 1990, com As Cantoras do Rádio, gravou dois CDs e fez vários shows pelo Brasil. Participou ainda em 1988 do LP duplo Há sempre um nome de mulher, produzido por Ricardo Cravo Albin e que alcançou a tiragem de 600 mil cópias, em benefício da Campanha do Aleitamento Materno (LBA/ Banco do Brasil).
Em 13 de junho de 2001, estreou, ao lado de Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas e Ellen de Lima o show As Cantoras do Rádio: Estão voltando as flores, com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin, no Teatro-Café Arena, em Copacabana, no Rio. Nesse show, Violeta personificava Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Nora Ney e Dalva de Oliveira, cantando alguns dos sucessos que marcaram as carreiras dessas cantoras, como Mulata Assanhada (Ataulfo Alves) e Não me diga adeus ( Paquito/ L. Soberano/ J.C. Silva).
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