segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Gonzalo Roig

Gonzalo Roig, compositor e diretor de orquestra e banda, nasceu em Havana, Cuba, em 20 de julho de 1890 e faleceu em 13 de junho de 1970. Em 1902 iniciou estudos de piano, teoria e solfejo na Asociación de Dependientes del Comercio de La Habana, com Agustín Martín Mullor e posteriormente com Gaspar Agüero Barreras. Tomou lições de violino com Vicente Alvarez. Depois realizou estudos superiores de música no Conservatório Carnicer.

Em 1907 integrou como pianista um trio que se apresentava no Cine Monte Carlo. Desta maneira iniciava sua carreira profissional e nesse ano, ainda, compôs uma canção para voz e piano intitulada "La voz del infortunio".

Em 1909 começou a se apresentar como violinista no Teatro Martí. Em 1911 fez estudos de contrabaixo de maneira autodidata. O tenor Mariano Meléndez lançou então seu bolero Quiéreme mucho, que resultaria na sua mais conhecida obra, que vendeu a um editor por 5 pesos.

Em 1917 viajou ao México, e trabalhou na companhia de María Guerrero. Regressou a Cuba nesse mesmo ano. Foi fundador e diretor, em 1922, junto a Ernesto Lecuena, César Pérez Sentenat e outros renomados músicos, da Orquestra Sinfônica de Havana, que realizou um importante trabalho na divulgação de compositores cubanos. É considerado, com justiça, o pioneiro do “sinfonismo” em Cuba.

Em 1927 foi diretor da Escola e da Banda Municipal de Música de Havana (depois Banda Nacional de Concertos). Este cargo ele manteve até sua morte. Seu trabalho a frente da Banda foi fundamental e importante, já que escreveu uma enorme quantidade de adaptações de obras de autores estrangeiros e cubanos, o que repercutiu em uma nova sonoridade que tanto peso teve na formação de executantes e no desenvolvimento da música cubana desde o século XIX. Como mostra disso, está o feito de que a banda acompanhou a diversos cantores, o que não havia sucedido antes em toda a história musical cubana.

En 1929 criou a Orquestra Ignacio Cervantes e em 1930 recebeu convite da União Pan-americana para conduzir uma série de concertos nos EUA. Realizou então uma uma bem-sucedida turnê como diretor de bandas de música norteamericanas, como U.S. Army Band, U.S. Soldier's Home Military Band, U. S. Marine Band e U. S. Navy Band, e desta maneira conseguiu difundir internacionalmente a exuberância rítmica cubana.

Em 1931 organizou com Agustín Rodríguez uma companhia de teatro vernáculo no Teatro Martí, com apresentações que duraram mais de cinco anos. Em 1932 lançou Cecilia Valdés, universalmente considerada como a opereta cubana mais importante do teatro lírico nacional.

Em 1936 integrou a Academia Nacional de Artes e Letras, e seu discurso de ingresso, que foi contestado por Sánchez de Fuentes, saiu publicado na revista dessa instituição como "Anotações históricas sobre nossas bandas militares e orquestras".

En 1938 fundou e foi diretor de concerto da Ópera Nacional. Nesse mesmo ano fez a música do filme "Sucedió en La Habana", lançado em 1939. Durante toda sua vida se ocupou de gestões sindicais em prol dos músicos, e foi fundador da Sociedade de Autores Cubanos, da Federação Nacional de Autores de Cuba, da União Nacional de Autores de Cuba e da Sociedade Nacional de Autores de Cuba.

Escreveu alguns ensaios e artigos sobre música. Entre suas obras mais representativas se encontram, além da opereta Cecilia Valdés e da canção Quiéreme mucho, já citadas, Soledad, Amalia Batista, Mosaico cubano, Fantasía cubana, Hoy son día de reyes, e outras mais.


Fonte: SonCubano

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