
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Helena de Carvalho

quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Dança do Quilombo dos Palmares
Esta é a mais antiga canção conhecida no Brasil. Data de fins do século XVII (décadas de 1680, 1690) e é atribuída a membros do Quilombo dos Palmares. A letra foi extraída de um antigo disco 78 rpm da violeira nordestina Stefana de Macedo, gravado em Outubro de 1929.
Dança do Quilombo dos Palmares
Folga nego, branco não vem cá
Se vié, pau há de levá
I
Sinhô já tá drumindo
Nego qué é batucá
Nego tá se divertindo
De minhã vai trabaiá (2x)
II
Nego geme todo dia,
Nego panha de sangrá
Dando quase seis da noite
Panha nego a batucá (2x)
III
As corrente tão batendo,
As brieta chocaiando
Sangue vivo tá corando,
E nego tá batucando (2x)
IV
Nego rachou o pé,
De tanto sapatiá
Tão cantando, tão gemendo,
Nego qué é batucá (2x)
V
Quando rompe a madrugada
Geme tudo nos açoite
Nego pega nas enxada
E o batuque é só de noite (2x)
Fonte: Portal Galego da Língua
Dança do Quilombo dos Palmares
Esta é a mais antiga canção conhecida no Brasil. Data de fins do século XVII (décadas de 1680, 1690) e é atribuída a membros do Quilombo dos Palmares. A letra foi extraída de um antigo disco 78 rpm da violeira nordestina Stefana de Macedo, gravado em Outubro de 1929.
Dança do Quilombo dos Palmares
Folga nego, branco não vem cá
Se vié, pau há de levá
I
Sinhô já tá drumindo
Nego qué é batucá
Nego tá se divertindo
De minhã vai trabaiá (2x)
II
Nego geme todo dia,
Nego panha de sangrá
Dando quase seis da noite
Panha nego a batucá (2x)
III
As corrente tão batendo,
As brieta chocaiando
Sangue vivo tá corando,
E nego tá batucando (2x)
IV
Nego rachou o pé,
De tanto sapatiá
Tão cantando, tão gemendo,
Nego qué é batucá (2x)
V
Quando rompe a madrugada
Geme tudo nos açoite
Nego pega nas enxada
E o batuque é só de noite (2x)
Fonte: Portal Galego da Língua
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
História triste de uma praieira
História triste de uma praieira (canção-praieira, 1929) - Motivo popular
Era o meu lindo jangadeiro
De olhos da cor verde do mar
Também como ele traiçoeiro
Mentiu-me tanto o seu olhar
Longe nas águas a pescar
E eu intranqüila, o seu veleiro
Lá no horizonte a procurar
Mas quando a tarde escurecia
Um sino ouvia a repicar
A badalar a Ave Maria
Vi uma vela sobre o mar
Era o meu lindo jangadeiro
Em seu veleiro a regressar
E à praia o seu olhar primeiro
Buscava ansioso o seu olhar
Quando ditosa eu me sentia
Passava os dias a cantar
A ver se em breve escurecia
A hora feliz do seu voltar
Mas há na vida sempre um dia
Dia de sonho se acabar
Este me veio em que não via
O seu veleiro regressar
Não mais voltou o seu veleiro
Não mais o vi por sobre o mar
O seu olhar lindo e traiçoeiro
Não buscou mais o meu olhar
Por uma tarde alvissareira
O sino ouvi a repicar
Era o meu lindo jangadeiro
Que ia com outra se casar
História triste de uma praieira
História triste de uma praieira (canção-praieira, 1929) - Motivo popular
Era o meu lindo jangadeiro
De olhos da cor verde do mar
Também como ele traiçoeiro
Mentiu-me tanto o seu olhar
Longe nas águas a pescar
E eu intranqüila, o seu veleiro
Lá no horizonte a procurar
Mas quando a tarde escurecia
Um sino ouvia a repicar
A badalar a Ave Maria
Vi uma vela sobre o mar
Era o meu lindo jangadeiro
Em seu veleiro a regressar
E à praia o seu olhar primeiro
Buscava ansioso o seu olhar
Quando ditosa eu me sentia
Passava os dias a cantar
A ver se em breve escurecia
A hora feliz do seu voltar
Mas há na vida sempre um dia
Dia de sonho se acabar
Este me veio em que não via
O seu veleiro regressar
Não mais voltou o seu veleiro
Não mais o vi por sobre o mar
O seu olhar lindo e traiçoeiro
Não buscou mais o meu olhar
Por uma tarde alvissareira
O sino ouvi a repicar
Era o meu lindo jangadeiro
Que ia com outra se casar
Stefana de Macedo
Stefana de Macedo
Incluiu 43 músicas de características regionais nos seus 22 discos gravados. São cocos, toadas pernambucanas, cateretês, maracatus, corta-jacas, baiões, canções do Amazonas, tanto de domínio público (muitas vezes com adaptações suas) quanto de autores conhecidos, numa época em que só os homens atuavam nesse setor, abrindo caminho para artistas que vieram depois, como Dilu Melo, Inezita Barroso e Ely Camargo.
Quando tinha nove anos de idade, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio R. William e teve aulas de violão com Patrício Teixeira e
Em 1926 apresentou-se ao violão no Cassino do Copacabana Palace, quando esse instrumento ainda estava restrito à então chamada malandragem. No ano seguinte, apresentou-se no I.N.M., no Rio de Janeiro, e no Teatro Municipal, de São Paulo.
Em 1928 estreou em disco interpretando pela Odeon as canções Tenho uma raiva de vancê e Sussuarana, ambas de Luiz Peixoto e Hekel Tavares. Sussuarana obteve grande sucesso, embora tivesse sido gravada pouco antes por Gastão Formenti. No mesmo ano, gravou de Catulo da Paixão Cearense o samba Leonor e de Hekel Tavares e Joraci Camargo, a canção Lua cheia.
Em 1929 apresentou-se no Teatro Municipal, de São Paulo e gravou pela Columbia o samba-choro Bambalelê, a canção Stela, os corta-jaca A mulher e o trem e O homem e o relógio, o cateretê Bicho caxinguelê, a toada Saia do sereno, o batuque Dança do Quilombo dos Palmares, talvez a música brasileira mais antiga conhecida, com a primeira gravação de um batuque com batida na caixa do violão, executada por ela, e a canção História triste de uma praieira seu maior sucesso, todos de motivo popular, com arranjos de sua autoria. No mesmo ano, gravou de João Pernambuco
Em 1930 gravou pela Colúmbia o batuque Mãe Maria Camundá de sua autoria e o baião Estrela D'Alva de João Pernambuco. No mesmo ano gravou a toada Como se dobra o sino, de motivo popular com arranjos de sua autoria. Também fez arranjos de outros motivos populares, entre os quais o coco O-le-
Em 1931 cantou no filme Coisas nossas, de Alberto Byington. Em 1933 gravou de sua autoria, o maracatu Dois de oro e a canção Sodade véia. Em 1935 deu dois recitais no Teatro Colón, de Buenos Aires, Argentina; no primeiro, com a presença do mundo oficial da Argentina e do Brasil, executou na primeira parte suas canções ao violão e, na segunda, com Heitor Villa-Lobos ao piano, músicas do compositor.
Em 1939 regravou a canção História triste de uma praieira, com arranjos de sua autoria e versos de Adelmar Tavares. Em 1942 gravou a canção Rede do Ceará, de motivo popular e arranjos de sua autoria.
Em fins dos anos
Em 1968 gravou histórico depoimento para a posteridade no Museu da Imagem e do Som. Passou seus últimos anos de vida na cidade de Volta Redonda, sempre esquecida pela chamada grande "mídia".
Fonte: Cantoras do Brasil - Stefana de Macedo