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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cleofe Person de Mattos

Cleofe P. de Mattos
Cleofe Person de Mattos, regente e musicóloga. nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17/12/1913, e faleceu na mesma cidade, em 03/052002. Cursou composição e regência na E.N.M.U.B., do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1940. Fez ainda curso de formação de professores especializados em música e canto orfeônico da antiga Universidade do Distrito Federal. 

Em 1941 fundou e regeu o Coro Feminino Pró- Música, que deu origem, cinco anos mais tarde, à Associação de Canto Coral, em que continuou atuando como regente.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ernesto Dias

Ernesto Dias (Belém PA 2/1/1857 - id. 1908), instrumentista, compositor e regente, era filho do músico e ator Lourenço Antônio Dias, estudou com Henrique Eulálio Gurjão, viajando depois para Milão, Itália, onde freqüentou o Real Conservatório.

Por falta de recursos não terminou o curso, retornando a Belém. Ali completou os estudos com Enrico Bernardi.

Em 1883 foi um dos organizadores da orquestra de serestas Companheiros do Luar. Fundou também outros conjuntos, para os quais escreveu valsas, tangos, maxixes, xótis etc.

Sua composição mais famosa é a valsa Minha esperança, editada em Belém e pela casa Préalle, em Recife PE. Tocando piano, violino, saxofone, clarineta e principalmente flauta, integrou os conjuntos sinfônicos que se exibiam no Teatro da Paz, em Belém.

Fundou a primeira sociedade de concertos de sua cidade, o Clube Musical Concertante e editou a Gazeta Musical (1890/2), revista bimensal.

É autor de Solo concertante, Serenata e Sonata, obras para flauta e piano, Adágio sostenuto, para terceto de flautas, além de hinos patrióticos, marchas militares, música religiosa etc.

Foi professor de flauta no Conservatório de Música, depois Instituto Carlos Gomes, desde sua fundação, em 1895.

Em 1907 era diretor do grupo pastoril Filhas de Davi, para o qual compôs um hino.

Obra

Amor selvagem, valsa, s.d.; O chino do careca, polca, s.d.; A juventude, valsa, s.d.; Minha esperança, valsa, s.d.; Orfeu na roça, polca, s.d.; Vaporosa, valsa, s.d.; A zangada, valsa, s.d.

Fonte: Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Editora, 1977.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Maestro Chiquinho

Maestro Chiquinho (Francisco Duarte), regente e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3/12/1907, e faleceu na mesma cidade, em 1/11/1983. Estudou música com o pai, Macário Duarte.

Iniciou carreira em 1933, atuando em vários conjuntos. Dois anos depois passou a integrar a Orquestra Andreazzi, apresentando-se também como solista de trompete em teatros.

Em 1936 começou a tocar na Orquestra de Raul Lipofi, atuando três anos depois como solista na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.

Em 1940 passou a atuar na Orquestra Napoleão Tavares e, no ano seguinte, na de Raul Roulien.

Em 1942 formou a Orquestra do Chiquinho, com a qual gravou na Columbia e Continental, de 1942 a 1945. Nesse ano foi contratado pela Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, nas quais acompanhou os maiores cantores da época e foi atração principal em várias apresentações, recebendo prêmio de melhor orquestra do ano em 1952.

Na década de 1950 gravou vários 78 rpm na Continental, estando entre os destaques os choros Rua do passeio (Getúlio Macedo), Remexendo (Radamés Gnattali) e Sandoval em Bonsucesso (Carioca), este em 1947.

Entre 1954 e 1961 atuou como maestro e músico em trilhas para filmes e, em 1962, gravou com sua orquestra um LP na Polydor.

Aposentado, mas ainda pertencendo ao elenco da Rádio Nacional, continuou a animar com as suas orquestras os principais programas da emissora, como os de César de Alencar e Paulo Gracindo

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Erlon Chaves

Erlon Chaves
Erlon Chaves (Erlon Vieira Chaves), regente, arranjador e compositor, nasceu em São Paulo, SP, em 9/12/1933, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14/11/1974. Desde cedo interessou-se por música, tendo feito uma apresentação ainda menino no programa infantil Clube do Papai Noel, da Rádio Difusora, de São Paulo, cantando Rosa (Pixinguinha). 

Aos sete anos começou a estudar no Conservatório Musical Carlos Gomes, ao mesmo tempo que cantava regularmente na Rádio Difusora, formando-se em piano dez anos mais tarde, época em que também cursou canto com Tercina Saracceni. Passou a tocar em dancings, onde adquiriu experiência jazzística junto a músicos que ali atuavam. 

Em 1953 começou a estudar harmonia, instrumentação e regência com os maestros Luis Arruda Pais, Renato de Oliveira e Rafael Pugliesi. Atuou ainda em televisão, tendo composto uma Sinfonia cujo tema foi durante vários anos prefixo da extinta TV Excelsior, de São Paulo. 

Em 1965 transferiu-se para o Rio de Janeiro, atuando na TV Tupi e, a seguir, na TV-Rio, onde foi diretor musical, tendo participado da criação e realização do I FIC, dessa televisão, em 1966, compondo, inclusive, seu prefixo. 

Durante o V FIC, da TV Globo, em 1970, comandou um coro de 40 vozes, que acabou constituindo-se na Banda Veneno. Criada inicialmente só para acompanhar a música de Jorge Ben (Ben Jor), Eu também quero mocotó, a banda ligou- se depois definitivamente a seu próprio trabalho. 

Foi arranjador de vários cantores, entre os quais Elis Regina, a quem acompanhou a Paris, França, quando de sua apresentação no teatro Olympia, em 1968. 


Em 1973, na Philips, gravou o LP As dez canções medalha de ouro, destacando-se Casa no campo (Zé RodrixTavito) e Amada amante (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PibliFolha - 2a. Edição - 1998.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Gaó

Maestro Gaó ao piano, na Rádio Cruzeiro do Sul, década de 1930.

GAÓ (Odmar Amaral Gurgel), regente, instrumentista, arranjador e compositor (Salto-SP,12/2/1909 - ?). Aos cinco anos, começou a aprender música com o pai, professor Acilino, mestre da banda local, que lhe ensinou violino, trombone, flauta e piano. Aos nove anos já era pianista profissional do Cine Pavilhão, de sua cidade, e em 1920, aos 11 anos, foi o responsável pela organização de uma orquestra que acompanhava filmes de cinema mudo.

Em 1923 transferiu-se para a capital paulista, onde ingressou no quinto ano do Conservatõrio Dramático e Musical de São Paulo, no curso de Samuel Arcanjo. Nesse mesmo ano empregou-se como pianista na Casa Di Franco. Foi nessa casa que ganhou o apelido de Gaó: como assinava os arranjos com as iniciais de seu nome — OAG —, foi- lhe sugerida a inversão das letras, para obter melhor efeito sonoro.

Concluído o Conservatório, trabalhou durante algum tempo com música erudita, passando em seguida para a popular. Iniciou suas atividades em rádio em fins de 1925, na primeira emissora de São Paulo, a Rádio Educadora Paulista (hoje Gazeta), onde, além de organizar orquestras, fazia música de câmara e executava solos de piano.

Em 1929 tornou-se diretor-artístico da fábrica de discos Columbia (hoje Continental), onde organizou a Orquestra Colbaz, com a qual fez a primeira gravação de  Tico-tico no fubá de Zequinha de Abreu (1931), além de inúmeras outras durante mais de dois anos.

Em 1930 foi para a Rádio Cruzeiro do Sul como diretor e produtor de programas que se tornaram famosos, como Hora dos Calouros (do qual Ary Barroso viria a ser o apresentador) e Programa da Saudade, e editou pela Vitale, com versos de Vicente Lima, uma valsa para cada mês do ano.

Em 1931, foi o responsável pela música do filme Coisas nossas, dirigido por Wallace Downey e produzido por Albert Byington, proprietário da Columbia e da Rádio Cruzeiro do Sul. Nesse mesmo ano, em concurso do jornal A Gazeta de São Paulo, foi considerado o melhor pianista.

Em 1932 gravou, ao piano, seu choro Teimoso, que seria regravado em 1938 por Jorge Fernandes, com versos de Luiz Peixoto e o título de Caboclo feliz. Em 1936 foi para o Rio de Janeiro, tornando-se diretor artístico da Rádio Ipanema (depois Mauá).

No ano seguinte, a convite de Raul Roulien, fez uma temporada de três meses em Buenos Aires, Argentina, atuando em rádios e shows. Nessa ocasião, apresentou-se também no Uruguai.

Ainda em 1937, retornou ao Brasil e em São Paulo passou a cuidar da renovação do setor artístico da Rádio Cruzeiro do Sul e da Rádio Cosmos, ambas do mesmo grupo. Nessa época, organizou a Orquestra Columbia, que se apresentou nos clubes paulistanos mais fechados, como o Automóvel Clube, a Sociedade Hípica Paulistana e o Clube Paulistano, e em dezenas de gravações.

Em 1938 voltou ao Rio de Janeiro para trabalhar na Rádio Nacional e, no ano seguinte, foi contratado por Joaquim Rola para ser diretor musical do Cassino da Urca, onde ficou até 1945.

Em 1941, Darci Vargas (esposa de Getúlio Vargas) convidou-o para dirigir o espetáculo musical beneficente Joujoux et balangandans, de Henrique Pongetti. Em 1945 trabalhava na Rádio Globo, quando resolveu ir aos EUA, onde ficou até 1951, apresentando-se como pianista e chefe de orquestra em diversas ocasiões, principalmente em comitês governamentais para entretenimento de feridos de guerra.

Nessa época atuou também na Copacabana, famosa boate de New York, e gravou na etiqueta americana Coda uma série de discos 78 rpm, homenageando os morros do Rio de Janeiro. De 1951 a 1957, no Brasil, trabalhou como maestro e músico da Rádio Nacional, de São Paulo, e da TV Paulista.

Em 1957 retornou aos EUA, passando pelo Brasil em 1963 para gravar dois LPs na Odeon. Em 1967 voltou definitivamente para o Brasil, indo morar em Mogi das Cruzes, SP.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e publiFolha.

sábado, 1 de agosto de 2009

Rogério Duprat

rogerio druprat

Rogério Duprat - regente, arranjador e compositor - nasceu no Rio de Janeiro em 07/02/1932 e faleceu em São Paulo em 26/10/2006. Em São Paulo estudou violoncelo inicialmente com Calisto Corazza e em 1953 passou a integrar a Orquestra Sinfônica Estadual. Na mesma ocasião estudou harmonia, contraponto e composição com Olivier Toni e Cláudio Santoro.

Em 1955 passou para a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, e no ano seguinte foi violoncelista, fundador e diretor da Orquestra de Câmara de São Paulo.

A partir de 1960 compôs para teatro, televisão, gravações e cinema, e tomou parte no movimento Música Nova, em 1961, em São Paulo, com Damiano Cozzella, Willy Correia de Oliveira, Gilberto Mendes, Régis Duprat, Júlio Medaglia e Sandino Hohagem.

Em 1962 fez estudos na Alemanha e França, com Pierre Boulez (1925-) e Karlheinz Stockhausen (1928-). Em 1963 compôs música experimental em computador com Damiano Cozzella e foi ainda regente e arranjador da TV Excelsior, de São Paulo, cargos que ocupou até o ano seguinte, quando recebeu vários prêmios pela música para o filma A Ilha (Walter Hugo Khouri), assumindo em seguida o cargo de professor-assistente do Departamento de Música da UnB, onde participou de happenings e manifestações de música aleatória.

Em 1965 foi premiado pela trilha sonora do filme Noite vazia (Walter Hugo Khouri). De volta a São Paulo em 1966, recebeu prêmios pelas trilhas sonoras dos filmes Corpo ardente (Walter Hugo Khouri) e As Cariocas (Fernando de Barros, Walter Hugo Khouri e Roberto Santos).

Em 1967 obteve o prêmio de melhor arranjador, no II FMPB, da TV Record, de São Paulo, com Domingo no parque (Gilberto Gil, 1967), além do Roquete Pinto, como melhor arranjador do ano. No mesmo ano participou do movimento tropicalista de música popular.

Em 1968 recebeu o troféu Galo de Ouro pelo melhor arranjo do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, e foi diretor musical do programa Divino Maravilhoso, da TV Tupi.

Compôs mais de 40 trilhas sonoras para o cinema braqsileiro e, em 1987, recebeu o Prêmio Kikito de melhor música original do XVIII Festival de Cinema de Gramado, com o filme Marvada carne de André Klotzel.

Autor de inúmeros arranjos, orquestrações e composições para diversos instrumentos, foi também diretor artístico das produtoras fonográficas Pauta e Vice-Versa.

Afastado das atividades artísticas por problemas de audição, reapareceu em 1997 como arranjador da faixa Tempo/Espaço do CD Liga lá, de Lulu Santos (BMG, 1997).

Fonte:Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha

Rogério Duprat

rogerio druprat

Rogério Duprat - regente, arranjador e compositor - nasceu no Rio de Janeiro em 07/02/1932 e faleceu em São Paulo em 26/10/2006. Em São Paulo estudou violoncelo inicialmente com Calisto Corazza e em 1953 passou a integrar a Orquestra Sinfônica Estadual. Na mesma ocasião estudou harmonia, contraponto e composição com Olivier Toni e Cláudio Santoro.

Em 1955 passou para a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, e no ano seguinte foi violoncelista, fundador e diretor da Orquestra de Câmara de São Paulo.

A partir de 1960 compôs para teatro, televisão, gravações e cinema, e tomou parte no movimento Música Nova, em 1961, em São Paulo, com Damiano Cozzella, Willy Correia de Oliveira, Gilberto Mendes, Régis Duprat, Júlio Medaglia e Sandino Hohagem.

Em 1962 fez estudos na Alemanha e França, com Pierre Boulez (1925-) e Karlheinz Stockhausen (1928-). Em 1963 compôs música experimental em computador com Damiano Cozzella e foi ainda regente e arranjador da TV Excelsior, de São Paulo, cargos que ocupou até o ano seguinte, quando recebeu vários prêmios pela música para o filma A Ilha (Walter Hugo Khouri), assumindo em seguida o cargo de professor-assistente do Departamento de Música da UnB, onde participou de happenings e manifestações de música aleatória.

Em 1965 foi premiado pela trilha sonora do filme Noite vazia (Walter Hugo Khouri). De volta a São Paulo em 1966, recebeu prêmios pelas trilhas sonoras dos filmes Corpo ardente (Walter Hugo Khouri) e As Cariocas (Fernando de Barros, Walter Hugo Khouri e Roberto Santos).

Em 1967 obteve o prêmio de melhor arranjador, no II FMPB, da TV Record, de São Paulo, com Domingo no parque (Gilberto Gil, 1967), além do Roquete Pinto, como melhor arranjador do ano. No mesmo ano participou do movimento tropicalista de música popular.

Em 1968 recebeu o troféu Galo de Ouro pelo melhor arranjo do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, e foi diretor musical do programa Divino Maravilhoso, da TV Tupi.

Compôs mais de 40 trilhas sonoras para o cinema braqsileiro e, em 1987, recebeu o Prêmio Kikito de melhor música original do XVIII Festival de Cinema de Gramado, com o filme Marvada carne de André Klotzel.

Autor de inúmeros arranjos, orquestrações e composições para diversos instrumentos, foi também diretor artístico das produtoras fonográficas Pauta e Vice-Versa.

Afastado das atividades artísticas por problemas de audição, reapareceu em 1997 como arranjador da faixa Tempo/Espaço do CD Liga lá, de Lulu Santos (BMG, 1997).

Fonte:Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha

Lindolfo Gaya

Lindolfo Gaya
Lindolfo Gaya (Lindolpho Gomes Gaya), arranjador, regente, instrumentista, compositor. Itararé, SP - 06/05/1921 - Curitiba, 14/09/1987. Começou a aprender piano com sete anos de idade, só se profissionalizando como músico em 1942. Estudou no Colégio Franco-Brasileiro, de São Paulo, SP.

A partir de 1942, no Rio de Janeiro, passou a atuar como pianista em programas de calouros na então Rádio Transmissora, passando para a Orquestra de Chiquinho na Rádio Clube e depois para a Rádio Tupi, onde conheceu a cantora Stelinha Egg, com quem se casou em 1945. Para a Victor e Odeon, realizou durante 15 anos arranjos e orquestrações, destacando-se na música popular brasileira.

Com os arranjos de O vento e O mar (ambos de Dorival Caymmi), interpretados por Stelinha Egg, recebeu o prêmio Melhor Disco do Ano, que possibilitou ao casal uma temporada artística pela Europa em 1955.

Em Varsóvia, Polônia, regeu a Orquestra Filarmônica, recebendo a medalha de ouro do governo polonês, e atuou como juiz em congresso folclórico apresentado na Festa da Juventude. Em Moscou, regeu a Grande Orquestra do Teatro Strada, participando do filme Folclore de Cinco Países, de Alexandrov, no qual tocou chorinhos de sua autoria. Na França, foi diretor musical do filme Bela Aventura, com Stelinha Egg, sobre temas e motivos brasileiros.

Fixando residência em Paris, onde trabalhou para a organização de gravações de Ray Ventura, fez arranjos para gravações de músicas brasileiras e sul-americanas. Orquestrou para uma gravadora francesa o elepê Chants folkloriques breseliens, sobre temas brasileiros, interpretados por Stelinha.

De volta ao Brasil, compôs músicas e fez arranjos para histórias infantis, com os seguintes elepês: João e Maria, O Gato de Botas, A Moura Torta, A Galinha dos Ovos de Ouro, Branca de Neve e O Pequeno Polegar. Ainda na RCA lançou os elepês Em Tempo de Dança (dois volumes), para órgão e pequeno conjunto.

Sua passagem para a Odeon deu-se quando a Bossa Nova começava a tomar forma: fez os arranjos para o histórico elepê Amor de Gente Moça, de
Sylvia Telles. Gravou ainda vários elepês pela Odeon, onde se destaca Dança Moderna com sua orquestra, tocando músicas tradicionais brasileiras, tais como Rosa Morena (Dorival Caymmi) e Grau dez (Lamartine Babo / Ary Barroso).

Em 1965 compôs as músicas do show Rio de Quatrocentos Janeiros, apresentado no grill-room do Copacabana Palace Hotel, do Rio de Janeiro, recebendo o prêmio Euterpe 65. A música foi registrada em elepê comemorativo do IV Centenário da cidade.

No ano seguinte, participou do júri que selecionou as 36 finalistas do I FIC, da TV Rio, do Rio de Janeiro, fazendo os arranjos e regendo boa parte delas, e criou o desenho rítmico da canção
Saveiros (Dori Caymmi / Nelson Mota), que obteve o primeiro lugar na fase nacional e o segundo na internacional. Lançou pela Philips o elepê O Grande Festival, com as músicas do certame, tendo recebido o Galo de Ouro pela sua atuação como arranjador e maestro.

Apresentou na TV Rio e depois na TV Continental, um programa popular com Stelinha Egg, entremeando canções e filmes sobre o Brasil. Dirigiu shows de Elizeth Cardoso e Amália Rodrigues, no Canecão do Rio de Janeiro.

Fonte: Páginas 297/298, volume I, "Enciclopédia da Música Brasileira", Art Editora, 1977.

Lindolfo Gaya

Lindolfo Gaya (Lindolpho Gomes Gaya), arranjador, regente, instrumentista, compositor. Itararé, SP - 06/05/1921 - Curitiba, 14/09/1987. Começou a aprender piano com sete anos de idade, só se profissionalizando como músico em 1942. Estudou no Colégio Franco-Brasileiro, de São Paulo, SP.

A partir de 1942, no Rio de Janeiro, passou a atuar como pianista em programas de calouros na então Rádio Transmissora, passando para a Orquestra de Chiquinho na Rádio Clube e depois para a Rádio Tupi, onde conheceu a cantora Stelinha Egg, com quem se casou em 1945. Para a Victor e Odeon, realizou durante 15 anos arranjos e orquestrações, destacando-se na música popular brasileira.

Com os arranjos de O vento e O mar (ambos de Dorival Caymmi), interpretados por Stelinha Egg, recebeu o prêmio Melhor Disco do Ano, que possibilitou ao casal uma temporada artística pela Europa em 1955.

Em Varsóvia, Polônia, regeu a Orquestra Filarmônica, recebendo a medalha de ouro do governo polonês, e atuou como juiz em congresso folclórico apresentado na Festa da Juventude. Em Moscou, regeu a Grande Orquestra do Teatro Strada, participando do filme Folclore de Cinco Países, de Alexandrov, no qual tocou chorinhos de sua autoria. Na França, foi diretor musical do filme Bela Aventura, com Stelinha Egg, sobre temas e motivos brasileiros.

Fixando residência em Paris, onde trabalhou para a organização de gravações de Ray Ventura, fez arranjos para gravações de músicas brasileiras e sul-americanas. Orquestrou para uma gravadora francesa o elepê Chants folkloriques breseliens, sobre temas brasileiros, interpretados por Stelinha.

De volta ao Brasil, compôs músicas e fez arranjos para histórias infantis, com os seguintes elepês: João e Maria, O Gato de Botas, A Moura Torta, A Galinha dos Ovos de Ouro, Branca de Neve e O Pequeno Polegar. Ainda na RCA lançou os elepês Em Tempo de Dança (dois volumes), para órgão e pequeno conjunto.

Sua passagem para a Odeon deu-se quando a Bossa Nova começava a tomar forma: fez os arranjos para o histórico elepê Amor de Gente Moça, de
Sylvia Telles. Gravou ainda vários elepês pela Odeon, onde se destaca Dança Moderna com sua orquestra, tocando músicas tradicionais brasileiras, tais como Rosa Morena (Dorival Caymmi) e Grau dez (Lamartine Babo / Ary Barroso).

Em 1965 compôs as músicas do show Rio de Quatrocentos Janeiros, apresentado no grill-room do Copacabana Palace Hotel, do Rio de Janeiro, recebendo o prêmio Euterpe 65. A música foi registrada em elepê comemorativo do IV Centenário da cidade.

No ano seguinte, participou do júri que selecionou as 36 finalistas do I FIC, da TV Rio, do Rio de Janeiro, fazendo os arranjos e regendo boa parte delas, e criou o desenho rítmico da canção
Saveiros (Dori Caymmi / Nelson Mota), que obteve o primeiro lugar na fase nacional e o segundo na internacional. Lançou pela Philips o elepê O Grande Festival, com as músicas do certame, tendo recebido o Galo de Ouro pela sua atuação como arranjador e maestro.

Apresentou na TV Rio e depois na TV Continental, um programa popular com Stelinha Egg, entremeando canções e filmes sobre o Brasil. Dirigiu shows de Elizeth Cardoso e Amália Rodrigues, no Canecão do Rio de Janeiro.

Fonte: Páginas 297/298, volume I, "Enciclopédia da Música Brasileira", Art Editora, 1977.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Astor Silva

Astor Silva, instrumentista, arranjador, regente e compositor, nasceu em 10/5/1922 no bairro do Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 12/2/1968. Fez seus estudos na Escola João Alfredo, situada em Vila Isabel. Por essa época já estudava música e formou um grupo com colegas do colégio que se apresentava em bailes e festas familiares.

Iniciou sua atividade artística como trombonista de dancings. Por volta de 1940, passou a atuar no Cassino da Urca, e em outros, como os situados em Copacabana e Icaraí. Em 1946, com o fechamento dos Cassinos, passou a integrar a Orquestra Tabajara, dirigida por Severino Araújo, que realizou excursões pelo Brasil, Argentina, Uruguai, França, etc.

Ainda como integrante da Orquestra Tabajara, apresentou-se na Rádio Tupi. Posteriormente, transferiu-se para a orquestra do maestro Carioca que atuava na mesma emissora. Exibiu-se ainda na boate carioca Night and Day e na TV Rio. Foi diretor musical de diversas gravadoras. Na CBS desempenhou também a função de arranjador-chefe.

No início dos anos 1950, formou seu próprio conjunto com o qual atuou na Todamérica fazendo acompanhamentos para Flora Matos, Garotos da Lua, Virgínia Lane, Zilá Fonseca, Ademilde Fonseca e Raul Moreno.

Em 1952, seu Chorinho da Nice foi gravado na Continental por Severino Araújo e Sua Orquestra Tabajara. Em 1953, gravou com seu conjunto na Todamérica o choro Pisando macio, de sua autoria, e o Baião diferente, de Marcos Valentim.

No ano seguinte, gravou também com seu conjunto o choro No melhor da festa, e o Baião lusitano, ambos de sua autoria. Por essa época, passou a dirigir sua própria orquestra e gravou o mambo Mambomengo, e o samba Sete estrelas, de sua autoria. Ainda em 1954, seu choro Alta noite, parceria com Del Loro, foi gravado na Sinter pelo cantor Jamelão. Atuou com sua orquestra na Todamérica e acompanhou, entre outras, a cantora Dóris Monteiro na gravação da Marcha do apartamento, e do samba Sacrifício não se pede.

Em 1955, gravou com seu conjunto os choros Chorinho de boite, e Sombra e água fresca, de sua autoria. Por essa época, atuou com seu conjunto e com sua orquestra na gravadora Continental acompanhando gravações de Moreira da Silva, Nora Ney, Bill Farr e Emilinha Borba.

Entre 1960 e 1963, atuou com seu conjunto e sua orquestra na Columbia. Em 1960, foi um dos responsáveis pelo sucesso do samba Beija-me, de Roberto Martins e Mário Rossi, gravado por Elza Soares com arranjos seus.

Em 1961, acompanhou com seu conjunto um das primeiras gravações do então iniciante cantor Roberto Carlos num 78 rpm com as músicas Louco por você e Não é por mim. Acompanhou também gravações de Risadinha, Wanderléia, também em começo de carreira, Ciro Monteiro, Rossini Pinto e Elis Regina, em uma de suas primeiras gravações, com as músicas A virgem de Macareña e 1, 2, 3, balançou.

Ainda em 1961, gravou com sua orquestra os frevos Jairo na folia, de Francisquinho, Ao som dos guisos, de Edgar Morais, A pisada é essa, de João Santiago, e Vai na marra, de David Vasconcelos.

Gravou ainda, pelo pequeno selo Ritmos, com seu conjunto, os sambas Vamos fazer um samba, de sua parceria com Nelson trigueiro, e Agora é cinza, de Bide e Marçal.

Foi um dos principais arranjadores da segunda metade dos anos 1950. Em 1974, seu Chorinho de gafieira foi regravado por Raul de Barros no LP Brasil, trombone, lançado pelo selo Marcus Pereira.

Obras

Alta noite (c/ Del Loro); Baião lusitano; Chorinho de boite; Mambomengo; No melhor da festa; Pisando macio; Sete estrelas; Sombra e água fresca; Vamos fazer um samba (c/ Nelson Trigueiro).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Astor Silva

Astor Silva, instrumentista, arranjador, regente e compositor, nasceu em 10/5/1922 no bairro do Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 12/2/1968. Fez seus estudos na Escola João Alfredo, situada em Vila Isabel. Por essa época já estudava música e formou um grupo com colegas do colégio que se apresentava em bailes e festas familiares.

Iniciou sua atividade artística como trombonista de dancings. Por volta de 1940, passou a atuar no Cassino da Urca, e em outros, como os situados em Copacabana e Icaraí. Em 1946, com o fechamento dos Cassinos, passou a integrar a Orquestra Tabajara, dirigida por Severino Araújo, que realizou excursões pelo Brasil, Argentina, Uruguai, França, etc.

Ainda como integrante da Orquestra Tabajara, apresentou-se na Rádio Tupi. Posteriormente, transferiu-se para a orquestra do maestro Carioca que atuava na mesma emissora. Exibiu-se ainda na boate carioca Night and Day e na TV Rio. Foi diretor musical de diversas gravadoras. Na CBS desempenhou também a função de arranjador-chefe.

No início dos anos 1950, formou seu próprio conjunto com o qual atuou na Todamérica fazendo acompanhamentos para Flora Matos, Garotos da Lua, Virgínia Lane, Zilá Fonseca, Ademilde Fonseca e Raul Moreno.

Em 1952, seu Chorinho da Nice foi gravado na Continental por Severino Araújo e Sua Orquestra Tabajara. Em 1953, gravou com seu conjunto na Todamérica o choro Pisando macio, de sua autoria, e o Baião diferente, de Marcos Valentim.

No ano seguinte, gravou também com seu conjunto o choro No melhor da festa, e o Baião lusitano, ambos de sua autoria. Por essa época, passou a dirigir sua própria orquestra e gravou o mambo Mambomengo, e o samba Sete estrelas, de sua autoria. Ainda em 1954, seu choro Alta noite, parceria com Del Loro, foi gravado na Sinter pelo cantor Jamelão. Atuou com sua orquestra na Todamérica e acompanhou, entre outras, a cantora Dóris Monteiro na gravação da Marcha do apartamento, e do samba Sacrifício não se pede.

Em 1955, gravou com seu conjunto os choros Chorinho de boite, e Sombra e água fresca, de sua autoria. Por essa época, atuou com seu conjunto e com sua orquestra na gravadora Continental acompanhando gravações de Moreira da Silva, Nora Ney, Bill Farr e Emilinha Borba.

Entre 1960 e 1963, atuou com seu conjunto e sua orquestra na Columbia. Em 1960, foi um dos responsáveis pelo sucesso do samba Beija-me, de Roberto Martins e Mário Rossi, gravado por Elza Soares com arranjos seus.

Em 1961, acompanhou com seu conjunto um das primeiras gravações do então iniciante cantor Roberto Carlos num 78 rpm com as músicas Louco por você e Não é por mim. Acompanhou também gravações de Risadinha, Wanderléia, também em começo de carreira, Ciro Monteiro, Rossini Pinto e Elis Regina, em uma de suas primeiras gravações, com as músicas A virgem de Macareña e 1, 2, 3, balançou.

Ainda em 1961, gravou com sua orquestra os frevos Jairo na folia, de Francisquinho, Ao som dos guisos, de Edgar Morais, A pisada é essa, de João Santiago, e Vai na marra, de David Vasconcelos.

Gravou ainda, pelo pequeno selo Ritmos, com seu conjunto, os sambas Vamos fazer um samba, de sua parceria com Nelson trigueiro, e Agora é cinza, de Bide e Marçal.

Foi um dos principais arranjadores da segunda metade dos anos 1950. Em 1974, seu Chorinho de gafieira foi regravado por Raul de Barros no LP Brasil, trombone, lançado pelo selo Marcus Pereira.

Obras

Alta noite (c/ Del Loro); Baião lusitano; Chorinho de boite; Mambomengo; No melhor da festa; Pisando macio; Sete estrelas; Sombra e água fresca; Vamos fazer um samba (c/ Nelson Trigueiro).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Alexandre Levy

Alexandre Levy, compositor, pianista e regente clássico, filho de imigrantes de origem franco-suíça, nasceu em São Paulo-SP em 10 de novembro de 1864. Faleceu na mesma cidade em 17 de janeiro de 1892, com apenas 28 anos.

Desde cedo, manifestou grande interesse pela música. Aos sete anos, estudou com o pianista russo Luis Maurice; depois, com o pianista francês Gabriel Giraudon. Seu pai, o clarinetista Henrique Luiz Levy, possuía uma loja de artigos musicais, a Casa Levy onde era o ponto de encontro de músicos e artistas de São Paulo.

Nessa loja fez muitos amigos e conheceu a nascente produção nacionalista, como a primeira edição de Sertaneja, de Brasílio Itiberê, que executou em concerto aos doze anos.

Em 1880, compôs uma fantasia para dois pianos a partir de temas da ópera O Guarany, de Carlos Gomes e três anos depois iniciou estudos de harmonia e contraponto. A família Levy sempre esteve ligada ao compositor campineiro, desde os tempos em que Henrique Levy se apresentava com Carlos Gomes pelo interior paulista

Em 1887 embarcou para a Europa para aprimorar seus estudos musicais. Estudou harmonia em Paris, com Émile Durand, que também foi professor de Debussy. Nessa época se interessou pelas diversas formas orquestrais e compôs a peça Andante Romantique, que depois foi incorporada à Sinfonia em Mi menor, e Variações Sobre um Tema Brasileiro, da qual se destaca a melodia Vem Cá, Bitú.

No cenário político brasileiro predominavam discursos nacionalistas. Músicos e artistas, passaram a compor a partir de motivos folclóricos e populares. Nascia, assim, o nacionalismo musical, onde se destacaram Levy e Alberto Nepomuceno.

Compôs obras de cunho nacionalista, como Suíte Brasileira e Tango Brasileiro. Samba, a quarta parte da Suíte Brasileira, obteve grande sucesso com a redução para piano feita por seu irmão Luiz Levy.

Precursor do movimento nacionalista na música brasileira, tem sua obra marcada pelo romantismo, com temas brasileiros de saudade e fatalismo.

Obra

Para piano solo: Tango Brasileiro (1890); Variações Sinfônicas Sobre um Tema Brasileiro (Vem Cá, Bitú) (1887); Impromptu-Caprice, Opus 1 (1881-1882); Romance Sans Paroles, Opus 4, nº 1; Pensée Fugitive, Opus 4, nº 3; Trois Morceaux Opus 13; Allegro Appassionato Opus 14; Schumannianas. Para orquestra: Suíte Brasileira, com o famoso Samba; Sinfonia em Mi menor; Comala, poema sinfônico; A Cantata. Música de Câmara: Trio, para piano, violino e violoncelo; Reverie, para quarteto de cordas; Fantasia Sobre Motivos do Guarani (1880), para dois pianos.

(figura ao lado: a obra Samba - chamada na forma afrancesada, como hábito na época, de suite brésilienne e danse negre -, editada postumamente em redução para piano, é ilustrada por desenho que reproduz o que seria uma roda de samba no final do século XIX).

Fontes: Prelúdio - Levy; História do Samba - Editora Globo; Fundação Biblioteca Nacional - Alexandre Levy.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Eumir Deodato

Eumir Deodato

Eumir Deodato (Eumir Deodato de Almeida), instrumentista, compositor, arranjador e regente, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 22/6/1943. Já tocava acordeom, quando, aos 14 anos, entrou para a Academia de Mário Mascarenhas, onde estudou música com Hilda Comeira. Dedicando-se também ao piano, começou a participar de concertos e a tocar em bailes, festas de formatura, clubes e boates.

Em 1959 trocou o acordeom pelo piano e passou a fazer parte do conjunto de Roberto Menescal, atuando em shows de bossa-nova, ao mesmo tempo que começou a compor. Durante algum tempo tocou com o guitarrista Durval Ferreira e, em 1962, formou seu próprio conjunto, ao qual Roberto Menescal se integrou.

Tendo deixado o grupo, voltou a fazer arranjos, trabalhando nos primeiros discos de Marcos Valle e no Lobo bobo, primeiro sucesso de Wilson Simonal, tendo sido também arranjador free-lancer e organista exclusivo da Odeon.

Em 1964 fez os arranjos e regencia do LP Inútil paisagem, da etiqueta Forma, apresentando músicas de Tom Jobim, e também gravou o LP Os gatos, lançado pela Philips. Dois anos depois, gravou o LP Os catedráticos/ataque, pela Equipe, com Ataque (de sua autoria) e Razão de viver (com Paulo Sérgio Valle).

Em 1967 foi para New York, EUA, a convite de Luiz Bonfá, para fazer arranjos de um disco seu com Maria Helena Toledo. A seguir, fez os arranjos para o disco Beach samba
de Astrud Gilberto, ocasião em que conheceu Creed Taylor, que lhe confiou seus outros contratados: Tom Jobim, Walter Wanderley, Paul Desmond, Aretha Franklin, Frank Sinatra, Tony Benett, Roberta Flack. Nessa época voltou-se para os estilos fusion e R&B (Rhytlim and Blues). No mesmo período, passou a criar jingles de grande sucesso.

Em 1972 gravou com João Donato o LP Donato/Deodato, considerado um clássico da fusão bossa-nova/latin jazz. Com a etiqueta Equipe lançou, em 1973, os LPs Prelude, no qual fez grande sucesso seu arranjo para Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss (1864—1949), vendendo mais de 5 milhões de cópias; e Os catedráticos/73.

De 1979 a 1983 trabalhou com sucesso com o grupo KooI and The Gang. Em sua carreira artística, já acumulou mais de 15 discos de platina.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Eumir Deodato

Eumir Deodato

Eumir Deodato (Eumir Deodato de Almeida), instrumentista, compositor, arranjador e regente, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 22/6/1943. Já tocava acordeom, quando, aos 14 anos, entrou para a Academia de Mário Mascarenhas, onde estudou música com Hilda Comeira. Dedicando-se também ao piano, começou a participar de concertos e a tocar em bailes, festas de formatura, clubes e boates.

Em 1959 trocou o acordeom pelo piano e passou a fazer parte do conjunto de Roberto Menescal, atuando em shows de bossa-nova, ao mesmo tempo que começou a compor. Durante algum tempo tocou com o guitarrista Durval Ferreira e, em 1962, formou seu próprio conjunto, ao qual Roberto Menescal se integrou.

Tendo deixado o grupo, voltou a fazer arranjos, trabalhando nos primeiros discos de Marcos Valle e no Lobo bobo, primeiro sucesso de Wilson Simonal, tendo sido também arranjador free-lancer e organista exclusivo da Odeon.

Em 1964 fez os arranjos e regencia do LP Inútil paisagem, da etiqueta Forma, apresentando músicas de Tom Jobim, e também gravou o LP Os gatos, lançado pela Philips. Dois anos depois, gravou o LP Os catedráticos/ataque, pela Equipe, com Ataque (de sua autoria) e Razão de viver (com Paulo Sérgio Valle).

Em 1967 foi para New York, EUA, a convite de Luiz Bonfá, para fazer arranjos de um disco seu com Maria Helena Toledo. A seguir, fez os arranjos para o disco Beach samba
de Astrud Gilberto, ocasião em que conheceu Creed Taylor, que lhe confiou seus outros contratados: Tom Jobim, Walter Wanderley, Paul Desmond, Aretha Franklin, Frank Sinatra, Tony Benett, Roberta Flack. Nessa época voltou-se para os estilos fusion e R&B (Rhytlim and Blues). No mesmo período, passou a criar jingles de grande sucesso.

Em 1972 gravou com João Donato o LP Donato/Deodato, considerado um clássico da fusão bossa-nova/latin jazz. Com a etiqueta Equipe lançou, em 1973, os LPs Prelude, no qual fez grande sucesso seu arranjo para Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss (1864—1949), vendendo mais de 5 milhões de cópias; e Os catedráticos/73.

De 1979 a 1983 trabalhou com sucesso com o grupo KooI and The Gang. Em sua carreira artística, já acumulou mais de 15 discos de platina.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Romeu Silva

Romeu Silva, regente, instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 11/02/1893 e faleceu na mesma cida em 01/05/1958. Funcionário dos Correios em 1911, tocava saxofone na orquestra do rancho Ameno Resedá, da quaí foi um dos primeiros integrantes.

Naquele ano atuou ainda na orquestra da Sociedade Dançante Carnavalesca Ninho do Amor, dirigida por Álvaro Sandim, o mesmo maestro que depois foi diretor de harmonia e líder da orquestra do Rancho Flor do Abacate, onde Romeu Silva tocou em 1913.

Dez anos depois integrava um conjunto do maestro Eduardo Souto, que deixou para formar sua própria orquestra, o Jazz-Band Sul-Americano, depois chamado Jazz-Band Sul-Americano Romeu Silva, tocando em festas, cabarés e na sala de espera do Cine Palais.

Gravou seu primeiro disco por volta de 1924, um 76 rpm de gravação mecânica da Odeon, com os maxixes Tênis Clube de Petrópolis (Sílvio de Sousa) e Lolote estrilando (Mário Silva). Por essa época começou a compor maxixes, dois dos quais foram gravados em 1925 com sua orquestra, na Odeon, Fubá e Dor de cabeça.

No mesmo ano obteve do ministro do Exterior Félix Pacheco uma verba para excursionar pela Europa com seu grupo musical, fazendo divulgação do Brasil. Assim, tocou samba, maxixe e frevo durante vários anos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Inglaterra e Itália. No exterior ainda, gravou alguns discos com a famosa cantora Josephine Bake, entre os quais La petite tonkinoise (Vincent Scotts).

Retornando ao Brasil, ficou pouco tempo, seguindo em 1932 para Los Angeles, EUA, acompanhando uma delegação de atletas brasileiros aos Jogos Olímpicos, com a Brazilian Olympic Eand.

Três anos depois, voltou ao país, trazendo vários músicos estrangeiros para sua orquestra, entre os quais o crooner Louis Cole e o sax-alto e clarineta Booker Pittman, contando ainda com Fernando (guitarra), Mário Silva (trompete) e All Pratt (sax-alto), além de Valfrido Silva (baterista). Atuava em cafés, cinemas, teatros e nos cassinos Atlântico e Urca, tendo, pouco depois, acompanhado Carmen Miranda em excursão à Argentina.

Em 1939, foi para os EUA para atuar no Pavilhão Brasileiro da Feira Mundial de New York, levando entre outros Vadico (piano), Zacarias (sax-alto e clarineta), Fernando (guitarra e crooner), Zé Carioca (violão) e Sut (bateria). No ano seguinte, participou de um festival de música brasileira no Museu de Arte Moderna, de New York.

Retornando ao Brasil em fins de 1940, tocou no Cassino da Urca durante seis anos, até seu fechamento. A orquestra foi então desfeita, e ele passou a viver de um emprego no funcionalismo público municipal.

São de sua autoria: Alvinitente, marcha-rancho, 1922; Cousas da moda, maxixe, 1925; Dor de cabeça, maxixe, 1925; Fubá, maxixe, 1925; Glorinha, xótis, 1927; Se papai souber, maxixe-samba, 1927; Tricolor, maxixe, 1927.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora / PubliFolha.

Romeu Silva

Romeu Silva, regente, instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 11/02/1893 e faleceu na mesma cida em 01/05/1958. Funcionário dos Correios em 1911, tocava saxofone na orquestra do rancho Ameno Resedá, da quaí foi um dos primeiros integrantes.

Naquele ano atuou ainda na orquestra da Sociedade Dançante Carnavalesca Ninho do Amor, dirigida por Álvaro Sandim, o mesmo maestro que depois foi diretor de harmonia e líder da orquestra do Rancho Flor do Abacate, onde Romeu Silva tocou em 1913.

Dez anos depois integrava um conjunto do maestro Eduardo Souto, que deixou para formar sua própria orquestra, o Jazz-Band Sul-Americano, depois chamado Jazz-Band Sul-Americano Romeu Silva, tocando em festas, cabarés e na sala de espera do Cine Palais.

Gravou seu primeiro disco por volta de 1924, um 76 rpm de gravação mecânica da Odeon, com os maxixes Tênis Clube de Petrópolis (Sílvio de Sousa) e Lolote estrilando (Mário Silva). Por essa época começou a compor maxixes, dois dos quais foram gravados em 1925 com sua orquestra, na Odeon, Fubá e Dor de cabeça.

No mesmo ano obteve do ministro do Exterior Félix Pacheco uma verba para excursionar pela Europa com seu grupo musical, fazendo divulgação do Brasil. Assim, tocou samba, maxixe e frevo durante vários anos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Inglaterra e Itália. No exterior ainda, gravou alguns discos com a famosa cantora Josephine Bake, entre os quais La petite tonkinoise (Vincent Scotts).

Retornando ao Brasil, ficou pouco tempo, seguindo em 1932 para Los Angeles, EUA, acompanhando uma delegação de atletas brasileiros aos Jogos Olímpicos, com a Brazilian Olympic Eand.

Três anos depois, voltou ao país, trazendo vários músicos estrangeiros para sua orquestra, entre os quais o crooner Louis Cole e o sax-alto e clarineta Booker Pittman, contando ainda com Fernando (guitarra), Mário Silva (trompete) e All Pratt (sax-alto), além de Valfrido Silva (baterista). Atuava em cafés, cinemas, teatros e nos cassinos Atlântico e Urca, tendo, pouco depois, acompanhado Carmen Miranda em excursão à Argentina.

Em 1939, foi para os EUA para atuar no Pavilhão Brasileiro da Feira Mundial de New York, levando entre outros Vadico (piano), Zacarias (sax-alto e clarineta), Fernando (guitarra e crooner), Zé Carioca (violão) e Sut (bateria). No ano seguinte, participou de um festival de música brasileira no Museu de Arte Moderna, de New York.

Retornando ao Brasil em fins de 1940, tocou no Cassino da Urca durante seis anos, até seu fechamento. A orquestra foi então desfeita, e ele passou a viver de um emprego no funcionalismo público municipal.

São de sua autoria: Alvinitente, marcha-rancho, 1922; Cousas da moda, maxixe, 1925; Dor de cabeça, maxixe, 1925; Fubá, maxixe, 1925; Glorinha, xótis, 1927; Se papai souber, maxixe-samba, 1927; Tricolor, maxixe, 1927.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora / PubliFolha.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nelson Ayres

Nelson Ayres (Nelson Luís Ayres de Almeida Filho), pianista, arranjador, compositor e maestro, nasceu em São Paulo-SP em 14/01/1947. Atuou ou gravou com Dizzy Gillespie, Benny Carter, Milton Nascimento, César Camargo Mariano, Chico Buarque, Dori Caymmi e Nana Caymmi, entre outros.

Como diretor musical, compositor, e arranjador de peças de teatro e balés (Cidadão Corpo, de Ivaldo Bertazzo), Ayres foi premiado várias vezes. Ele também já tinha trabalhado como arranjador e maestro da Orquestra Jazz Sinfônica.

Filho de pianista, ele se tornou fascinado por Luiz Gonzaga aos cinco anos, quando foi presenteado com seu primeiro instrumento, um acordeão. Aos doze, quando se matriculou no conservatório de São Paulo, ele optou pelo piano, nunca seguindo o rígido aprendizado clássico. Mesmo quando estudou com Paul Ursbach de 1959 até 1962, continuou no mesmo ritmo.

Em 1961 passou a integrar a São Paulo Dixieland Band onde permaneceu até 1968; antes participou da gravação do álbum da banda em 1963. Ele começou sua carreira como arranjador de canto vocal em 1968 e foi diretor musical da peça Chiclete com Banana (dirigido por Augusto Boal).

Em 1969, ele foi para o EUA estudar na Berklee School em Boston; junto com Victor Assis Brasil: os dois foram pioneiros. Ele trabalhou como pianista e arranjador acompanhando Astrud Gilberto e trabalhou na banda de Airto Moreira nos shows ao vivo e na gravação do álbum Free. Voltando de Berklee, ele foi procurado por músicos profissionais como Hector Costita, Amílson Godoy e Roberto Sion que estavam ansiosos para adquirir informações de jazz, numa época em que o jazz não era popular nas escolas de música no Brasil.

Os encontros informais renderam arranjos escritos e improvisações; daí surgiu a Nelson Ayres Big Band, composta por cinco saxes, quatro trompetes, e quatro trombones. Eles ensaiaram uma vez por semana no bar Opus 2000 até que a banda ganhou entrosamento e repertório. A banda permaneceu ativa durante oito anos, de 1973 a 1981.

Ao mesmo tempo, ele e outros integrantes da banda começaram a ensinar na Fundação de Artes de São Caetano, de onde vários estudantes membros da futura Banda Mantiqueira. O arranjo dele para Como" um Ladrão (Carlinhos Vergueiro) ganhou lugar primeiro no Festival Abertura (Rede Globo).

Ayres gravou seu primeiro álbum solo em 1979 na série MPBC da Philips. No mesmo ano, ele coordenou e atuou no I Festival de Jazz de São Paulo. Dois anos depois, ele gravou um segundo álbum solo, Mantiqueira" pelo Som da Gente.

Quando ainda trabalhava com a big band, Ayres tinha que lidar com os problemas comuns de um grupo com muitos músicos, havendo muitas ausências e substituições. A solução foi montar um conjunto menor, se juntando a Rodolfo Stroeter (baixo) e Azael Rodrigues (bateria), no bar Lei Seca em São Paulo, refúgio de boêmios e músicos. Logo Roberto Sion(sax) se uniu ao grupo e Hector Costita veio logo depois. Então, eles decidiram assumir o grupo, criando a banda “Pau Brasil”, nome dado por Rodolfo em razão do Manifesto antropofágico de Oswald de Andrade.

Enquanto os grupos instrumentais brasileiros estavam influenciados por um jazz pop, o Banda Pau Brasil investiu dentro da música brasileira. A banda gravou três álbuns e antes de Ayres sair, eles excursionaram pela Europa e Japão.

Em 1985, Ayres foi convidado por César Camargo Mariano a fazer parte do projeto Prisma, que consistia em ter dois tecladistas à frente de enorme parafernália eletrônica. Foi a primeira iniciativa nesse sentido no Brasil, fazendo com que excursionassem pelo país durante dois anos.

Em 1998, Ayres presidiu o júri do Primeiro Prêmio de Visa de Música Instrumental, que teve como vencedores André Mehmari e Célio Barros. Desde 1992, Nelson Ayres tem sido o maestro e o diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Nelson Ayres / Clube de Jazz.

Nelson Ayres

Nelson Ayres (Nelson Luís Ayres de Almeida Filho), pianista, arranjador, compositor e maestro, nasceu em São Paulo-SP em 14/01/1947. Atuou ou gravou com Dizzy Gillespie, Benny Carter, Milton Nascimento, César Camargo Mariano, Chico Buarque, Dori Caymmi e Nana Caymmi, entre outros.

Como diretor musical, compositor, e arranjador de peças de teatro e balés (Cidadão Corpo, de Ivaldo Bertazzo), Ayres foi premiado várias vezes. Ele também já tinha trabalhado como arranjador e maestro da Orquestra Jazz Sinfônica.

Filho de pianista, ele se tornou fascinado por Luiz Gonzaga aos cinco anos, quando foi presenteado com seu primeiro instrumento, um acordeão. Aos doze, quando se matriculou no conservatório de São Paulo, ele optou pelo piano, nunca seguindo o rígido aprendizado clássico. Mesmo quando estudou com Paul Ursbach de 1959 até 1962, continuou no mesmo ritmo.

Em 1961 passou a integrar a São Paulo Dixieland Band onde permaneceu até 1968; antes participou da gravação do álbum da banda em 1963. Ele começou sua carreira como arranjador de canto vocal em 1968 e foi diretor musical da peça Chiclete com Banana (dirigido por Augusto Boal).

Em 1969, ele foi para o EUA estudar na Berklee School em Boston; junto com Victor Assis Brasil: os dois foram pioneiros. Ele trabalhou como pianista e arranjador acompanhando Astrud Gilberto e trabalhou na banda de Airto Moreira nos shows ao vivo e na gravação do álbum Free. Voltando de Berklee, ele foi procurado por músicos profissionais como Hector Costita, Amílson Godoy e Roberto Sion que estavam ansiosos para adquirir informações de jazz, numa época em que o jazz não era popular nas escolas de música no Brasil.

Os encontros informais renderam arranjos escritos e improvisações; daí surgiu a Nelson Ayres Big Band, composta por cinco saxes, quatro trompetes, e quatro trombones. Eles ensaiaram uma vez por semana no bar Opus 2000 até que a banda ganhou entrosamento e repertório. A banda permaneceu ativa durante oito anos, de 1973 a 1981.

Ao mesmo tempo, ele e outros integrantes da banda começaram a ensinar na Fundação de Artes de São Caetano, de onde vários estudantes membros da futura Banda Mantiqueira. O arranjo dele para Como" um Ladrão (Carlinhos Vergueiro) ganhou lugar primeiro no Festival Abertura (Rede Globo).

Ayres gravou seu primeiro álbum solo em 1979 na série MPBC da Philips. No mesmo ano, ele coordenou e atuou no I Festival de Jazz de São Paulo. Dois anos depois, ele gravou um segundo álbum solo, Mantiqueira" pelo Som da Gente.

Quando ainda trabalhava com a big band, Ayres tinha que lidar com os problemas comuns de um grupo com muitos músicos, havendo muitas ausências e substituições. A solução foi montar um conjunto menor, se juntando a Rodolfo Stroeter (baixo) e Azael Rodrigues (bateria), no bar Lei Seca em São Paulo, refúgio de boêmios e músicos. Logo Roberto Sion(sax) se uniu ao grupo e Hector Costita veio logo depois. Então, eles decidiram assumir o grupo, criando a banda “Pau Brasil”, nome dado por Rodolfo em razão do Manifesto antropofágico de Oswald de Andrade.

Enquanto os grupos instrumentais brasileiros estavam influenciados por um jazz pop, o Banda Pau Brasil investiu dentro da música brasileira. A banda gravou três álbuns e antes de Ayres sair, eles excursionaram pela Europa e Japão.

Em 1985, Ayres foi convidado por César Camargo Mariano a fazer parte do projeto Prisma, que consistia em ter dois tecladistas à frente de enorme parafernália eletrônica. Foi a primeira iniciativa nesse sentido no Brasil, fazendo com que excursionassem pelo país durante dois anos.

Em 1998, Ayres presidiu o júri do Primeiro Prêmio de Visa de Música Instrumental, que teve como vencedores André Mehmari e Célio Barros. Desde 1992, Nelson Ayres tem sido o maestro e o diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Nelson Ayres / Clube de Jazz.

domingo, 18 de novembro de 2007

Carramona

Albertino Ignácio Pimentel, instrumentista, regente e compositor (Rio de Janeiro RJ 12/4/1874 – id. 6/8/1929), foi o primeiro mestre militar da Banda de Música do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, substituiu o maestro Agostinho Luiz de Gouvêa. Amigo particular de Anacleto de Medeiros e de Agostinho Pereira, fazia parte de orquestras e bandas civis do Rio de Janeiro.

Naquele tempo o chamavam de Carramona, alguns pesquisadores dizem que era apelido, hoje, esclarecemos que seu nome verdadeiro era Albertino Pimentel Carramona, e quando já estava no Corpo de Bombeiros, no boletim de 20 de novembro de 1903, pela ordem do dia Nº 116, foi mandando retificar em seus assentamentos, o nome de Albertino Pimentel Carramona, para Albertino Ignácio Pimentel.

Segundo o livro de Ary Vasconcelos, Albertino foi aprendiz dos Meninos Desvalidos de Vila Isabel, onde naturalmente aprendeu a tocar seu instrumento, que o faria mais tarde um dos maiores trompetistas e compositores do Rio de Janeiro.

Foi protegido pela Princesa Isabel, pois estando a Banda dos Meninos Desvalidos tocando um dia no Palácio Guanabara, a princesa ficou encantada pelo solo de trompete, mandado vir a sua presença, notou que ele tinha uma das vistas vazadas, que muito sentiu, e ordenou que fosse apresentado a um oculista que colocou uma prótese tão perfeita, que não se notava o defeito.

Na Banda do Corpo de Bombeiros, como dito anteriormente, realizou sua grande obra. No meio civil, em sua época, foi um grande compositor, com várias músicas gravadas, muitas destas composições com letras de Catulo da Paixão Cearense.

Faleceu no posto de segundo-tenente reformado da Banda do Corpo de Bombeiros. Deixou produção volumosa, especialmente polcas, que depois foram incorporadas ao repertório dos choros.

Alexandre Gonçalves Pinto fala ainda em seu livro O Choro: "Carramona mostrou competência e saber de um verdadeiro artista, seguindo com capacidade e respeito o querido amigo Anacleto. Tornando-se um exímio professor, compositor, e continuador do seu inesquecível mestre, tendo-lhe substituído no nível de igualdade. As músicas de Carramona, são disputadas pelo valor de elevada inspiração".



Obra

Albertina, polca, s.d.; Ameno Resedá, polca, s.d.; Amorosa, xótis, s.d.; Araci, valsa, s.d.; Arisca, xótis, s.d.; Arrufos, polca, s.d.; Botão de rosa, xótis, s.d.; Carnavalesca, polca, s.d.; Catita, valsa, s.d.; Cavação, polca, s.d.; Chininha, polca, s.d.; Choques e cheques, polca, s.d.; Chora, Jesus, polca, s.d.; Colúmbia, dobrado, s.d.; Coralina, polca, s.d.; Deixe-me viver, polca, s.d.; Dengos de moça, xótis, s.d.; Dezenove de abril, xótis, s.d.; Diva, polca, s.d.; Diva, valsa, s.d.; Emilia, gavota, s.d.; Encantadora, mazurca, s.d.; Espumas, valsa, s.d.; Esquecida polca, s.d.; Fagulhas, polca, s.d.; Fantasia ao luar (ou Templo ideal, c/versos de Catulo da Paixão Cearense), polca, s.d.; Felicidade, polca, s.d.; Os filhos da noite, polca, s.d.; Fio de ouro, polca, s.d.; Fogo vivo, polca, s.d.; Garbo e civismo, dobrado, s.d.; Gaúcho (ou Ondas, c/versos de Catulo da Paixão Cearense), tango, s.d.; Gueixas, xótis, s.d.; Helena, polca, s.d.; Iracema, polca, s.d.; Joaninha, polca, s.d.; Jorge, dobrado, s.d.; Juçara, polca, s.d.; Jurandi, polca, s.d.; Jurema, polca, s.d.; Lágrimas sinceras, valsa, s.d.; Marfisa, valsa, s.d.; Marília, polca, s.d.; Marília, xótis, s.d.; As mariposas, polca, s.d.; Mas que pagode, polca, s.d.; Meiga, polca, s.d.; Monteiro no sarilho, polca, s.d.; Morrer contente, polca, s.d.; Nanazinha, valsa, s.d.; Não perca a cabeça, polca, s.d.; Noêmia, tango, s.d.; Nonô, polca, s.d.; Olhos furtivos, polca, s.d.; Ouve as minhas súplicas, xótis, s.d.; Pairando no azul, valsa, s.d.; Patuscada, polca, s.d.; A pequena Maria, polca, s.d.; Pérola, polca, s.d.; Raios de luar, valsa, s.d.; Recordações de Lili, valsa, s.d.; Recordações de Paquetá, polca, s.d.; Recorda-te, valsa, s.d.; Sacuda-se, tango, s.d.; Saudades de Luísa, valsa, s.d.; Saudades do Anacleto, dobrado, s.d.; Sempre chegou, xótis, s.d.; A sombra da floresta, polca, s.d.; Sonhando, valsa, s.d.; O Sousa brincando, polca, s.d.; Suavidade, valsa, s.d.; Sugestiva, valsa, s.d.; Tapir, xótis, s.d.; Tinguagiva, polca, s.d.; Tiririca, polca, s.d.; Vaga-lume, paso-doble, s.d.; Yvette (suíte), valsa, s.d.

Fontes: Banda Maravilhosa de Luiz Viana; Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Moacir Santos

Moacir Santos Opus3_No1

Moacir Santos (Moacir José dos Santos), regente, arranjador, instrumentista, professor e compositor, nasceu em Vila Bela, Pernambuco, em 8/4/1924. Criado em Flores do Pajeú (PE), recebeu as primeiras noções de teoria musical do Mestre Paixão, iniciando carreira como instrumentista da banda local.

Em 1940 deixou a cidade e passou a acompanhar um circo pela região. Em seguida, passou pelas cidades de Recife (PE), Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB), onde ingressou na Força Pública da Paraíba. Pouco depois, abandonou a carreira militar e passou a trabalhar na Rádio Clube de Pernambuco.

Em 1948 foi para o Rio de Janeiro, onde começou a tocar no clube Brasil Danças. Logo entrou para a orquestra da Rádio Nacional, na qual permaneceu por 18 anos, primeiro como saxofonista e depois como maestro e arranjador. Nesse período, estudou teoria musical com o maestro Guerra-Peixe e com o professor Hans Joachim Koellreutter de quem se tornou assistente.

Na década de 1950, firmou-se como um dos principais arranjadores do Brasil. Foi professor de Paulo Moura, Baden Powell, Nara Leão, Eumir Deodato, Dom Um, Airto Moreira, entre outros.

Em 1963 realizou os arranjos do disco Vinícius de Moraes e Odete Lara. Em 1965 lançou seu primeiro disco no Brasil: Coisas.

No final dos anos de 1960, pela trilha do filme Amor no Pacífico, recebeu do Itamaraty uma passagem para os EUA Fixou residência em Pasadena, onde deu aulas e tocou até ser descoberto pelo pianista Horace Silver, quando então passou a gravar para o mercado norte-americano: The Maestro (1971), Saudade (1973) e Carnaval dos espíritos (1975), todos pela etiqueta Blue Note, além de Opus 12 nr.1, pela Discovery.

Em 1985 esteve no Brasil e, com Radamés Gnattali, foi homenageado no Free Jazz Festival. Em 1992 esteve novamente no Brasil, participando do projeto Memória Brasileira, Série Arranjadores, lançado em CD.

Entre suas principais composições destacam-se Nanã (com Mário Teles), Coisas (nr.1 a 12), e, em parceria com Vinícius de Moraes, Menino travesso, Triste de quem, Lembre-se e Se você disser que sim.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.