quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quero-te cada vez mais

Quero-te cada vez mais (valsa, 1937) - João de Freitas e Zeca Ivo
Augusto Calheiros

Zeca Ivo compõe em 1936, com João de Freitas, a valsa Quero-te cada vez mais, gravada pelo cantor Augusto Calheiros, grande sucesso do ano de 1937.

Título da música: Quero-te cada vez mais / Gênero musical: Valsa / Intérprete: Calheiros, Augusto / Compositores: Freitas, José Benedito de - Zeca Ivo / Gravadora Odeon / Número do Álbum 11456 / Data de Gravação 00/1936 / Data de Lançamento 00/1937 / Lado: lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm :


Quero-te cada vez mais
(Ò meu amor)
A minha vida consiste só
Em te adorar, em te beijar
És o meu rimar, meu prazer
A razão de todo o meu viver
(Meu bem querer)........

Quero-te cada vez mais

Quero-te cada vez mais (valsa, 1937) - João de Freitas e Zeca Ivo
Augusto Calheiros

Zeca Ivo compõe em 1936, com João de Freitas, a valsa Quero-te cada vez mais, gravada pelo cantor Augusto Calheiros, grande sucesso do ano de 1937.

Título da música: Quero-te cada vez mais / Gênero musical: Valsa / Intérprete: Calheiros, Augusto / Compositores: Freitas, José Benedito de - Zeca Ivo / Gravadora Odeon / Número do Álbum 11456 / Data de Gravação 00/1936 / Data de Lançamento 00/1937 / Lado: lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm :


Quero-te cada vez mais
(Ò meu amor)
A minha vida consiste só
Em te adorar, em te beijar
És o meu rimar, meu prazer
A razão de todo o meu viver
(Meu bem querer)........

Reflorir da minha vida

Francisco Alves
Reflorir da minha vida (canção, 1936) - Saint-Clair Sena

Título da música: Reflorir da minha vida / Gênero musical: Seresta / Intérprete: Francisco Alves / Compositor(es) Sena, Saint Clair / Gravadora Victor / Número do Álbum 34069 / Data de Gravação 00/1936 / Data de Lançamento 00/1936 / Lado: lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Adeus mágoa de dores
Já desprezei o meu passado de tristezas
Em ti vejo o meu sonho
O sonho novo de amor e sutilezas

Ò vem para o amor
Deixo o passado num sorriso que findou
Reguei um dia os lábios da flor
No sonho que passou

És o reflorir da minha vida
És o mater de toda a minha inspiração
És a esperança que me embala o coração
Num lindo berço
Feito de arminho da ilusão

E num só beijo teu guardar eu quero
Todo prazer que tive então ao te beijar
Pra na saudade sentir o íntimo desejo
E provar sempre dos lábios teus
O outro beijo

Reflorir da minha vida

Francisco Alves
Reflorir da minha vida (canção, 1936) - Saint-Clair Sena

Título da música: Reflorir da minha vida / Gênero musical: Seresta / Intérprete: Francisco Alves / Compositor(es) Sena, Saint Clair / Gravadora Victor / Número do Álbum 34069 / Data de Gravação 00/1936 / Data de Lançamento 00/1936 / Lado: lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Adeus mágoa de dores
Já desprezei o meu passado de tristezas
Em ti vejo o meu sonho
O sonho novo de amor e sutilezas

Ò vem para o amor
Deixo o passado num sorriso que findou
Reguei um dia os lábios da flor
No sonho que passou

És o reflorir da minha vida
És o mater de toda a minha inspiração
És a esperança que me embala o coração
Num lindo berço
Feito de arminho da ilusão

E num só beijo teu guardar eu quero
Todo prazer que tive então ao te beijar
Pra na saudade sentir o íntimo desejo
E provar sempre dos lábios teus
O outro beijo

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Despertar do Sertão

 Despertar do Sertão (canção, 1955) - Elpídio dos Santos e Pádua Muniz

A barulheira incessante da cascata
Um sabiá cantando alegre lá na mata
O sol que nasce por de trás do verde monte
Unindo a terra com o céu, no horizonte
A natureza sempre alegre e tão festiva
Num prazer ruidoso, comunicativa
O arvoredo com a música dos ninhos
Forma um poema à beira dos caminhos.

Ai, ai, ai
Mas como é lindo o despertar do meu sertão
Ai, ai, ai,
Benção Nhá Mãe, Benção Nhô Pai,
Bom dia irmão!

Já é manhã, as aves enamoradas
Falam de amores no alto das ramadas
O caboclo, ligeiro deixa a palhoça
Pega na enxada e vai cuidar da sua roça
A caboclinha tão bonita, um coração
Corre toda aflita cuidar da criação
Tudo se agita em doce harmonia
Assim no meu sertão começa um novo dia.

Ai, ai, ai
Mas como é lindo o despertar do meu sertão
Ai, ai, ai
Benção Nhá Mãe, Benção Nhô Pai
Bom dia irmão!

Galanteios e milongagens

Galanteios e milongagens

1
Tua carinha mimosa,
Teu corpinho delicado
Os teus olhos feiticeiros
Me trazem abichornado.

2
Neste capão tem um bicho
Que se chama solidão
Junto dele mora um anjo
Que roubou meu coração.

3
Lá no arroio está chovendo,
No capão está trovejando
Por via daquela ingrata,
Meu coração está penando.

4
Toda volta dos arroios
Procura o seu natural;
Não sei que voltas darei
Que tu não leves a mal

5
Eu pedi a uma morena
Que me desse uma boquinha
A chinoca respondeu:
- Esta boca não é minha

6
Um beijo, quando é bem dado,
Daqueles que eu dava e dou,
Faz uma amante dizer:
— Mais outro, que esse mermou.

7
Touro xucro e cupinudo,
Sozinho tenho matado;
Só não pude inda vencer
Quem me traz todo enredado.

8
Quando estou longe de ti
E dói-me a separação,
Começo logo a berrar
Como um terneiro mamão.

9
Quando passas nas coxilhas,
As ancas se boleando,
Até as folhas ,e flores
Vão todas se requebrando.

10
O veado quando corre
Deita a orelha e vai pulando;
Meu amor, quando me enxerga,
Vem toda se requebrando

11
Assim que te vi, chinoca,
Fiquei te querendo bem,
E ando de boca fechada,
Sem dizer nada a ninguém.

12
A açucena quando nasce
Toma conta do jardim;
Também eu ando campeando
Quem tome conta de mim.

13
Adeus, meus amados pagos
Lugar onde eu passeava,
Vivia alegre e contente
Quando com meu bem estava.

14
Estou me lembrando agora
Dos pagos do meu rincão;
Amores que foram meus,
Agora de quem serão?

15
As correntezas do rio
Torcem os paus da balsa;
Tu também és inconstante
E, como as águas, és falsa.

16
Papagaio, pena verde,
Dos encontros cobrados;
Meu amor, diz se me queres,
Não me tragas enganado.

17
Andorinha do coqueiro,
Dá-me novas do meu bem,
Diz-me se é vivo ou morto,
Se está nos braços de alguém.

18
Em cima daquele cerro
Tem uma sela dourada
Para assentar meu amor
Com divisa cobrada.

19
Eu vivo tão preso ao laço
Do amor, que tu me atiras,
Que me parecem teus braços
Palanques de guajuvira!

20
Quando eu vim de lá de fora,
Oito dias de viagem;
Trocar um amor por outro?
Eu não tenho essa coragem.

21
És branca como jasmim,
Cobrada como a rosa;
Por teu amor eu daria
Minha terneira barrosa.

22
No oco de uma figueira
Achei um ninho de anu;
Para negar o que fazes,
Ninguém melhor do que tu.

23
O aguapé da Lagoa
Floresce da cor do luto;
Se é por ti que ando chorando,
Como tens o rosto enxuto?

24
Tenho o meu laço de fita
E as minhas bolas de prata;
Pois nem assim eu pealo
O coração desta ingrata.

25
Já não ando enrabichado,
Não arrasto o meu cambão;
Aos bamburrais da tristeza
Foi-se o pobre coração.

Fontes: Jangada Brasil / (Lopes Neto, João Simões. Cancioneiro gaúcho, p.111-115).

Valsa verde

Capiba
Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (Surubim PE 28/10/1904 - Recife PE 31/12/1997), filho de um mestre de banda, viveu e respirou música desde a infância. Começou a trabalhar como pianista, ainda garoto em Campina Grande-PB. Depois de uns poucos anos em João Pessoa, onde completou o curso médio, e também trabalhou como músico.

Foi morar no Recife em 1930, quando passou num concurso para o Banco do Brasil, emprego que lhe daria segurança econômica para dar vazão ao seu enorme talento como compositor.

Em 1931 teve seu nome reconhecido como compositor, e músico da Jazz Band Acadêmica, na capital pernambucana, com Valsa verde (feita em parceria com Ferreira dos Santos).

Valsa verde (valsa, 1932) - Capiba (música) e Ferreira dos Santos (letra) - Interpretação de Paulinho da Viola e acompanhamento de Raphael Rabello:


Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Pelos meus olhos tristes
Nunca percebia
Não sei quem és e te recordo
E te desejo tanto
Pra ilusão de minha vida...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Que o meu sonho de amor
De verde iluminou
Depois o anseio
Que em mim ficou...

E a minha vida desde então
Se transformou pela ilusão
Do teu olhar
Foste a quimera que fugiu
Deixando em mim como perfume
De um amor cruel
Que no meu tristonho coração
Fez palpitar a canção verde
Dessa ilusão que eu quis compor
Pensando em ti, pensando em ti
No meu amor, sim
No nosso amor...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Pelos meus olhos tristes
Nunca percebia
Não sei quem és
E te recordo
E te desejo tanto
Para a ilusão de minha vida...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Que o meu sonho de amor
De verde iluminou
Depois o anseio
Que em mim ficou...

Valsa verde

Capiba
Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (Surubim PE 28/10/1904 - Recife PE 31/12/1997), filho de um mestre de banda, viveu e respirou música desde a infância. Começou a trabalhar como pianista, ainda garoto em Campina Grande-PB. Depois de uns poucos anos em João Pessoa, onde completou o curso médio, e também trabalhou como músico.

Foi morar no Recife em 1930, quando passou num concurso para o Banco do Brasil, emprego que lhe daria segurança econômica para dar vazão ao seu enorme talento como compositor.

Em 1931 teve seu nome reconhecido como compositor, e músico da Jazz Band Acadêmica, na capital pernambucana, com Valsa verde (feita em parceria com Ferreira dos Santos).

Valsa verde (valsa, 1932) - Capiba (música) e Ferreira dos Santos (letra) - Interpretação de Paulinho da Viola e acompanhamento de Raphael Rabello:


Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Pelos meus olhos tristes
Nunca percebia
Não sei quem és e te recordo
E te desejo tanto
Pra ilusão de minha vida...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Que o meu sonho de amor
De verde iluminou
Depois o anseio
Que em mim ficou...

E a minha vida desde então
Se transformou pela ilusão
Do teu olhar
Foste a quimera que fugiu
Deixando em mim como perfume
De um amor cruel
Que no meu tristonho coração
Fez palpitar a canção verde
Dessa ilusão que eu quis compor
Pensando em ti, pensando em ti
No meu amor, sim
No nosso amor...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Pelos meus olhos tristes
Nunca percebia
Não sei quem és
E te recordo
E te desejo tanto
Para a ilusão de minha vida...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Que o meu sonho de amor
De verde iluminou
Depois o anseio
Que em mim ficou...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Saxofone por que choras?

Saxofone por que choras? (choro, 1930) - Severino Rangel de Carvalho

Em 1930, depois de uma excursão pelo interior com o poeta e folclorista Cornélio Pires, Severino Rangel de Carvalho, o Ratinho da dupla Jararaca e Ratinho, gravou ao saxofone alguns choros e valsas de sua autoria, entre os quais Saxofone, por que choras, Guriatã de coqueiro, Cenira, Eu e eles.

Título da música: Saxofone por que choras ? / Gênero musical: Choro / Intérprete: Ratinho / Compositor: Ratinho / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10656 / Data de Gravação 00/1930 / Data de Lançamento 00/1930 / Lado: lado B / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm: 

Saxofone por que choras?

Saxofone por que choras? (choro, 1930) - Severino Rangel de Carvalho

Em 1930, depois de uma excursão pelo interior com o poeta e folclorista Cornélio Pires, Severino Rangel de Carvalho, o Ratinho da dupla Jararaca e Ratinho, gravou ao saxofone alguns choros e valsas de sua autoria, entre os quais Saxofone, por que choras, Guriatã de coqueiro, Cenira, Eu e eles.

Título da música: Saxofone por que choras ? / Gênero musical: Choro / Intérprete: Ratinho / Compositor: Ratinho / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10656 / Data de Gravação 00/1930 / Data de Lançamento 00/1930 / Lado: lado B / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm: 

Dona Antonha


Dona Antonha (marcha/carnaval, 1930) - João de Barro

Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, compositor, cineasta, dublador e cantor (Rio de Janeiro, RJ 29/3/1907 - 24/12/2006),  cantava desde criança, acompanhado ao piano pela avó. Fez seus primeiros estudos em escola pública, de onde foi para o Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, e depois para o Colégio Batista, ali formando com os colegas um conjunto musical, o Flor do Tempo, onde adotou o pseudônimo de "João de Barro".

Ao se profissionalizar, o grupo alterou sua formação e nome, surgindo o Bando de Tangarás, ao qual aderiu outro morador de Vila Isabel, o jovem Noel Rosa.

Após realizar várias gravações com o grupo, Braguinha estreou em disco como solista em 1931, interpretando duas composições de Lamartine Babo, Cor de prata e Minha cabrocha. Logo depois, desistiu da carreira de cantor, já tendo estreado como compositor, com Dona Antonha,  marcha gravada por Almirante para o Carnaval de 1930, pela Parlophon: "Ó dona Antonha...! / Ó dona Antonha...! / Tu tá ficando / Mas é mesmo sem-vergonha!..."..

Título da música: Dona antonha / Gênero musical: Marcha carnavalesca / Intérpretes: Bando de Tangarás / Vocal: João de Barro / Compositor(es) João de Barro / Gravadora Parlophon / Número do Álbum: 13108 / Data da gravação: 29/1/1930 / Lado A / Rotações Disco 78 rpm:

Dona Antonha


Dona Antonha (marcha/carnaval, 1930) - João de Barro

Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, compositor, cineasta, dublador e cantor (Rio de Janeiro, RJ 29/3/1907 - 24/12/2006),  cantava desde criança, acompanhado ao piano pela avó. Fez seus primeiros estudos em escola pública, de onde foi para o Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, e depois para o Colégio Batista, ali formando com os colegas um conjunto musical, o Flor do Tempo, onde adotou o pseudônimo de "João de Barro".

Ao se profissionalizar, o grupo alterou sua formação e nome, surgindo o Bando de Tangarás, ao qual aderiu outro morador de Vila Isabel, o jovem Noel Rosa.

Após realizar várias gravações com o grupo, Braguinha estreou em disco como solista em 1931, interpretando duas composições de Lamartine Babo, Cor de prata e Minha cabrocha. Logo depois, desistiu da carreira de cantor, já tendo estreado como compositor, com Dona Antonha,  marcha gravada por Almirante para o Carnaval de 1930, pela Parlophon: "Ó dona Antonha...! / Ó dona Antonha...! / Tu tá ficando / Mas é mesmo sem-vergonha!..."..

Título da música: Dona antonha / Gênero musical: Marcha carnavalesca / Intérpretes: Bando de Tangarás / Vocal: João de Barro / Compositor(es) João de Barro / Gravadora Parlophon / Número do Álbum: 13108 / Data da gravação: 29/1/1930 / Lado A / Rotações Disco 78 rpm:

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Zomba

Araci Cortes
Zomba (samba, 1929) - Francisco Alves e Luís Iglesias

Título da música: Zomba / Gênero musical: Samba / Intérprete: Araci Cortes / Compositor(es) Alves, Francisco / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10446 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado B / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Zomba... zomba...
Quando vem chorar alguém
Mas um dia Deus castiga
Faz a gente amar também
O amor custa, mas vem...

Fui à Bahia
Ver o Senhor do Bomfim
Feitiço das baianas,
Mal cheguei, pegou em mim.

Gente danada
Pra fazer sofrer de amor
Com certeza foi castigo
Que me deu Nosso Senhor!

Zomba

Araci Cortes
Zomba (samba, 1929) - Francisco Alves e Luís Iglesias

Título da música: Zomba / Gênero musical: Samba / Intérprete: Araci Cortes / Compositor(es) Alves, Francisco / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10446 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado B / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Zomba... zomba...
Quando vem chorar alguém
Mas um dia Deus castiga
Faz a gente amar também
O amor custa, mas vem...

Fui à Bahia
Ver o Senhor do Bomfim
Feitiço das baianas,
Mal cheguei, pegou em mim.

Gente danada
Pra fazer sofrer de amor
Com certeza foi castigo
Que me deu Nosso Senhor!

Vadiagem

Mário Reis
Vadiagem (samba/carnaval, 1929) - Francisco Alves

Título da música: Vadiagem / Gênero musical: Samba / Intérprete: Mário Reis / Compositor: Alves, Francisco / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10307 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


A vadiagem eu deixei
Não quero mais saber
Arranjei outra vida
Porque deste modo não se pode viver

Eu deixei a vadiagem
Para ser trabalhador
Os malandros de hoje em dia
Não se pode dar valor

Ora, meu bem
Diga tudo que quiser
Eu deixo de ser vadio
Por causa de uma mulher

Quando eu saio do trabalho
Pensativo no caminho
Que saudade do meu tempo
Que saudade do meu pinho

Mas chego em casa
É carinho sem ter fim
Vale a pena ser honesto
Pra poder viver assim

Vadiagem

Mário Reis
Vadiagem (samba/carnaval, 1929) - Francisco Alves

Título da música: Vadiagem / Gênero musical: Samba / Intérprete: Mário Reis / Compositor: Alves, Francisco / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10307 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


A vadiagem eu deixei
Não quero mais saber
Arranjei outra vida
Porque deste modo não se pode viver

Eu deixei a vadiagem
Para ser trabalhador
Os malandros de hoje em dia
Não se pode dar valor

Ora, meu bem
Diga tudo que quiser
Eu deixo de ser vadio
Por causa de uma mulher

Quando eu saio do trabalho
Pensativo no caminho
Que saudade do meu tempo
Que saudade do meu pinho

Mas chego em casa
É carinho sem ter fim
Vale a pena ser honesto
Pra poder viver assim

Tu qué tomá meu nome

Araci Cortes
Tu qué tomá meu nome (samba, 1929) -  Ary Barroso e Olegário Mariano

Título da música: Tu qué tomá meu nome / Gênero musical: Samba / Intérprete: Araci Cortes / Compositores:  Barroso, Ary - Mariano, Olegário / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10446 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Por Deus, me deixa sossegado
Tu que tomou meu nome
Mas meu nome eu não te dou
Eu gosto é de levar pancada
E até de passar fome

Por amor do meu amor
Pra esse home eu esquecer
Estou dando pra beber
Estou dando pra roubar
Se a polícia me prender

Já sei que foi você
Que foi me denunciar

Não faz isso assim, não
Tenha compaixão, sim
Não queira me encrencar
Mulher malvada e má
Você me deixa a vida desgraçada

Não faz isso assim, não
Tenha compaixão, sim
Não queira me encrencar
Nem me prender, porque

Tu qué tomá meu nome

Araci Cortes
Tu qué tomá meu nome (samba, 1929) -  Ary Barroso e Olegário Mariano

Título da música: Tu qué tomá meu nome / Gênero musical: Samba / Intérprete: Araci Cortes / Compositores:  Barroso, Ary - Mariano, Olegário / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10446 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Por Deus, me deixa sossegado
Tu que tomou meu nome
Mas meu nome eu não te dou
Eu gosto é de levar pancada
E até de passar fome

Por amor do meu amor
Pra esse home eu esquecer
Estou dando pra beber
Estou dando pra roubar
Se a polícia me prender

Já sei que foi você
Que foi me denunciar

Não faz isso assim, não
Tenha compaixão, sim
Não queira me encrencar
Mulher malvada e má
Você me deixa a vida desgraçada

Não faz isso assim, não
Tenha compaixão, sim
Não queira me encrencar
Nem me prender, porque

O destino Deus é quem dá

Nílton Bastos
Nílton Bastos, filho de comerciante português e de uma costureira, cresceu no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Não chegou a concluir o curso primário e nem estudou música, tendo aprendido a tocar piano de ouvido. Trabalhou como torneiro mecânico no Arsenal de Guerra.

Desde cedo, freqüentava as rodas de samba e os ranchos carnavalescos, tais como o Ameno Resedá e o Flor de Abacate. Já na década de 20, era presença costumeira os redutos de samba do bairro do Estácio.

Em 1929, teve sua primeira composição gravada, o samba "O destino Deus é quem dá", por Mário Reis em disco Odeon, um dos dez maiores sucessos do ano. Nílton faleceu naquele mesmo ano, aos 33 anos, vitimado pela tuberculose.

O destino Deus é quem dá (samba, 1929) - Nílton Bastos

Título da música: O destino Deus é quem dá / Gênero musical: Samba / Intérprete(s) Reis, Mário / Compositor(es) Bastos, Nilton / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10357 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Sei que tu andas sofrendo
Estás arrependida do que já me fez
É teu destino, mulher
Eu não te perdôo porque
Tu vais me enganar outra vez.

Eu já gostei de você
Para de novo gostar
É preferível morrer
Não poderei esquecer
A tua falsidade sem eu merecer.

Tu foste ingrata, mulher
Eu não quero te enganar
Meu coração já não te quer
Digo o desprezo é pecado
Serei um pecador
Recordando o passado.

O destino Deus é quem dá

Nílton Bastos
Nílton Bastos, filho de comerciante português e de uma costureira, cresceu no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Não chegou a concluir o curso primário e nem estudou música, tendo aprendido a tocar piano de ouvido. Trabalhou como torneiro mecânico no Arsenal de Guerra.

Desde cedo, freqüentava as rodas de samba e os ranchos carnavalescos, tais como o Ameno Resedá e o Flor de Abacate. Já na década de 20, era presença costumeira os redutos de samba do bairro do Estácio.

Em 1929, teve sua primeira composição gravada, o samba "O destino Deus é quem dá", por Mário Reis em disco Odeon, um dos dez maiores sucessos do ano. Nílton faleceu naquele mesmo ano, aos 33 anos, vitimado pela tuberculose.

O destino Deus é quem dá (samba, 1929) - Nílton Bastos

Título da música: O destino Deus é quem dá / Gênero musical: Samba / Intérprete(s) Reis, Mário / Compositor(es) Bastos, Nilton / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10357 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Sei que tu andas sofrendo
Estás arrependida do que já me fez
É teu destino, mulher
Eu não te perdôo porque
Tu vais me enganar outra vez.

Eu já gostei de você
Para de novo gostar
É preferível morrer
Não poderei esquecer
A tua falsidade sem eu merecer.

Tu foste ingrata, mulher
Eu não quero te enganar
Meu coração já não te quer
Digo o desprezo é pecado
Serei um pecador
Recordando o passado.

Novo amor

Ismael Silva
Novo amor (samba, 1929) -  Ismael Silva

Título da música: Novo amor / Gênero musical: Samba / Intérprete: Mário Reis / Compositor: Silva, Ismael / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10357 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm


Arranjaste um novo amor, meu bem
Eu fui um infeliz bem sei
Mas ainda tenho fé
Que hei de te ver chorar
Quando souberes amar
Como eu te amei

(Tu não deves
De ter tanta pretensão
Olha que o tempo muda
E a vida é uma ilusão
Tu fazes pouco de mim
Mas isto que bem me importa
Fica sabendo meu bem
Que o mundo dá muita volta.)

Arranjei outra
Que não troco por ninguém
Já que tu me abandonaste
Há males que vêm pra bem
Hoje em dia sou feliz
Sem a tua ingratidão
Encontrei outro benzinho
A quem dei meu coração

Novo amor

Ismael Silva
Novo amor (samba, 1929) -  Ismael Silva

Título da música: Novo amor / Gênero musical: Samba / Intérprete: Mário Reis / Compositor: Silva, Ismael / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10357 / Data de Gravação 00/1929 / Data de Lançamento 00/1929 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm


Arranjaste um novo amor, meu bem
Eu fui um infeliz bem sei
Mas ainda tenho fé
Que hei de te ver chorar
Quando souberes amar
Como eu te amei

(Tu não deves
De ter tanta pretensão
Olha que o tempo muda
E a vida é uma ilusão
Tu fazes pouco de mim
Mas isto que bem me importa
Fica sabendo meu bem
Que o mundo dá muita volta.)

Arranjei outra
Que não troco por ninguém
Já que tu me abandonaste
Há males que vêm pra bem
Hoje em dia sou feliz
Sem a tua ingratidão
Encontrei outro benzinho
A quem dei meu coração

domingo, 26 de setembro de 2010

Sussuarana

Hekel Tavares
Hekel Tavares (1896/1969) nasceu num berço musical: além da mãe pianista e pai flautista, cresceu em Alagoas ouvindo repentes, reisados, maracatus e congadas, e isto marcou sua vida para sempre. Quando veio para o Rio de Janeiro, em 1921, já tocava piano, harmônica e cavaquinho.

Estudou harmonia e composição com os maestros Francisco Braga e J. Otaviano, entre outros. Da mesma geração que Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone, Hekel aliou a sólida formação musical ao amor pela profusão de ritmos e formas que a música popular lhe oferecia.

E foi no teatro de revista que começou a compor de forma profissional. Durante a década de 20 compôs várias canções, com diversos letristas. Um dos mais constantes, o bamba Luiz Peixoto, o levou ao sucesso radiofônico com Sussuarana, pela voz de Gastão Formenti

Sussuarana (toada, 1928) - Hekel Tavares e Luiz Peixoto

Título da música: Sussuarana / Gênero musical: Canção / Intérprete: Formenti, Gastão / Compositores: Tavares, Hekel - Peixoto, Luiz / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10171 / Data de Gravação 00/1928 / Data de Lançamento 00/1928 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Faz três sumana / Que na festa de Sant'Ana
O Zezé Sussuarana / Me chamou pra conversar
Dessa bocada / Nóis saímo pela estrada
Ninguém não dizia nada / Fomo andando devagar

A noite veio / O caminho estava em meio
Eu tive aquele arreceio / Que alguém nos pudesse ver
Eu quis dizer / Sussuarana, vamo imbora
Mas Virgem Nossa Senhora / Cadê boca pra dizer

Mais adiante / Do mundo, já bem distante
Nóis paremo um instante / Predemo a suspiração
Envergonhado / Ele partiu para o meu lado
Ó Virgem dos meus pecados / Me dê a absorvição

Foi coisa feita / Foi mandinga, foi maleita
Que nunca mais indireita / Que nos botaram, é capaz
Sussuarana / Meu coração não me engana
Vai fazer cinco sumana / Tu não volta nunca mais

Sussuarana

Hekel Tavares
Hekel Tavares (1896/1969) nasceu num berço musical: além da mãe pianista e pai flautista, cresceu em Alagoas ouvindo repentes, reisados, maracatus e congadas, e isto marcou sua vida para sempre. Quando veio para o Rio de Janeiro, em 1921, já tocava piano, harmônica e cavaquinho.

Estudou harmonia e composição com os maestros Francisco Braga e J. Otaviano, entre outros. Da mesma geração que Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone, Hekel aliou a sólida formação musical ao amor pela profusão de ritmos e formas que a música popular lhe oferecia.

E foi no teatro de revista que começou a compor de forma profissional. Durante a década de 20 compôs várias canções, com diversos letristas. Um dos mais constantes, o bamba Luiz Peixoto, o levou ao sucesso radiofônico com Sussuarana, pela voz de Gastão Formenti

Sussuarana (toada, 1928) - Hekel Tavares e Luiz Peixoto

Título da música: Sussuarana / Gênero musical: Canção / Intérprete: Formenti, Gastão / Compositores: Tavares, Hekel - Peixoto, Luiz / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10171 / Data de Gravação 00/1928 / Data de Lançamento 00/1928 / Lado A / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm:


Faz três sumana / Que na festa de Sant'Ana
O Zezé Sussuarana / Me chamou pra conversar
Dessa bocada / Nóis saímo pela estrada
Ninguém não dizia nada / Fomo andando devagar

A noite veio / O caminho estava em meio
Eu tive aquele arreceio / Que alguém nos pudesse ver
Eu quis dizer / Sussuarana, vamo imbora
Mas Virgem Nossa Senhora / Cadê boca pra dizer

Mais adiante / Do mundo, já bem distante
Nóis paremo um instante / Predemo a suspiração
Envergonhado / Ele partiu para o meu lado
Ó Virgem dos meus pecados / Me dê a absorvição

Foi coisa feita / Foi mandinga, foi maleita
Que nunca mais indireita / Que nos botaram, é capaz
Sussuarana / Meu coração não me engana
Vai fazer cinco sumana / Tu não volta nunca mais

Olhos japoneses

Francisco Alves
Olhos japoneses (valsa, 1928) - Freire Júnior

Título da música: Olhos japoneses / Gênero musical: Valsa / Intérprete: Francisco Alves / Compositor: Freire Júnior / Gravadora Parlophon / Número do Álbum 12812 / Data de Gravação 00/1928 / Data de Lançamento 00/1928 / Lado lado B / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm


Olhos pequeninos / Olhos japoneses
Olhos que ferinos / Matam muitas vezes
De paixão a gente / Olhos que seduzem
Que me põem doente / Olhos que traduzem
Um amor ardente

Olhos buliçosos / Olhos tentadores
Olhos que maldosos / Ligam dois amores
Num só coração / Olhos delicados
Cheios de emoção / Só são encontrados
Mesmo no Japão

Caprichos da moda / Nossa alta roda
Faz imitação / São olhos pintados
De negro tarjeados / Causa sensação
A sua sedução / A influência do amor
O olhar da gueisha / Louco a gente deixa

Na raça amarela / A mulher que é bela
Esses olhos tem / Olhos desviados
Meigos, delicados / Os olhos pequenos
Em rostos morenos / Se encontram somente
Lá no Oriente

Olhos japoneses

Francisco Alves
Olhos japoneses (valsa, 1928) - Freire Júnior

Título da música: Olhos japoneses / Gênero musical: Valsa / Intérprete: Francisco Alves / Compositor: Freire Júnior / Gravadora Parlophon / Número do Álbum 12812 / Data de Gravação 00/1928 / Data de Lançamento 00/1928 / Lado lado B / Acervo Humberto Franceschi / Rotações Disco 78 rpm


Olhos pequeninos / Olhos japoneses
Olhos que ferinos / Matam muitas vezes
De paixão a gente / Olhos que seduzem
Que me põem doente / Olhos que traduzem
Um amor ardente

Olhos buliçosos / Olhos tentadores
Olhos que maldosos / Ligam dois amores
Num só coração / Olhos delicados
Cheios de emoção / Só são encontrados
Mesmo no Japão

Caprichos da moda / Nossa alta roda
Faz imitação / São olhos pintados
De negro tarjeados / Causa sensação
A sua sedução / A influência do amor
O olhar da gueisha / Louco a gente deixa

Na raça amarela / A mulher que é bela
Esses olhos tem / Olhos desviados
Meigos, delicados / Os olhos pequenos
Em rostos morenos / Se encontram somente
Lá no Oriente

As manhãs do Galeão

Vicente Celestino
As manhãs do Galeão (tango, 1928) - Freire Júnior

Título da música: As manhãs do Galeão / Gênero musical: Tango / Intérprete: Vicente Celestino / Compositor: Freire Júnior / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10272   /  Data de Gravação 00/1928  / Data de Lançamento 00/1928 / Lado A  / Acervo Humberto Franceschi  /  Rotações Disco 78 rpm:


Surge ao sol, raios brilhantes / nas montanhas verdejantes
que contornam a Guanabara / Sua luz rompendo ao dia
mostra o fundo da baía / uma praia em pérola rara

Esta ponta de uma ilha / verdadeira maravilhosa
bem juntinho ao continente! / Deu-lhe encanto a natureza
Se anoitece com tristeza / amanhece alegremente

Os amantes deixam os ninhos / ao romper da alvorada
Trinam alegres os passarinhos  / a canção da madrugada
Num sentimento profundo / diz a gente com emoção:
Nada mais belo no mundo / que as manhãs do Galeão

Sobre areias cor de prata / lindas jovens à frescata
buscam o banho matinal  / Pescadores gente boa
tiram a pesca da canoa  /  no labor habitual

Ondas vêm e ondas vão / entoando uma canção
que em soluços canta o mar / É a canção triste do amor
Faz prazer e causa dor  / Nos faz rir e faz chorar

As manhãs do Galeão

Vicente Celestino
As manhãs do Galeão (tango, 1928) - Freire Júnior

Título da música: As manhãs do Galeão / Gênero musical: Tango / Intérprete: Vicente Celestino / Compositor: Freire Júnior / Gravadora Odeon / Número do Álbum 10272   /  Data de Gravação 00/1928  / Data de Lançamento 00/1928 / Lado A  / Acervo Humberto Franceschi  /  Rotações Disco 78 rpm:


Surge ao sol, raios brilhantes / nas montanhas verdejantes
que contornam a Guanabara / Sua luz rompendo ao dia
mostra o fundo da baía / uma praia em pérola rara

Esta ponta de uma ilha / verdadeira maravilhosa
bem juntinho ao continente! / Deu-lhe encanto a natureza
Se anoitece com tristeza / amanhece alegremente

Os amantes deixam os ninhos / ao romper da alvorada
Trinam alegres os passarinhos  / a canção da madrugada
Num sentimento profundo / diz a gente com emoção:
Nada mais belo no mundo / que as manhãs do Galeão

Sobre areias cor de prata / lindas jovens à frescata
buscam o banho matinal  / Pescadores gente boa
tiram a pesca da canoa  /  no labor habitual

Ondas vêm e ondas vão / entoando uma canção
que em soluços canta o mar / É a canção triste do amor
Faz prazer e causa dor  / Nos faz rir e faz chorar

Xote laranjeira

Os Monarcas

C G7 F G F C G7 C

C
Mas deixa estar que eu vou-me embora
G7
Eu vou voltar pro meu rincão
F G7
Pra beber água dos teus olhos
F C G7 C
Sangue do teu coração


Mas deixa estar que eu vou-me embora
G7
Eu vou voltar pro meu rincão
F G7
Que é pra comer churrasco gordo
F C G7 C
E tomar mate chimarrão
Int.

Mas deixa estar que eu vou-me embora
G7
Eu vou-me embora pra fronteira
F G7
Que é pra comer churrasco gordo
F C G7 C
E tomar café de chaleira


Mas deixa estar que eu vou-me embora
G7
Eu vou-me embora pra fronteira
F G7
Mas eu hei de levar comigo
F C G7 C
Este xote laranjeira
Int.

Pula daqui pula de lá
G7
Pula do canto

Que eu daqui não me levanto
C
Tô danado pra brigar
Int.

Vai que vai

Os Monarcas

G D7 C G D7 G


D7
(Vaneira que me larga pela sala
C
E essa gaita quase fala
G Bis
Nesse fole que se vai e vem
D7 G
Vai que vai vem que vem dançando com meu bem)
Int.
D7
Olha o tipo do gaiteiro a corcovear
G
Animando esse entreveiro sem parar
D7 Bis
Nesse toque madrugueiro vou dançar
G
Com a china mais bonita do lugar

C G7
Eu te pego eu te largo eu te largo eu te pego
C
A noite inteira não sossego quero só saracotear
G7 Bis
Agarrado na cintura dessa china que me agrada
C
Atravesso a madrugada até o dia clarear
Int. ( )