Alzirinha Camargo |
Em fins de 1935, foi levada por Sílvia Autuori, conhecida por Tia Chiquinha, para a Rádio Tupi, do Rio de Janeiro RJ, onde começou a fazer sucesso. No ano seguinte, gravou seu primeiro disco, um 78 rpm, na Victor, que incluía a marcha Cinqüenta por cento (Lamartine Babo) e o samba Você vai se arrepender (Kid Pepe, Germano Augusto e Alberto Fadel). Nessa mesma época, foi descoberta por Alberto Quatrini Bianchi, que a convidou para cantar em sua cadeia de cassinos, espalhados por todo o país.
Ainda em 1936 trabalhou no filme Alô, alô, Carnaval, de Ademar Gonzaga. Também nesse ano ocorreu seu desentendimento com Carmen Miranda: imediatamente após a gravação de Querido Adão (Benedito Lacerda e Osvaldo Santiago), Carmen foi para Buenos Aires, Argentina, sem ter tido tempo de lançar a música, que os autores então lhe ofereceram; e ela, que fazia o mesmo gênero de Carmen, tanto na roupa como no repertório, lançou-a com sucesso absoluto. A rivalidade entre as duas prolongou-se durante toda sua carreira.
Em 1937 atuou no filme O grito da mocidade, de Raul Roulien. Em 1938 apresentou-se, com o conjunto de Benedito Lacerda, em temporada na Rádio El Mundo, de Buenos Aires. De volta ao Brasil, Benedito Lacerda compôs para ela a marcha Meu Buenos Aires querido e o samba Ritmo do coração (com Herivelto Martins), ambos gravados na Odeon.
Em fins de 1939, apresentou-se no Cassino Atlântico com a orquestra norte-americana, regida pelo peruano Ciro Rimac, que em julho de 1940 embarcou no vapor Uruguai, levando-a para cumprir um contrato de seis meses. Ficou nos E.U.A. até 1949, e nos três anos seguintes, percorreu a Espanha e Portugal, apresentando-se no Cassino Estoril.
Em novembro de 1953 regressou ao Brasil, sendo contratada pela Rádio Nacional para fazer o programa Gente que Brilha, de Paulo Roberto. Em seguida atuou esporadicamente em televisão e rádio, no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo também gravado na Polydor.
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