domingo, 26 de dezembro de 2010

Juvenal Fernandes

Juvenal Fernandes, compositor e cantor, nasceu em São Paulo, SP, em 19/10/1925. Começou a se interessar por música por 1940, tendo estudado teoria musical e violino com os maestros Carmine Tardio e João Portaro.

Trabalhou no comércio durante vários anos, procurando fixar-se em casas ligadas ao ramo musical, onde entrou em contato com músicos e cantores.

Em 1946 teve sua primeira composição gravada, Destinos iguais, por Gilberto Canavarro, na Continental. No ano seguinte, o mesmo cantor gravou, também na Continental, outra composição de sua autoria, Reprovação. Por essa época, atuou como cantor na Rádio América e Rádio São Paulo, e também como instrumentista em vários grupos, como Centro Musical Dom Bosco, Grupo Cômico Anglo-Americano e Orquestra Sinfônica Amadora. 

Em 1950, o cantor Alberto Santos gravou outra de suas composições, Pobre sonhadora, em discos Continental. Em 1951 sua composição Na minha terra (com J. M. Alves) foi gravada pela cantora Nilza Miranda, na Chantecler. Seu maior êxito foi Samba que eu quero ver (com João de Barro e Djalma Ferreira), gravado por Djalma e seu conjunto, Os Milionários do Ritmo, na Continental, em 1953. 

Nesse ano fez a letra para a valsinha Anel de noivado (Rielli e Riellinho), gravada na Continental no mesmo ano pelo Trio Gaúcho, contando diversas regravações: por Rielli em solo de acordeão em 1954, por Fronteiriço e Fronteiriça, na Fermata, em 1965, por Carlinhos Mafasoli, em 1967 na mesma gravadora e, posteriormente, por Lourenço e Lourival e Belmonte e Amaraí, na Chantecler. 

Compôs, em parceria com Roberto Stanganelli, Fiorde manacá, gravado em 1954 em solo de acordeão do próprio Roberto, em discos do Selo Popular. 

Em 1958 Roberto Fioravante lançou pela Chantecler sua valsa Nossa Senhora de Lourdes (com Miguel Polite). No ano seguinte compôs, em parceria com Riellinho, Bahia de Salvador e Flor serrana, gravados por Riellinho na Continental. 

Para efeito de recebimento de direitos autorais, utilizou diversos pseudônimos, como Corinto, Argonauta, Byron e Mar Amir. 

Em 1970, Puxando o fole, assinada como de Argonauta e Piquerobi (Madalena Maria Pires), foi gravada por Nhá Barbina em discos RGE e interpretada no filme de mesmo nome da Servicine, dirigido por Osvaldo de Oliveira. Essa composição também teve diversas regravações, entre elas a de Chitãozinho e Xororó na CBS nesse mesmo ano; as de Zé Cupido, em solo de acordeom na Beverly, e cantando no selo Tropicana; e em solo de sanfona de oito baixos por Zé do Forró, na Tropicana. A composição Voltarás (com Aarão Bernardo), incluída na trilha sonora da novela A fábrica, foi gravada pela atriz Araci Balabanian em discos Copacabana em 1972. 

Compôs e gravou com Maria Bonita os pontos de umbanda Caboclo de tara e Coroa de Oxóssi, lançados em discos Tropicana em 1974. Ainda nesse ano o Duo Ciriema lançou pela Continental Hei de vencer (com o Capitão Furtado). 

Desse ano também é a composição Amor saudade e tristeza (com Miltinho), lançada em discos Califórnia. 

Seus principais parceiros, fora do gênero sertanejo, foram João Portaro, Alfredo Schultz, G. Clemens, Djalma Ferreira, Denis Brean, J. M. Alves e Nelson Cavaquinho, entre outros. 

Como editor de músicas descobriu obras de Carlos Gomes (4), Adoniran Barbosa (44) e Ernesto Nazareth (140). Escreveu o livro Carlos Gomes, do sonho à conquista, São Paulo, 1996, Imprensa Oficial do Estado (2 ed. 1978; 3 ed. 1996). 

Obra

Anel de noivado (c/Osvaido Rielli), valseado, 1953; Banal (c/Wilma Camargo), samba, 1975; Coisas que são nossas (c/Michel Butinariu), canção, 1965; História comum (c/Michel Butinaniu), samba-canção, 1969; Rapsódia acadêmica (c/K-Ximbinho), 1970; Salve o mosqueteiro (c/Sidnei Morais), samba, 1961. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

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