quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A violência travestida faz seu trottoir

Engenheiros do Hawaii


Tom: G 
Introdução:

Am Em
e|-----------------------

B|-5-7-8-----5-7-8------- [2x] B C D
G|------4-5---------5-4--

C Em
no ar que se respira, nos gestos mais banais
C Em
em regras, mandamentos, julgamentos, tribunais
C Em
na vitória do mais forte, na derrota dos iguais

C G/B Am G D
a violência travestida faz seu trottoir

C Em
na procura doentia de qualquer prazer
C Em
na arquitetura metafísica das catedrais
C Em
nas arquibancadas, nas cadeiras, nas gerais

C G/B Am G D
a violência travestida faz seu trottoir

C Em
na maioria silenciosa, orgulhosa de não ter
C Em
vontade de gritar, nada pra dizer
C Em
a violência travestida faz seu trottoir
C G/B Am G D
nos anúncios de cigarro que avisam que fumar faz mal

Em D
a violência travestida faz seu trottoir
C D
em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Em D
armas de brinquedo, medo de brincar
C D
a violência travestida faz seu trottoir

solo: Em D C D

C Em
no vídeo, idiotice intergaláctica
C Em
na mídia, na moda, nas farmácias
C Em
no quarto de dormir, na sala de jantar
C Em
a morte anda tão viva, a vida anda pra trás
C Em
é a livre iniciativa, igualdade aos desiguais
C Em
na hora de dormir, na sala de estar

C G/B Am G D
a violência travestida faz seu trottoir

C Em
uma bala perdida encontra alguém perdido
C Em
encontra abrigo num corpo que passa por ali
C Em
e estraga tudo, enterra tudo, pá de cal
C G/B Am G D
enterra todos na vala comum de um discurso liberal

Em D
a violência travestida faz seu trottoir
C D Eb (dim)

em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Em D
armas de brinquedo, medo de brincar
C D Em D C D
a violência travestida faz seu trottoir

Em D
a violência travestida faz seu trottoir
C D
em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Em D
armas de brinquedo, medo de brincar
C D Em D C D
a violência travestida faz seu trottoir

A Am
Tudo que ele deixou foi uma carta de amor
G A
pra uma apresentadora de programa infantil.
Am
Nela ele dizia que já não era criança,
G
e que a esperança também dança
A
como monstros de um filme japonês.
Am
Tudo que ele tinha era uma foto desbotada,
G A
recortada de revista especializada em vida de artista.
Am
Tudo que ele queria era encontrá-la um dia
G A
(todo suícida acredita na vida depois da morte).
Am
Tudo que ele tinha cabia no bolso da jaqueta.
G A
A vida quando acaba, cabe em qualquer lugar.
G A
E a violência travestida faz seu trottoir...

Am
não se renda às evidencias
G
não se prenda à primeira impressão

Am
eles dizem com ternura:
"o que vale é a intenção"
e te dão um cheque sem fundos
G
do fundo do coração

Am
no ar que se respira
nessa total falta de ar
a violência travestida
G
faz seu trottoir

C
em armas de brinquedo, medo de brincar
G
em anúncios luminosos, lâminas de barbear
B C D
nos anúncios de cigarro que avisam que fumar faz mal

Em
a violência travestida faz seu trottoir
Em
a violência travestida faz seu trottoir

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