Othon Russo |
Foi responsável por alguns dos primeiros sucessos da cantora Ângela Maria, então em começo de carreira como o bolero Sabes mentir e o samba-canção Só vives prá lua. Alcançou também os artistas da jovem guarda escrevendo sucessos para Wanderléia, Jerry Adriani e Roberto Carlos.
Uma de suas primeiras composições gravadas foi o bolero Sabes mentir, gravação inicial de Ângela Maria na RCA Victor em 1951 e um dos sucessos daquele ano. Em 1952, o samba Mestre da Vila, com Paulo Marques foi gravado por Ângela Maria, que teria sido sua namorada por essa época.
Em 1953, o samba-canção Podes dizer, parceria com Heber Lobato foi lançado na Copacabana por Carlos Roberto, e o bolero É ilusão, letra sua para tema de Bizet com arranjos de Renato César, foi gravado por Ângela Maria, cantora que fez sucesso nesse ano com o samba-canção Só vives pra lua, parceria com Ricardo Galeno.
Teve em 1954 o samba-canção Concordemos, com Nazareno de Brito, gravado por Ellen de Lima na Columbia, o fox-trot Encantamento e o samba Acordes que choram, também parcerias com Nazareno de Brito, gravados por Ângela Maria na Copacabana.
Em 1955, seu bolero Preço do silêncio, com Nazareno de Brito, foi gravado por Dalva de Andrade na Continental, e o também samba-canção A voz dos sinos, com Nazareno de Brito, foi registrado na Columbia por Leni Caldeira. Em 1956, o samba Esquenta o couro, com Paulo Gesta, foi gravado na Polydor por Luiz Vanderley, e o fox Sinceramente teu, versão sua para composição de P. F. Webster e Liberace, foi gravado na Columbia pelo cantor Luiz Claudio. Ainda em 1956, o samba-canção Desejo, com Paulo Marques; Só vives pra lua, com Ricardo Galeno; Eterno amargor, com Paulo Marques e Sabes mentir, foram gravados no LP Isto é Ângela Maria, de Ângela Maria.
Em 1957, a música Desolação foi gravada por Agostinho dos Santos no LP Uma voz e seus sucessos; na Polydor, o bolero Porque dizer adeus, com Edel Ney, gravado por Dorinha Freitas na RGE; e o fox Bem juntinhos, com Bruno Marnet, gravado por Luiz Cláudio na Columbia.
Em 1958, o tango Foram três anos, com J. P. Marin, foi gravado por Haroldo de Almeida, e o fox Os olhos do senhor, com Renato de Oliveira, foi lançado por José Garcia, ambos na Columbia. Fez também a versão para o paso doble La machicha, de R. Estellés, J. Lopez Silva e S. Delgado, gravado por Emilinha Borba, e para a valsa Tammy, de J. Livingstone e R, Evans, registrada na voz de Cauby Peixoto. Em 1959, os Trigêmeos Vocalistas gravaram o fox Bambolim bambola, com Bruno Marnet.
Em 1960, fez com Coelho Neto a marcha-rancho A rosa triste, gravada por Haroldo de Almeida, e com Angela Martignoni a balada Tu serás gravada por Sérgio Murilo. Em 1961, a então iniciante cantora Elis Regina regravou Tu serás no LP Viva a brotolândia.
Em 1962, o samba-canção A Maria chorou, com Augusta de Oliveira, foi gravado por Alcides Gerardi na Columbia, o samba-canção Nós dois sabemos, com Mário Cavagnaro, foi regravado por Dora Lopes na Copacabana, e Podes voltar foi gravada no LP Poema, de Elis Regina. Em 1963, Lana Bittencourt gravou o samba-canção Eu vou chorar alguém, com Newton Ramalho, e Vilma Coelho gravou na CBS a balada Como é bom namorar, parceria com o maestro Astor Silva. No mesmo ano fez com Getúlio Macedo a marcha A menina da areia, gravada também na CBS por Emilinha Borba, além de ter a música Birutinha gravada por Wanderléa. Ainda nesse ano, foi gravada a música Há uma história triste, com Niquinho, por Elis Regina no LP Viva a Brotolândia lançado pela CBS, Canção do amor que virá, com Jorge Smera registrada por Anísio Silva em LP do mesmo nome, além de Eu vou chorar alguém, lançada em O sucesso é Lana Bittencourt, da cantora Lana Bittencourt.
Fez sucesso em 1965 com a balada Gosto do jeitinho dela, com Niquinho, gravada por Roberto Carlos no LP Jovem guarda. Teve também o bolero Foi sempre assim gravado por Ângela Maria no LP Boneca.
Em 1966, Roberto Carlos gravou Ar de moço bom, com Niquinho, e Clara Nunes registrou Amor quando é amor no LP A voz adorável de Clara Nunes. Em 1967, fez grande sucesso com o rock Bilhetinho apaixonado gravado pela cantora Kátia Cilene. A Canção da felicidade foi gravada no LP Dedicado a você de Jerry Adriani, que gravou também Se esse amor voltar no LP Vivendo sem você.
Em 1968, teve a música Eu lhe dei bom dia gravada no LP Esperando você de Jerry Adriani, e Minha vida lançada em Lembrança de você, disco de Anísio Silva. No ano seguinte, Lafayette gravou Não vivo sem você no LP Lafayette apresenta os sucessos - VOL. VIII. Em 1970, a música Vou contar de um a três foi gravada por Odair José, além de Depois da ladainha gravada no LP Canção de nós dois, de Cleide Alves, e Quem me dera gravada por Jerry Adriani, que gravou no ano seguinte Basta.
Em 1972, teve o bolero Não vou me conformar, com Niquinho, gravado por Núbia Lafayette no LP Casa e comida da Entré/CBS. Em 1974, a música Chore e namore foi gravado por Marinês no LP A dama do Nordeste. A música Desencontros foi gravada por Jerry Adriani em 1977. Em 1985, Núbia Lafayette gravou Há uma história triste, com Niquinho no LP Por amar demais da RCA Camden.
Em 1994, suas músicas Desejo", com Paulo Marques e Só Vives Pra Lua, com Ricardo Galeno, foram gravadas por Ney Matogrosso no disco Estava escrito. Nesse ano, suas canções Podes voltar, com Nazareno de Brito, e Tu serás, com Ângela Martignoni, foram incluídas no disco Série dupla: Nasce uma estrela que incluiu os discos Viva a Brotolândia e Poema da cantora Elis Regina.
Obra
A Maria chorou (Othon Russo / Augusta de Oliveira), A menina da areia (Othon Russo / Getúlio Macedo), A rosa triste (Othon Russo / Coelho Neto), A voz dos sinos (Othon Russo / Nazareno de Brito), Acaso (Othon Russo / Nazareno de Brito), Acordes que choram (Othon Russo / Nazareno de Brito), Amor quando é amor, Ar de moço bom (Othon Russo / Niquinho), Bambolim bambola (Othon Russo / Bruno Marnet), Basta, Bem juntinhos (Othon Russo / Bruno Marnet), Bilhetinho apaixonado, Brisa de verão (Othon Russo / Edel Ney), Canção do amor que virá (Othon Russo / Jorge Smera), Como é bom namorar (Othon Russo / Astor Silva), Concordemos (Othon Russo / Nazareno de Brito), Contigo dançava a noite inteira (Othon Russo / Lerner e Loewe), Deixe o tempo passar, Depois de tantos anos (Othon Russo / Benny Wolkoff), Desejo (Othon Russo / Paulo Marques), Desolação, É ilusão (Othon Russo / Bizet e Renato César), Encantamento (Othon Russo / Nazareno de Brito), Encontro marcado (Othon Russo / Sebastião Silvestre), Esquenta o couro (Othon Russo / Paulo Gesta), Eu lhe dei bom dia, Eu vou chorar alguém (Othon Russo / Newton Ramalho), Foram três anos (Othon Russo / J. P. Marin), Gosto do jeitinho dela (Othon Russo / Niquinho), Há uma história triste (Othon Russo / Niquinho), Historinha de amor, La machicha (Othon Russo / R. Estellés, J. Lopez Silva e S. Delgado), Mestre da Vila (Othon Russo / Paulo Marques), Não vou me conformar (Othon Russo / Niquinho), Nós dois sabemos (Othon Russo / Mário Cavagnaro), O dio mio (Othon Russo / Hoffman e Manning), O tempo guardou (Othon Russo / Nazareno de Brito e José Nunes), Onde está o amor (Othon Russo / José Nunes), Os olhos do senhor (Othon Russo / Renato de Oliveira), Podes dizer (Othon Russo / Heber Lobato), Podes voltar (Othon Russo / Nazareno de Brito), Porque dizer adeus (Othon Russo / Edel Ney), Preço do silêncio (Othon Russo / Nazareno de Brito), Que culpa tenho eu?, Ribalta (Othon Russo / Nazareno de Brito e Fernando César), Sabes mentir, Se esse amor voltar, Sinceramante teu (Othon Russo / P. F. Webster e Liberace), Só vives pra lua (Othon Russo / Ricardo Galeno), Sonho que passou (Othon Russo / Romeu Nunes), Tammy (Othon Russo / J. Livingstone e R, Evans), Triste não (Othon Russo / Jorge Smera), Tu serás (Angela Martignoni), Você passou, Voltei (Othon Russo / Jorge Smera), Vou contar de um a três.
Fontes: Othon Russo (Othon Fortes Russo); Dicionário Cravo Albin da MPB.
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