Arnô Provenzano (Circa 1920 - Rio de Janeiro, RJ), compositor, gravou sua primeira música, o samba Resignação (com Geraldo Pereira), em 1943, interpretado por Odete Amaral. Três anos depois, compôs o samba Errar é banal (com Erasmo Silva), lançado por Linda Batista na gravadora Victor.
Em 1950, Elizeth Cardoso gravou pela Todamérica o samba A mentira acaba, parceria com Ruy de Almeida; Ivan de Alencar registrou, também na Todamérica, a batucada E ê rapaziada, com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães, e o cantor Jorge Veiga lançou pela Continental o samba Medalha dourada, com Otolindo Lopes. No ano seguinte, duas parcerias com Otolindo Lopes foram gravadas na Odeon pelo sambista Risadinha: O doutor não gosta e Você já foi.
Em 1952, Risadinha gravou os sambas Aviso prévio, e A felicidade é sua, e a Marcha do mudo, todas com Otolindo Lopes, também na Odeon. Ainda pela Odeon, os Vocalistas Tropicais lançaram a marcha Fiquei atravessado, com Otolindo Lopes. Visando o carnaval de 1954, Risadinha gravou em outubro de 1953 a marcha Eu quero rebolar, com Otolindo Lopes, enquanto Odete Amaral registrou o samba Nasceu pra sofrer, com Isaías Ferreira e Oldemar Magalhães. Também nesse ano, os Vocalistas Tropicais gravaram pela Continental a marcha Amor de rica, com Almeidinha, Oldemar Magalhães e Otolindo Lopes.
Em 1954, fez com Gildo Pinheiro e J. Reis, o samba Vida incerta lançado por Osvaldo Silva na gravadora Copacabana, e com Otolindo Lopes, o samba Café Nice, falando do famoso café onde se reuniam compositores e cantores no centro do Rio de Janeiro, gravado com sucesso por Risadinha na Odeon. Ainda no mesmo ano, mais duas marchas com Otolindo Lopes foram gravadas na Odeon: Casado fala pouco, por Risadinha, e Miss crioula, por Odete Amaral.
Em 1955, fez sucesso no carnaval com a marcha Napoleão boa boca, parceria com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães, gravada por Blecaute na Copacabana. No mesmo ano, a cantora Marlene gravou pela Sinter a marcha A fruta é boa, com Otolindo Lopes e Fausto Guimarães, e o sambista Roberto Silva lançou pela Copacabana o baião Está uma gracinha, com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães.
Em 1956, fez sucesso no carnaval com a marcha Vai vigarista, parceria com Otolindo Lopes, gravada por Gilberto Alves na Copacabana. Teve ainda a marcha Cão que ladra não morde, com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães, gravada por Marlene em disco da RCA Victor.
No ano seguinte, a marcha Não te mete nisso, com Otolindo Lopes e William Duba, foi gravada por Vera Lúcia pela Continental; a marcha Quantos manetas, com Otolindo Lopes foi lançada por Gilberto Alves pela Copacabana, e a marcha Quem vive de vento, com William Duba e Otolindo Lopes, foi registrada por Dircinha Batista pela RCA Victor. Ainda em 1957, foram gravadas na Todamérica duas marchas, parcerias com Otolindo Lopes e Fausto Guimarães: Quem perdeu foi ela, por Ari Cordovil, e Pistão e trombone, por Ivete Garcia. No carnaval paulista desse ano, a gravação da qual mais discos se vendeu foi a marcha Ela foi fundada, (com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães) gravada por Dircinha Batistal.
Teve duas composições (com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães) gravadas pelas irmãs Batista em 1958 pela RCA Victor: o samba Uma grande dor, na voz de Linda Batista, e a marcha Papai é camarada, na voz de Dircinha Batista.
Em 1962, teve a marcha Vou ter um troço, com Otolindo Lopes e Jackson do Pandeiro, gravado pela Continental pelo harpista Papi Galan. No mesmo ano, as marchas Vou ter um troço e Tô com a macaca, com Jackson do Pandeiro e Otolindo Lopes, foram gravadas na Philips por Jackson do Pandeiro.
Em 1963, sua marcha Atchim (Deus te ajude), com Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães, foi registrada por Heleninha Costa na gravadora Chantecler. No mesmo período, a marcha Segura o homem, com Flora Matos e Otolindo Lopes, foi gravada por Luiz Vanderley, a marcha Pau de arara enxuto, com Otolindo Lopes e José Batista, foi registrado pelo comediante Valter D'Ávila, a marcha Mete a mão no bolso, com Flora Matos, recebeu registro de Sandra Helena, e a marcha Com você eu fico, com José Batista e Otolindo Lopes, foi lançada por Orlando Gil, as quatro pela pequena gravadora Albatroz.
Em 1976, o samba-canção Resignação, com Geraldo Pereira, foi regravado por Cristina Buarque no LP Prato e faca, da RCA Victor. Em 1983, esse samba foi incluído no LP Geraldo Pereira - Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto, lançado pela Funarte em homenagem a Geraldo Pereira. Em 1997, sua composição A mentira acaba, com Rui de Almeida, foi relançada em CD lançado pela RGE em homenagem à cantora Elizeth Cardoso.
No ano seguinte, o samba Resignação foi incluído no disco Chico Buarque de Mangueira lançado por Chico Buarque. O samba Medalha dourada foi relançado em 2001 pelo selo Revivendo no CD Testamento dos sambistas que reuniu gravações de Moreira da Silva, Jorge Veiga e Caco Velho.
Já o samba Miss crioula na voz de Odete Amaral foi relançado no CD Carnaval - Sua História, Sua Glória, volume 22 editado pela Revivendo no mesmo ano. Em 2002, a marcha Tô com a macaca, com Otolindo Lopes e Jackson do Pandeiro, foi regravada por Silvério Pessoa no disco independenete Batidas Urbanas - Projeto Micróbio do Frevo.
Obra
A felicidade é sua (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), A fruta é boa (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Fausto Guimarães), A mentira acaba (Arnô Provenzano / Rui de Almeida), Amor de rica (Arnô Provenzano / Almeidinha, Oldemar Magalhães e Otolindo Lopes), Atchim (Deus te ajude) (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Aviso prévio (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Café Nice (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Cão que ladra não morde (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Casado fala pouco (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Com você eu fico (Arnô Provenzano / José Batista e Otolindo Lopes), Ê, ê rapaziada (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Ela foi fundada (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Eu, hein, boi? (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Errar é banal (Arnô Provenzano / Erasmo Silva), Está uma gracinha (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Eu quero rebolar (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Fiquei atravessado (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Marcha do mudo (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Medalha dourada (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Mete a mão no bolso (Arnô Provenzano / Flora Matos), Meu bom Alá (Arnô Provenzano / Oldemar Magalhães), Miss crioula (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Não te mete nisso (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e William Duba), Napoleão boa boca (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Nasceu pra sofrer (Arnô Provenzano / Isaias Ferreira e Oldemar Magalhães), O doutor não gosta (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Papai é camarada (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Pau de arara enxuto (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e José Batista), Pistão e trombone (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Fausto Guimarães), Quantos manetas (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Quem perdeu foi ela (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Fausto Guimarães), Quem vive de vento (Arnô Provenzano / William Duba e Otolindo Lopes), Resignação (Arnô Provenzano / Geraldo Pereira), Segura o homem (Arnô Provenzano / Flora Matos e Otolindo Lopes), Tô com a macaca (Arnô Provenzano / Jackson do Pandeiro e Otolindo Lopes), Uma grande dor (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães), Vai, vigarista (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Vida incerta (Arnô Provenzano / Gildo Pinheiro e J. Reis), Você já foi (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes), Vou ter um troço (Arnô Provenzano / Otolindo Lopes e Jackson do Pandeiro).
Fontes: Arnô Provenzano (http://www.musicapopular.org/arno-provenzano); Dicionário Cravo Albin da MPB.
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