O nosso grande Nelson Gonçalves, infelizmente adepto das drogas desde 1966, mas já quase curado neste ano de 1972, ganha um incentivo de seu grande parceiro musical e amigo Adelino Moreira.
É o tal do "comportado" boêmio do ano de 1972, que volta pra casa, dorme cedo, acorda cedo, só bebe nos fins de semana... o termo "morou?" já fica assim tipo "é uma mora, bicho" do rei Roberto Carlos, tão amado como o nosso Nelson...
Boêmio 72 (1972) - Adelino Moreira
Boêmio, sou boêmio diferente
Que as sete sai pro batente
E noite vem pro jantar
Não deixo meu trabalho pra depois
Sou boêmio setenta e dois
Quem quiser pode imitar
Não faço apologia ao botequim
E só bebo umas e outras
Quando a coisa está pra mim
Mudei e mudei para melhor
Não é qualquer ré menor
Das cordas de uma viola
Que me faz perder a trilha
Que me faz mudar o rumo
Viola e amor
Eu tenho em casa pra consumo
Resumo:
Agora minha transa é diferente
Tenho amor e muita paz
Podes crer sou muito gente
Mas o mesmo visionário
Somando estrelas na mão
Sempre na minha com aquela curtição
Morou?
Bom mesmo, é ser boêmio como sou.
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