“Vamo Maruca, Vamo” é uma música carnavalesca de Juca Castro e Paixão Trindade, taxada diversamente como samba, cateretê, baião e maxixe (as fronteiras entre gêneros eram bastante embaçadas naquela época). Segundo Manoel Aranha Corrêa do Lago, duas das quatro partes da música são inserções das músicas folclóricas “Vamo Maruca, Vamo” e “Co-Co-Có”, ambas incluídas na coleção Chants Populaires du Bresil (Paris, 1930) da cantora e pesquisadora Elsie Houston.
Um artigo no sítio virtual da Collector’s aponta que o primeiro samba carnavalesco, “Pelo Telefone”, não continha esse subtítulo no selo do disco mas simplesmente samba. Por outro lado, “Vamo Maruca, Vamo” é um de três sambas carnavalescos identificados como tais lançado pelas gravadoras Phoenix e Gaúcho no mesmo período.
Outra gravação foi feita por Francisco Alves (lançada em 1918 segundo o site da Collector’s).
“Vamo Maruca, Vamo” fez bastante sucesso* no carnaval de 1918, pois ela aparece em 17° lugar entre as “top 20” canções de 1918 na página Time Machine 1918. (fonte: As Crônicas Bovinas - Vamo Maruca vamo)
Título da música: Vamo, maruca, vamo / Gênero musical: Samba / Intérprete: Castro, Juca / Gravadora Phoenix / Número do Álbum 213 / Data de Gravação: 1913-1918 / Data de Lançamento: 1913-1918 / Lado indefinido / Acervo José Ramos Tinhorão / Rotações Disco 76 rpm:
Canto
A carta que te mandei...
Que te mandei...
Foi papé das minha mão...
Das minha mão...
A tinta foi dos meus óio...
Dos meus óio...
A penna meu coração...
Meu coração...
Vamo Maruca, vamo...
Vamo pra Jundiay...
Co's ôtro vancê vai,
Só cumigo não qué i... [bis]
Ella
Não vô não...
Não vô não quero i!
Longi de meus parente,
Vancê que judiá de mim.
II
As ave de mim tem pena...
De mim tem pena
Os campo de mim tem dó...
De mim tem dó
As ave pur me vê triste...
Pur me vê triste
Os campo pur me vê só...
Pur me vê só
Vamo Maruca, vamo...
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