domingo, 17 de fevereiro de 2008

Lágrimas e risos

Bahiano
Lágrimas e risos (valsa, 1913) - Eustórgio Wanderley e Adelmar Tavares

A vida é toda feita assim
De riso e dor um mar sem fim
Alegre um dia o riso vem
E o pranto seguirá também

A criancinha assim que nasce
Conhece a dor, põe-se a chorar
No entanto o riso em sua face
Só muito após vem a aflorar

Sorrir, chorar e assim vai-se a vida a passar
Cantar, gemer, a mágoa vem junto ao prazer
É louco também quem nos diz, que se considera feliz
Que a sorte aos seus braços lhe atira, mentira, mentira
Pois breve ao invés de cantar
Chorar, chorar

Eu que cantando estou hoje aqui
Enquanto o público sorri
Quem sabe se em vez de cantar
Tenho vontade de chorar

Num circo, vê-se sobre a arena
Ri o palhaço a se perder
E em casa a filha assim pequena
Talvez deixasse-lhe a morrer

Sorrir, chorar e assim vai-se a vida a passar
Cantar, gemer, a mágoa vem junto ao prazer
Palhaço que ri sem cessar
Não deve não pode chorar
Pois quem é pago pra rir pra chalaça
Desgraça, desgraça
Se em pranto tens alma de par
Sorrir, cantar


Título da música: Lágrimas e risos / Gênero musical: Valsa / Intérprete: Bahiano / Compositores: A. Tavares e Eustórgio Vanderley / Gravadora Odeon / Número do Álbum 120271 / Data de Gravação: 1912-1913 / Data de Lançamento 1912/1913 / Lado único / Acervo Humberto Franceschi / Disco 78 rpm:

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