Paraguassu |
O nome dessa gente eu não sei, não, mas tem um que chama-se Ramiro e a pequena (tratamento dado às mocinhas, na primeira metade do século) chamava-se Lídia, mais ou menos isso, eu não me lembro bem, o nome certo não me lembro. Um foi em Campinas, outro foi em Limeira, outro foi em Curitiba, outro foi em Rio Bonito.
O ano foi de 1929, 1930, os suicídios foram em diversas épocas diferentes de um e de outro. Tanto é que a Carioca (revista que já não existe), do Rio, dá essa nota que está no meu álbum. E de Limeira estão até os dois, tem a fotografia, uma reportagem da Gazeta, os dois mortos na cama, ele com o revólver no peito".
(Paraguassu entrevistado pela TV Cultura, de São Paulo, para o programa MPB Especial, em 1974).
Mágoas - Paraguassu
Nunca mais um verso meu terás.
Nunca mais, oh, nunca mais.
Jurei matar esta cruel paixão fatal
Que tem feito tanto mal.
Eu não quero mais o teu amor,
Que tornou-me um sofredor,
Ensinou-me por maldade
A sofrer tanta saudade,
Tanta mágoa e tanta dor.
E por tudo quanto eu já sofri,
Pelos versos que eu te dei,
Adorar-te para sempre eu quis,
Mas fizeste-me infeliz.
Por que não tem dó de mim?
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