Am Dm
E todos os meu nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
Am
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
E Am
O que não tem juízo
O que será que lhe dá
O que será meu nego, será que lhe dá
Dm
Que não lhe dá sossego, será que lhe dá
Será que o meu chamego quer me judiar
Am
Será que isso são horas dele vadiar
G
Será que passa fora o resto da dia
Dm
Será que foi-se embora em má companhia
Será que essa criança quer me agoniar
Am
Será que não se cansa de desafiar
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
E Am
O que não tem limite
Am Am7+ Am7 Am6
O que será que será
Em Em7+ Em7 F#/Bb
Que dá dentro da gente, que não devia
Dm Dm7+ Dm7 Dm6
Que desacata a gente, que é revelia
Fm Fm7+ Bm5-/7 E7/9-
Que é feito uma aguardente que não sacia
Am Am7+ Am7
Que é feito estar doente de um folia
Am6 Em Em7+ Em7
Que nem dez mandamentos vão conciliar
A/C# Dm Dm7+ Dm7
Nem todos os unguentos vão aliviar
Fm Fm7+ Bm5-/7
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
E7/9- Am Am7+ Am7
E nem todos os santos, será que será
Am6 Fm Fm7+ Fm7 Fm6
O que não tem governo, nem nunca terá
C/E Ab7/Eb Dm7
O que não tem vergonha, nem nunca terá
E7/9- Am7 Am6
O que não tem juízo
terça-feira, 25 de julho de 2006
O que será (À flor da terra)
Chico Buarque
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