sexta-feira, 17 de março de 2006

Pixinguinha

Pixinguinha

Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, nasceu em 23 de Abril de 1897; durante muito tempo aceitou-se o ano de 1898 como o de seu nascimento, fato aceito inclusive pelo próprio músico. Esta data baseava-se em uma lista do pai de Pixinguinha, escrita à mão, com as datas dos nascimentos dos filhos. O erro foi corrigido recentemente, já que na certidão de batismo, datada de 28 de Maio de 1898, constava que o nascimento ocorrera um ano antes, no dia 23 de abril. O apelido Pixinguinha é uma mistura de Pizindim (pequeno bom), posto por uma prima, com Bexiguinha, que surgiu depois que ele contraiu bexiga.

A família Vianna era numerosa; dos catorze filhos, muitos cantavam e tocavam instrumentos. O caçula, Pixinguinha, começou no cavaquinho e acompanhava o pai que tocava flauta em alguns bailes. Logo começou a estudar música, experimentando também o bombardino e aos doze anos, compunha sua primeira obra, o choro Lata de leite, inspirado nos boêmios (os chorões da época), que bebiam o leite deixado nas portas das casas, quando retornavam das noitadas e dos bailes. A casa dos Vianna reunia chorões ilustres, como Candinho do Trombone, Viriato, Bonfiglio de Oliveira, e muitos outros. O menino Pixinguinha tentava reproduzir numa flautinha de folha, algumas das músicas executadas. Em pouco tempo começaria a ter aulas e em 1911 o professor Irineu "Batina" levaria o aluno para tocar flauta na orquestra da Sociedade Dançante e Carnavalesca Filhas da Jardineira. São desta época os primeiros registros em jornais sobre Pixinguinha, ainda como Alfredo Vianna Júnior.

Neste ano gravou seus primeiros discos, como componente do conjunto Choro Carioca; são eles: São João debaixo d'água, Nhonhô em sarilho e Salve (A Princesa de Cristal). No ano seguinte já era diretor de harmonia do rancho Paladinos Japoneses e fazia parte do conjunto Trio Suburbano. Em 1912 participou de cinco discos, de uma só face, que fazem parte do acervo do professor Mozart Araújo. Aos quinze anos já tocava profissionalmente na Casa de Chope La Concha. Depois trabalhou em cassinos, cabarés e teatros.


Em 1915 Pixinguinha era destaque da emergente Música Popular Brasileira. Já havia gravado discos e editado músicas de sucesso. Os jornais da época começavam a citar o jovem flautista. Em 1917 o músico era solicitado para as principais festas carnavalescas. Dois anos depois, formou-se o conjunto Oito Batutas, composto de flauta, violões, piano, bandolim, cavaquinho e percussão. Em breve o conjunto se tornava moda também nos salões elegantes, e a aristocracia já cansada da música erudita, se renderia ao charme dos rapazes "morenos". O sucesso dos "Batutas" começava a incomodar e os ataques foram muitos. A sociedade carioca imitava os modos e a cultura européia; para muitos era uma vergonha ter uma orquestra de pretos no Rio de Janeiro, mas os rapazes venceram e em breve estavam viajando por outros estados, sempre com estrondoso sucesso. Em Janeiro de 1922 Os Oito Batutas embarcam em um navio, rumo a Paris, com os bailarinos Duque e Gaby. A temporada deveria ser de um mês, mas o sucesso fez com que o grupo permanecesse por mais cinco meses. Os Batutas, composto entre outros, por Donga e China (seu irmão), apresentaria à França a ginga carioca, com muito samba, swing e maxixe.

Em 1923 compôs Carinhoso, talvez seu maior sucesso e quatro anos depois casou-se com Albertina Nunes Pereira, a Bety. A trajetória de Pixinguinha foi ascendente e a partir da década de 30, participou de gravações históricas: Com Carmen Miranda, em, Ta-hi (Pra você gostar de mim) e O teu cabelo não nega, esta última, também com a participação de Lamartine Babo. Com o grupo da Guarda Velha, em 1932, tocaria com Luís Americano, Donga e João da Baiana entre outros. Como músico ou maestro, já era mestre, atuando com todos os grandes intérpretes da época. Foi um dos fundadores do rádio, ainda em 1922 e inaugurou várias estações cariocas, como Tupi Transmissora (atual Globo), Mayrink Veiga, etc. Depois de oito anos de casamento, Pixinguinha e Betty adotaram um menino, Alfredo da Rocha Vianna Neto. Em 1937 se juntaria com João da Baiana, Tute, Luperce Miranda e de Valeriano, e formariam "Os Cinco Companheiros".

A década de 40 trouxe problemas para Pixinguinha. Bety estivera doente e o mercado de trabalho estava ruim, com a invasão da música norte-americana nas rádios. Além disso, o músico já não tinha a mesma embocadura para o uso da flauta. Em 1946, trocaria definitivamente o instrumento pelo sax, formando uma dupla com o flautista Benedito Lacerda. Já na metade da década de 50 surgiu a Velha Guarda, reunindo, entre outros, os amigos Donga e João da Baiana. Em 57, Pixinguinha já com 71 anos, gravou seis discos, dos quais se destacam, Os Cinco Companheiros, Pixinguinha e sua banda e Carnaval dos Bons Tempos.

No final dos anos 40 começou a sofrer do coração e em 1958, teve a sua segunda crise cardíaca. Ao longo de sua vida, recebeu cerca de 40 troféus e medalhas e em 1961, foi nomeado, pelo então presidente Jânio Quadros, para o Conselho Nacional de Música; não chegando a assumir o cargo, já que Jânio renunciaria. Um ano depois, fez uma parceria famosa com Vinícius de Moraes, na trilha sonora do filme Sol sobre a lama. Lamentos e Mundo Melhor foram os grandes sucessos da dupla. Em Junho de 1964 passou um mês internado, depois de sofrer um edema agudo seguido de enfarte. Depois de dois anos parado, tocou sax na festa em sua homenagem, Noite de Pixinguinha, no Teatro Jovem, tendo como convidados, João da Baiana e Clementina de Jesus. Em 1968, foram comemorados os seus 70 anos com uma exposição no Museu da Imagem e do Som, uma audição no Teatro Municipal e sessão comemorativa na Assembléia Legislativa. Em Junho de 1972 Betty faleceu; sem a companheira de sempre, Pixinguinha passaria a viver em companhia de Alfredinho e sua nora. A alegria voltou em 1973, quando nasceu Eduardo, seu segundo neto. Pixinguinha compôs então pela última vez, Eduardinho no choro. Vinte e seis dias depois, faleceu na Igreja Nossa Senhora da Paz, aonde tinha ido para batizar o filho de um amigo. Seu corpo foi velado no MIS e no dia seguinte, enterrado no cemitério de Inhaúma, junto ao de Betty. O povo, em uma última homenagem, cantou Carinhoso.

O gênio

Ary Barroso foi um dos primeiros a protestar contra a forma como os sambas - e outros ritmos brasileiros - estavam sendo gravados, nos momentos da expansão da indústria fonográfica no Brasil. Não que tivesse algo de pessoal contra os maestros e instrumentistas estrangeiros encarregados de executar nossas músicas, mas bastava simplesmente ouvi-los para sentir a falta de sotaque brasileiro. Os arranjos obedeciam à escola italiana, os músicos tocavam como nos velhos tempos dos maxixes, não se observava a presença de ritmistas nas orquestras, faltando molho e sabor nacionais às gravações.

A solução veio com um gênio negro nascido no Rio de Janeiro, em 1898, e que, aos 12 anos, já era considerado o maior flautista da cidade. No futuro, viria a sê-lo também do Brasil e, em termos de música popular, talvez do mundo. Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, que já tivera a grande experiência internacional liderando os Oito Batutas em Paris, era nome conhecido e respeitado como músico e líder, quando sua carreira de arranjador, uma guinada em seu destino e no da música popular brasileira, aconteceu.

A primeira vez que formou uma orquestra, ou algo parecido, foi na Exposição do Centenário da Independência do Brasil, em 1922, no Rio de Janeiro. Como ele mesmo contava: “A Rádio Sociedade tinha um estúdio na Exposição. Tinha aqueles alto-falantes e fui irradiar da Exposição. Eu e Zaíra de Oliveira, grande cantora e que veio a ser posteriormente esposa do Donga. (...) toquei em uma exposição da General Motors, da qual participou também Villa-Lobos. Eu organizei uma orquestra popular, com instrumentos de orquestra”.

Sérgio Cabral, na biografia de Pixinguinha, aclara: “O compositor e pianista Eduardo Souto, encarregado de convidar os artistas e as orquestras que iriam apresentar-se diariamente, pediu a Pixinguinha para organizar uma orquestra, tarefa cumprida com a participação de todos os batutas e mais o reforço de Bonfiglio de Oliveira e da cantora Zaíra de Oliveira. (...) Durante toda a exposição, Pixinguinha e sua orquestra tocaram diariamente no pavilhão da General Motors”. Nascia o primeiro maestro brasileiro a tocar música com o nosso sotaque.

A primeira escola de arranjos para Pixinguinha foi o teatro de revista. Foi em composições suas e alheias que o maestro burilou o estilo e iniciou o trabalho de criação de uma forma brasileira de execução orquestral. Seu jeito de levar para a pauta a parte de cada instrumento, no todo de um arranjo, foi ganhando forma na soma de trabalhar muitos ritmos e maneiras de fazer música. Ele próprio, compondo para revistas, fazia músicas japonesas, americanas, argentinas, francesas e por aí afora.

Em 1928, logo após implantação da gravação elétrica no Brasil, Pixinguinha pôde usar a gravadora Odeon como Laboratório para experimentos orquestrais. Gravou como nunca, músicas dele e de outros compositores Apresentava-se como Pixinguinha e Conjunto, Orquestra Típica Pixinguinha-Donga e Orquestra Típica Oito Batutas.

Em maio de 1928, em companhia de Donga, forma uma orquestra de caráter inteiramente brasileiro. Criada para tocar na Exposição de Automobilismo, Autopropulsão e Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro, dos 40 músicos 34 eram instrumentistas de cordas e ritmo, visto que Pixinguinha e Donga objetivavam, com essa orquestra "típica", fazer frente às jazz-bands e às típicas argentinas, febre musical da época.

A consolidação como maestro e arranjador viria em 1929, quando a gravadora Victor contratou Pixinguinha corno seu orquestrador de discos e maestro da Orquestra Victor Brasileira. Em, no mínimo, seis gravações por ano, apareceria como solista de flauta, completando suas funções. Sérgio Cabral destaca a partir daí a importância dessa orquestra para o panorama da música brasileira de então, que finalmente se passou a tocar música brasileira de um jeito brasileiro incluindo aí o samba provindo do Estácio.

As orquestrações de Pixinguinha podiam ser reconhecidas de imediato. As introduções que criava, compondo sobre temas alheios, deram tom definitivo ao arranjo nacional. A de O teu cabelo não nega chega a ser tão lembrada quanto a própria música. Sem nunca ter parado de estudar e trabalhar, Pixinguinha é uma referência até hoje para os maestros brasileiros, como continuará sendo amanhã.


Obra completa:

Acerta o passo (c/Benedito Lacerda), choro, 1950; Agüenta, seu Fulgêncio (c/Lourenço Lamartine), choro, 1929; Ai, eu queria, samba, 1928; Ainda existe, choro, 1928; Ainda me recordo (c/Benedito Lacerda), maxixe, 1932; Amigo do povo, choro, 1928; Assim é que é, polca, 1957; Os batutas (c/Duque), samba, s.d.; Bebe (c/Paulino Sacramento), 1957; Benguelê, lundu, 1946; Bianca (c/Andreoni), valsa, s.d.; Buquê de flores (c/W. Falcão), marcha-rancho, 1968; Cafezal em flor (c/Eugênio Fonseca), canção, 1931; Caixa alta, 1975; Canto em rodeio, 1992; Carinhoso, choro, 1928; Carinhoso (c/João de Barro), samba, 1937; Carnavá tá aí (c/Josué de Barros), marcha, 1930; Carne assada, 1913; Casado na orgia (c/João da Baiana), samba, 1933; Casamento do coronel Cristino, polca-choro, 1930; Um caso perdido, samba, s.d.; Cascatinha, 1957; Céu do Brasil (c/Gomes Filho), marcha-rancho, 1940; Cheguei (c/Benedito Lacerda), choro, 1946; Chorei, choro, 1942; Um chorinho no parque São Jorge (c/Salgado Filho), choro, 1958; Um chorinho pra Elisete, 1975; Os cinco companheiros, choro, 1942; Cochichando (c/Alberto Ribeiro e João de Barro), choro, 1944; Cochicho, 1961; Conversa de crioulo (c/Donga e João da Baiana), samba de partido-alto, 1931; Cuidado, colega (c/Benedito Lacerda), choro, 1948; Dança dos ursos, samba, 1930; Dançando, fox-trote, 1922; Dando topada, maxixe polca, 1957; De mal pra pior (c/Hermínio Belo de Carvalho), s.d.; Descendo a serra (c/Benedito Lacerda), choro, 1947; Desencanto, 1975; Desprezado, choro, 1929; Devagar e sempre (c/Benedito Lacerda), choro, 1949; Dininha (c/Benedito Lacerda), valsa, 1948; Diplomata, 1975; Displicente (c/Benedito Lacerda), choro, 1950; Os dois que se gostam, tango, 1919; Dominante, tango, 1916; Ela e eu (c/Benedito Lacerda), polca, 1947; Encantadora, polca, 1928; Estou voltando, choro, 1932; Eu sou gozado assim, samba, 1931; Fala baixinho (c/Hermínio Belo de Carvalho), choro, 1964; Festa de branco, samba, 1928; Uma festa de Nanã (c/Gastão Viana), lundu, 1941; Flausina (c/Pedro Gaudino), 1957; Foi muamba (c/Índio), samba, 1930; Fonte abandonada (c/Índio), canção, 1931; Fraternidad, tango, 1928; Gargalhada, 1968; O gato e o canário (c/Benedito Lacerda), polca, 1949; Gavião calçudo, samba, 1929; Glória, valsa, 1934; Guiomar (c/Baiano), marcha, 1929; Hal hu! lahô! (c/Donga e João da Baiana), samba de partido-alto, 1931; Harmonia das flores (c/Hermínio Belo de Carvalho), choro, 1964; Hino de Ramos (c/Alberto Lima), 1966; Os home implica comigo (c/Carmem Miranda), samba, 1930; Infantil, choro, 1928; Ingênuo (c/Benedito Lacerda), choro, 1947; Inspiração, 1975; Iolanda, valsa, 1935; Ipiranga, fox-trot, 1922; Isso é que é viver (c/Hermínio Belo de Carvalho), choro, 1964; Isto não se faz (c/Hermínio Belo de Carvalho), choro, 1964; Já andei (c/Donga e João da Baiana), batucada, 1932; Já te digo (c/China), samba carnavalesco, 1919; Jardim de Ilara (c/C. M. Costa), canção, s.d.; Joaquim virou padre, 1992; Knock-out, fox-trot, s.d.; Lá-ré, polca, 1923; Lamento (c/Vinícius de Morais), choro, 1962;Lamentos, choro, 1928; Lata de leite, 1911; Leonor, samba, 1930; Levanta, meu nego, maxixe, 1931; Lusitânia, canção, s.d.; Mais quinze dias, choro, 1964; Mais três dias, 1964; O malhador (c/Donga e Mauro de Almeida), samba carnavalesco, 1918; Mama, meu netinho (c/Jararaca), marcha, 1941; Mamãe Isabé (c/João da Baiana), macumba, 1933; Marilene (c/Benedito Lacerda), choro, 1950; Marreco quer água, polca, 1959; Maxixe de ferro (diosé Nunes), 1957; A menina do sobrado (c/Benedito Lacerda), choro, 1951; O meu conselho, samba, 1931; Meu coração não te quer (c/E. Almeida), choro, 1941; Minha cigana (c/Benedito Lacerda), marcha, 1947; Minha gente, 1962; Mis tristezas solo lloro, tango, 1928; Morro da favela, maxixe, 1917; Morro do Pinto, maxixe, 1917; Mulata baiana (c/Gastão Viana), samba-jongo, 1938; Mulher boêmia (c/Lamartine Babo), samba, 1928; Mundo melhor (c/Vinícius de Morais), 1967; Não gostei dos teus olhos (c/João da Baiana), samba, 1933; Não me digas, 1975; Não posso mais, choro, 1953; Não tem nome, polca, 1913; Naquele tempo (c/Benedito Lacerda), choro, 1946; Naquele tempo, choro, 1934; Nasci pra domador (c/Valfrido Silva), samba, 1933; No elevador, choro, 1964; Noite e dia (c/W. Falcão), choro-canção, 1968; Nostalgia ao luar, valsa, 1919; Número um, choro, 1928; Os Oito Batutas (c/Benedito Lacerda), tango, 1919; Onde foi Isabé, embolada, 1929; Oscarina, valsa, 1934; Paciente, choro, 1959; Pagão (c/Benedito Lacerda), choro, 1947; Página de dor (c/Índio), valsa, 1959; Papagaio sabido (c/C. Araújo), samba, 1930; Passatempo, 1968; Patrão, prenda seu gado (c/Donga e João da Baiana), chula raiada, 1931; Pé de mulata, samba, 1928; Poema de raça (c/Z. Reis e Benedito Lacerda), samba, 1955; Poética, polca, s.d.; Pombinha (c/Donga), samba carnavalesco, 1919; Por você fiz o que pude (c/Cícero de Almeida), samba, 1936; Pretensiosa, polca, 1928; Proezas do Sólon (c/Benedito Lacerda), choro, 1947; Promessa, samba, 1928; Pula sapo, 1971; Que perigo, choro, 1955; Que querê (c/Donga e João da Baiana), macumba, 1932; Quem foi que disse, samba, 1928; Raiado (c/Gastão Viana), samba, 1931; Rancho abandonado (c/Índio), canção, 1930; O rasga, 1977; Recordações, 1975; Recordando, choro, 1935; Rosa, valsa, 1917; Rosa (c/Otávio de Sousa), valsa-canção, 1937; Salto do grilo, 1975; Samba de fato (c/Cícero de Almeida), samba de partido-alto, 1932; Samba de nego, 1928; Samba do urubu (Variações sobre Urubu), 1971; Samba fúnebre (c/Vinícius de Morais), 1971; Samba na areia, samba, 1929; Sapequinha, polca- choro, 1926; Sarravulho, 1975; Saudade de Santa Cruz (c/Muraro), choro, 1948; Saudação, 1992; Saudade do cavaquinho (c/Muraro), choro, 1946; Sedutor (c/Benedito Lacerda), choro, 1949; Segura a mão (c/Benedito Lacerda e Mário), choro, 1950; Segura ele, choro, 1929; Sensível, 1977; Sentimento oculto, 1996; Seresteiro (c/Benedito Lacerda), choro, 1949; Seu Lourenço no vinho (c/Benedito Lacerda), choro, 1948; Sofres por que queres (c/Benedito Lacerda), tango, 1917; Solidão, choro, 1964; Soluços (c/Benedito Lacerda), choro, 1949; Sonho da Índia (c/N. N. e Duque), fox, s.d.; Sonhos, 1975; Só para moer (c/Benedito Lacerda), choro, 1950; Stella (c/De Castro e Sousa), fox-blue, s.d.; Tapa buraco, choro, 1926; Te encontrei, 1975; Teu aniversário, choro, 1950; Teus ciúmes, samba, 1930; Triangular, choro, 1942; Tristezas não pagam dívidas, valsa, s.d.; Um a zero (c/Benedito Lacerda), choro, 1949; Urubatã (c/Benedito Lacerda), choro, 1929; Urubu, samba, 1923; O urubu e o gavião, choro, 1930; Vagabundo (c/Benedito Lacerda), choro, 1951; Vaga-lume sorrindo, polca, 1917; Vagando (c/Benedito Lacerda), choro, 1951; Vamos brincar, choro, 1928; Variações sobre o urubu e o gavião (c/Benedito Lacerda), choro, 1945; Vasconcelos em apuros, 1977; Vem cá! não vou!, choro, 1929; Vi o pombo gemê (c/Donga e João da Baiana), batucada, 1932; A vida é um buraco, choro, 1930; Você é bamba (c/Cícero de Almeida), samba, 1936; Você não deve beber (c/Manuel Ribeiro), samba, 1940; Vou pra casa, choro, 1964; Vou vivendo (c/Benedito Lacerda), choro, 1946; Xou Kuringa (c/Donga e João da Baiana), macumba, 1932; Yaô africano (c/Gastão Viana), lundu, 1938; Zé Barbino (c/Jararaca), canção, 1941.

Fontes: MPB Compositores - Fascículos - Editora Globo; A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; Cifrantiga - História da MPB e Cifras.

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