
Edmundo Silva (Edmundo Garcia da Silva, circa 1910, Rio de Janeiro, RJ), cantor, era irmão do cantor
Orlando Silva, de quem foi grande incentivador da carreira artística. Sua trajetória artística, entretanto, não foi adiante.
Começou cantando na Rádio Cajuti. Contratado pela Odeon gravou seu primeiro disco em 1939, quando seu irmão Orlando já era um ídolo nacional, interpretando com acompanhamento da Orquestra Odeon a marcha
Linda espanhola, de Ciro de Souza e
Felisberto Martins, e o samba
Amor, de
Bide e
Marçal.
No mesmo ano, gravou mais dois discos pela Victor interpretando com acompanhamento de orquestra a marcha
Formosa argentina, de
Wilson Batista e Germano Augusto, e o frevo-canção
Jangadinha do amor e o maracatu
Ou...já vou, dos
Irmãos Valença, e com acompanhamento de regional, o samba
A respeito de amor, de Wilson Batista e
Arnô Canegal.
Em janeiro de 1941, gravou, ainda na Victor, a marcha
Quem não tem cão, de J. Diaferia e Morfeu, e o samba
Isquindô, de
Getúlio Marinho e Antenor Borges. Em disco lançado em janeiro do ano seguinte, interpretou com acompanhamento de
Fon-Fon e sua orquestra o samba
Jurema, de
Peterpan e Felisberto Martins, e a marcha
Quadrilha carnavalesca, de
Dunga e
Cristóvão de Alencar.
Em 1942, registrou, com acompanhamento do conjunto Odeon, os sambas
Lar, doce lar, de Cristóvão de Alencar e Dunga (Valdemar de Abreu), e
A carta, de Roberto Martins. Para o carnaval de 1943, gravou com acompanhamento do conjunto regional Odeon, os sambas
Felicidade que passou, de Valdemar Silva e Edgard Freitas, e
Vejo-te em sonho, de Felisberto Martins e Henrique Mesquita. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de
Benedito Lacerda e seu conjunto regional os sambas
Ironia da sorte, de Cristóvão de Alencar, Zezinho e Alcebíades Nogueira, e
Encontro de amor, de Felisberto Martins e Ari Monteiro.
Para o carnaval de 1944, lançou a marcha
Alô indu!, de Pedro Camargo,
Roberto Roberti e
Sá Róris, e o samba
Trabalha, de Roberto Roberti e Pedro Camargo, com acompanhamento da orquestra Odeon. De curta carreira, gravou nove discos pelas gravadoras Odeon e Victor interpretando composições de autores como Felisberto Martins, Cristóvão de Alencar, Wilson Batista, Valdemar de Abreu, Getúlio Marinho e outros.
Discografia
(1943) Felicidade que passou/Vejo-te em sonho, Odeon, 78; (1943) Ironia da sorte/Encontro de amor, Odeon, 78; (1942) Lar, doce lar/A carta, Odeon, 78; (1941) Jurema/Quadrilha carnavalesca, Odeon, 78, (1941) Quem não tem cão/Isquindô, Victor, 78; (1940) No samburá da baiana/Vai andar, Victor, 78; (1939) Linda espanhola/Amor, Odeon, 78; (1939) Formosa argentina/A respeito de amor, Victor, 78; (1939) Jangadinha do amor/Ou...já vou, Victor, 78.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.