Mostrando postagens com marcador luis reis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador luis reis. Mostrar todas as postagens

sábado, 5 de agosto de 2006

Palhaçada

Ao contrário de “Nossos Momentos”, “Palhaçada” mostra o lado não-romântico da parceria Luiz Reis-Haroldo Barbosa e é o seu maior sucesso. Num estilo sincopado, meio bossa nova, o samba focaliza as desventuras de um sujeito que, apesar de enganado e abandonado por uma mulher, admite aceitá-la de volta com as desvantagens que isso possa representar: “Mas se ela quiser / voltar pra mim / vai ser assim / cara de palhaço / roupa de palhaço / até o fim.”


Isaura Garcia
Mais conhecido como “Cara de Palhaço”, “Palhaçada” teve só em 1961 onze gravações, o que comprova o seu sucesso. Contudo a do personalíssimo Miltinho foi a que marcou, sem demérito para as dos rivais Ivon Curi, Dóris Monteiro, Isaura Garcia e Elizeth Cardoso (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34)..

Palhaçada (samba, 1961) - Haroldo Barbosa e Luiz Reis

Cara de palhaço, pinta de palhaço, roupa de palhaço
Foi esse o meu amargo fim...
Cara de gaiato,pinta de gaiato, roupa de gaiato...
foi o que eu arranjei "pra" mim...

Estavas roxa por um "trouxa"
"pra" fazer cartaz.
Na tua lista de golpista,
tem um bobo a mais...

Quando a chanchada deu em nada,
eu até gostei.
A fantasia foi aquela que esperei.

Cara de palhaço, pinta de palhaço, roupa de palhaço
Pela mulher que não me quer...
Mas, se ela quiser voltar "pra" mim,
vai ser assim....
cara de palhaço, pinta de palhaço...
até o fim...

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Meu nome é ninguém

Meu nome é ninguém (samba, 1962) - Haroldo Barbosa e Luiz Reis

Miltinho

A7+ ----Bb°------- Bm7
------------Foi assim
-------------------E9--------------- Dbm7
A lâmpada apagou / A vista escureceu
----------------------Cm7----------------- Bm7 ---E9
Um beijo então se deu / E veio a ânsia louca
--------E7-------- A7+ -----Gbm----- Bm7------ E7
Incontida no amor
--------Bm7 ----------------E9
E depois daquele beijo então
---------------------Dbm7
Foi tanto querer bem
---------------------------Cm7
E alguém dizendo a alguém
--------Bm7 ----E7-------- A7+------- A7/5+
Meu bem só meu - meu bem
----------D7+ --------------------- Eb°
Nosso céu onde as estrelas cantavam
----------------------Db7+----- Bbm7------ Ebm7
De repente ficou mudo
---------------Ab7 -----Db7+ -------E7
Foi-se o encanto de tudo
-----------(Ab7)---------- Db7+ -------E7
Quem sou eu - quem é você
---------Bm7-------------- E9
Foi assim só Deus sabe quem
--------------------Dbm7
Deixou de querer bem
-------------------------Cm7
Não somos mais ninguém
-----------------------Bm7
O meu nome é ninguém
----------------------E7--------- Bb7---- A ----D9----- A6
E o seu nome também -------Ninguém.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Canção da manhã feliz

Canção da manhã feliz (samba) - 1962 - Haroldo Barbosa e Luiz Reis

C----- Db° --Dm7 ---G7 ------------C --------Db°
----Luminosa manhã / Porque tanta luz
----------------Dm7 ----G7 -------------C--------- Bm7------ E7
Dá-me um pouco de céu / Mas não tanto azul
----------------Am----------- Dm6 ---E7-------------- Bb7------------- A7
Dá-me um pouco de festa não esta / -------Que é demais pro meu anseio

--------D7 ----Am-------- D7------ Dm7 -------G7
Ela veio manhã / Você sabe, ela veio
----------Dm7 --------G7 ------------C -------Dm7 -----Em7----- Dm7
Despertou-me chorando / E até me beijou
-------Gm7----- C7 --------F -------Gm7----- Am7 ------Gm7
Eu abri a janela / E este sol entrou

----------F-------------- Gb° --------Em7 ----------A7
De repente em minha vida / Já tão fria e sem desejos
-------------Dm7---- G7----------- Gm6 ----------A7
Estes festejos /---------- Esta emoção
--------Dm7 -----G7-------- Gm6 ------A7
Luminosa manhã / Tanto azul tanta luz
---------Dm7 -----G7 -----------C------- Ab------- C
É demais -------pro meu coração

domingo, 4 de junho de 2006

Nossos momentos

Haroldo Barbosa
O radialista, compositor e colunista de turfe Haroldo Barbosa sempre fez boas letras, modernas, inteligentes, espirituosas. Mas foi só com uns vinte anos de carreira que encontrou o parceiro ideal na pessoa do pianista-compositor Luiz Reis, também comentarista de corridas de cavalo.

Essa dupla reinou no início dos anos sessenta, quando lançou sucessos em série, a maioria nas vozes de Elizeth Cardoso e de Miltinho. O samba-canção “Nossos momentos” em que se destaca a melodia de Luiz Reis, é um desses sucessos (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).


Agostinho dos Santos
Nossos momentos (samba-canção, 1961) - Luiz Reis e Haroldo Barbosa

Tom: Bb
Intro: Eb Bb/D F# Cm7 F7  

Bb Bº
Momentos são iguais àqueles
Cm7 G5+/7
Em que eu te amei
Cm5+ F7
Palavras são iguais àquelas
Bbº Bb F7
que eu te dediquei
Bb/D Dbº
eu escrevi na fria areia
Cm7
um nome para amar
Gm7 C7
O mar apagou, tudo apagou
Ebm F7
Palavras leva o mar
Bb Bº
teu coração, praia distante
Cm7 G5+/7
em meu perdido olhar
Cm5+ F7
teu coração, mais inconstante
Bbº Bb
que a incerteza do mar
Dm5-/7 G7
teu castelo de carinhos
Cm7 Ebm
eu nem pude terminar
Cm7 F7
Momentos meus que foram teus
Bb F7
agora é recordar

SOLO (1ª PARTE)

Bb/D Bbº
eu escrevi na fria areia
Cm7
um nome para amar
Gm7 C7
O amor chegou, tudo apagou
Ebm F7
Palavras leva o mar
Bb Bº
teu coração, praia distante
Cm7 G5+/7
Em meu perdido olhar
Cm5+ F7
teu coração, mais inconstante
Bbº Bb
que a incerteza do mar
Dm5-/7 G7
teu castelo de carinhos
Cm7 Ebm
eu nem pude terminar
Cm7 F7
Momentos meus que foram teus
Bb F7
agora é recordar

domingo, 9 de abril de 2006

Luiz Reis

Luiz Reis (Luiz Abdenago dos Reis), instrumentista e compositor nasceu em São Luís MA em 31/3/1926 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 9/2/1980. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro aos seis anos, aprendendo de ouvido a tocar piano, violão, bateria e pandeiro.

Aos 17 anos, transferindo-se para Belo Horizonte MG, começou a atuar como pandeirista no conjunto Dazinho. Aproveitava as folgas do pianista para treinar e acabou por substituí-lo efetivamente. Passou depois para o conjunto Zé do Pistom, tocando em cabarés e escolas de danças, até que, em 1944, retornou ao Rio de Janeiro, onde foi contratado como pianista do programa Hora do Guri, na Rádio Mauá.

Paralelamente, começou a trabalhar como redator em vários jornais e, em 1950, foi para a Última Hora, do Rio de Janeiro, aí conhecendo o compositor Nássara. Sem deixar o jornalismo, dois anos depois passou a tocar na boate Tasca, onde também era pianista Tom Jobim, integrando, a partir de 1956, o conjunto de Bené Nunes, que deixou três anos mais tarde.

Em 1960 formou seu próprio quarteto, atuando na Casa da Praia, e compôs sua primeira música, Projeção (com Haroldo Barbosa). No mesmo ano, teve sua primeira composição gravada, Alô, brotos (com Haroldo Barbosa), por Sônia Delfino, na Philips. Ainda nessa época compôs, também com Haroldo Barbosa, vários sucessos, como Notícia de jornal, Nossos momentos, Tudo é magnífico e Palhaçada, este o maior êxito da dupla, lançado por Miltinho, na RGE.

Em 1962 gravou seu primeiro LP como solista, o Samba de balanço, na Philips, e, três anos depois, com João Roberto Kelly, Samba a quatro mãos, pela RCA. Em 1968 classificou seu samba O craque do tamborim (com Nássara) e a marcha Zé do surdo (com Etmar Vieira de Andrade), no II Concurso de Músicas de Carnaval, da Secretaria de Turismo da Guanabara. Teve como principais parceiros Haroldo Barbosa, Nássara e Luís Antônio.

Suas composições foram gravadas principalmente por Elizeth Cardoso e Miltinho, obtendo este grande sucesso com Só vou de mulher, Devagar com a louça e Meu nome é ninguém (com Haroldo Barbosa), além de Palhaçada. Tocou em shows e boates, compôs jingles e música para filmes, como Poema dos sonhos (com Luís Antônio), da trilha sonora de Onde a terra começa (direção de Rui Santos).

Luiz Reis

Luiz Reis
Luiz Reis (Luiz Abdenago dos Reis), instrumentista e compositor nasceu em São Luís MA em 31/3/1926 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 9/2/1980. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro aos seis anos, aprendendo de ouvido a tocar piano, violão, bateria e pandeiro.

Aos 17 anos, transferindo-se para Belo Horizonte MG, começou a atuar como pandeirista no conjunto Dazinho. Aproveitava as folgas do pianista para treinar e acabou por substituí-lo efetivamente. Passou depois para o conjunto Zé do Pistom, tocando em cabarés e escolas de danças, até que, em 1944, retornou ao Rio de Janeiro, onde foi contratado como pianista do programa Hora do Guri, na Rádio Mauá.

Paralelamente, começou a trabalhar como redator em vários jornais e, em 1950, foi para a Última Hora, do Rio de Janeiro, aí conhecendo o compositor Nássara. Sem deixar o jornalismo, dois anos depois passou a tocar na boate Tasca, onde também era pianista Tom Jobim, integrando, a partir de 1956, o conjunto de Bené Nunes, que deixou três anos mais tarde.

Em 1960 formou seu próprio quarteto, atuando na Casa da Praia, e compôs sua primeira música, Projeção (com Haroldo Barbosa). No mesmo ano, teve sua primeira composição gravada, Alô, brotos (com Haroldo Barbosa), por Sônia Delfino, na Philips. Ainda nessa época compôs, também com Haroldo Barbosa, vários sucessos, como Notícia de jornal, Nossos momentos, Tudo é magnífico e Palhaçada, este o maior êxito da dupla, lançado por Miltinho, na RGE.

Em 1962 gravou seu primeiro LP como solista, o Samba de balanço, na Philips, e, três anos depois, com João Roberto Kelly, Samba a quatro mãos, pela RCA. Em 1968 classificou seu samba O craque do tamborim (com Nássara) e a marcha Zé do surdo (com Etmar Vieira de Andrade), no II Concurso de Músicas de Carnaval, da Secretaria de Turismo da Guanabara. Teve como principais parceiros Haroldo Barbosa, Nássara e Luís Antônio.

Suas composições foram gravadas principalmente por Elizeth Cardoso e Miltinho, obtendo este grande sucesso com Só vou de mulher, Devagar com a louça e Meu nome é ninguém (com Haroldo Barbosa), além de Palhaçada. Tocou em shows e boates, compôs jingles e música para filmes, como Poema dos sonhos (com Luís Antônio), da trilha sonora de Onde a terra começa (direção de Rui Santos).