quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Marambá

Marambá (José Mariano da Fonseca Barbosa), compositor e instrumentista, nasceu em Surubim, PE, em 22/5/1896, e faleceu na cidade do Recife, PE, em 2/9/1968.Membro de uma família de músicos de banda conhecida como os Capibas, estudou música com o pai. 

Entre 1908 e 1910, com um de seus sete irmãos, Sebastião, tocou na banda do Ginásio Pernambucano, onde estudavam de graça por sua atuação musical.

Na juventude, integrou diversas bandas de música dirigidas pelo pai, nas cidades pernambucanas de Carpina, Limoeiro e Nazaré da Mata, e nos municípios paraibanos de Taperoá e Campina Grande. 


Suas primeiras composições datam de 1913, época em que residia em Taperoá, tendo publicado, na revista carioca O Malho, seu xótis Teu sorriso, naquele mesmo ano. 

Adotou o pseudônimo de Marambá para não ser confundido com seu irmão Lourenço, compositor conhecido pelo apelido de toda a família, Capiba. Ainda na Paraíba, foi mestre-de-banda em várias cidades, inclusive Patos. Paralelamente, trabalhava no comércio, numa exportadora de algodão, continuando a compor. 

Em 1917 fez o pas-de-quatre Sonhos de namorado. Como funcionário da firma exportadora, transferiu-se para Recife, onde por 1920 integrou, como amador, a Orquestra de Pau e Corda do Bloco Carnavalesco Apois Fum, tocando clarineta. 

Na década de 1930, já consagrado como clarinetista, deu vários concertos na antiga P.R.A.R (depois PRA8), atual Rádio Clube de Pernambuco, onde se apresentava acompanhado ao piano pelo irmão Capiba. 

Autor principalmente de frevos, teve várias composições carnavalescas gravadas por cantores de sucesso, como Carlos Galhardo, Linda Batista, Claudionor Germano e Nelson Gonçalves

Entre seus maiores êxitos, destacam-se Não caio nessa, marcha gravada por Carlos Galhardo em 1934; Hino do Carnaval pernambucano (letra do poeta Aníbal Portela), vencedor do concurso promovido pela Federação Carnavalesca de Pernambuco, gravado pela Orquestra Columbia e coro em 1937; Ui! Que medo eu tive! (letra de Aníbal Portela), que obteve o primeiro lugar na categoria frevo, do mesmo concurso, em 1937, gravada por Francisco Alves; e os frevos de rua gravados pela orquestra de Zacarias, na Victor: Lá vai poeira (1945), Espalha brasa (1946), Linguarudo (1948), Fazendo miséria (1949) e Aperta o passo (1951). 

Obras 

Hino do Carnaval pernambucano (c/Aníbal Portela), 1937; Não caio nessa, marcha, 1934; Sonhos de namorado, pas de-quatre, 1917, Teu sorriso, xótis, 1913; Ui! Que medo eu tive! (c/Aníbal Portela), frevo, 1937.

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