terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nei Lopes


Nei Lopes (Nei Brás Lopes), cantor, compositor e escritor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9/5/1942. Em 1972 teve sua primeira composição gravada, Figa de Guiné (com Reginaldo Bessa), por Alcione no selo Philips.

No ano seguinte, estreou como intérprete gravando duas faixas no LP Tem gente bamba na roda de samba, na Continental.

No final da década de 1970, iniciou parceria com Wilson Moreira, que produziu várias músicas de destaque: Senhora liberdade, gravada por Zezé Mota; Gostoso veneno, por Alcione e Paul Muriat; Goiabada cascão, por Elis Regina; e Coisa da antiga.

A dupla lançou em 1980 o LP A arte negra de Wilson Moreira e Nei Lopes, coletânea de seus maiores sucessos, e em 1985 O partido muito alto de Wilson Moreira e Nei Lopes

Em 1989 escreveu a revista Oh, que Delícia de Negras! (com músicas em parceria com Cláudio Jorge), que fez longa temporada no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Escreveu, com Juana Elbein dos Santos, o encarte para o LP Egungun, Ancestralidade Africana no Brasil.

Em 1997, em comemoração aos 80 anos da primeira gravação do samba Pelo telefone (Donga e Mauro de Almeida) a gravadora EMI/ODEON lançou a caixa Apoteose ao samba, na qual, além dos discos, foi também encartado um livreto com dois textos: um de sua autoria Uma breve estória do samba e outro de Tárik de Souza.

Entre 1999 e 2000, respectivamente, teve encenado pelos alunos de teatro do Centro Cultural José Bonifácio, da Prefeitura do Rio de Janeiro, dois musicais: Clementina (sobre a vida de Clementina de Jesus) e Dona Gamboa, Saúde (sobre a história da região portuária, um dos berços do samba).

Em 2001 publicou Guimbaustrilho e outros mistérios suburbanos, pela Coleção Sebastião, lançada nas bancas de jornais pela Editora Dantes.

No ano de 2003 lançou o livro Sambeabá - O samba que não se aprende na escola, com ilustrações de Cássio Loredano e apresentação de Luiz Antônio Simas (Editoras Casa da Palavra e Folha Seca). O livro foi lançado no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro.

No ano de 2004 publicou, pela Summus Editorial/Selo Negro, Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. No ano seguinte foi lançado o livro O samba do Irajá e de outros subúrbios: um estudo da obra de Nei Lopes, de Cosme Elias, originalmente uma dissertação de mestrado do autor.

Em 2006 publicou Partido alto, samba de bambas (Editora Pallas) e Kitábu: O livro do saber e do espírito negro-africanos" pela Editora Senac-SP, livro no qual fez uma análise filosófica e literária da África e sua diáspora, seus povos, suas línguas e suas religiões na visão dos próprios africanos e dos europeus.

Para teatro, compôs trilhas para as peças O perverso sonho da igualdade e Auto da Indendência, ambas de Joel Rufino dos Santos.

Em 2009 lançou o primeiro romance intitulado Mandingas da mulata velha na Cidade Nova (Editora Língua Geral). Neste mesmo ano foi lançada a sua biografia escrita pelo jornalista Oswaldo Faustino para a Série Retratos do Brasil Negro, da Editora Negro Edições.

Obra

Ao povo em forma de arte (c/ Wilson Moreira), Caído com elegância (c/ Zé Luiz), Candongueiro (c/ Wilson Moreira), Carreiro sanfoneiro (c/ Efson), Cavaco e sapato (c/ Zeca Pagodinho), Chave de cadeia (c/ Wilson Moreira), Cidade assassina (c/ Wilson Moreira), Coco sacudido (c/ Cláudio Jorge), Coisa da antiga (c/ Wilson Moreira), Coité e cuia (c/ Wilson Moreira), Congada de São Benedito (c/ Cláudio Jorge), Corpo mestiço (c/ Fátima Guedes), Debaixo do meu chapéu, Deixa clarear (c/ Wilson Moreira)
Ela é quem manda (c/ Wilson Moreira), Esculacho (c/ Wilson Moreira), Esse negro não se enxerga (c/ Cláudio Jorge), Estrela cadente (c/ Cláudio Jorge), Eu não falo gringo (c/ João Nogueira), Eu não fui convidado (c/ Zé Luiz), Felicidade segundo eu (c/ Dona Ivone Lara), Feliz da vida, Festa da dentadura (c/ Carlão Elegante), Fidelidade partidária (c/ Wilson Moreira), Figa de Guiné (c/ Reginaldo Bessa), Firme e forte (c/ Efson), Fox e trote (c/ Guinga), Fumo de rolo, Ganzá do seu Leitão (c/ Cléber Augusto), Goiabada cascão (c/ Wilson Moreira), Gostoso veneno (c/ Wilson Moreira), Gotas de veneno (c/ Wilson Moreira), Hino de amor ao Salgueiro (c/ Dauro do Salgueiro e João Laurindo), Igual à flor (c/ Délcio Carvalho), Igualzinho, não (c/ Cláudio Jorge), Ixe, maninha (c/ Cláudio Jorge), Jardim coração, Jogo de caipira (c/ Sereno), Jogo rasteiro (c/ Moacyr Luz), Justiça gratuita, Laços e pedaços (c/ Wilson Moreira), Loura Luzia (c/ Dacreu), Lupiciniana (c/ Wilson das Neves), Maracatu do meu avô (c/ Leonardo Bruno), Minha arte de amar (c/ Zé Luiz), Mironga do mato (c/ Wilson Moreira), Mocotó do Tião (c/ Wilson Moreira), Moqueca da Idalina, Morrendo de saudade (c/ Wilson Moreira), Mulata do balaio (c/ Wilson Moreira), Mulher de paletó, Não foi ela (c/ Wilson Moreira), Não nasci pra cinderela (c/ Humberto Araújo), No tempo do Don Don, Noel e Natalina, Nossa rainha, Nosso nome: Resistência (c/ Zé Luiz e Sereno), Novamente primavera (c/ Dauro do Salgueiro), Noventa anos de abolição (c/ Wilson Moreira), O tempero de Dona Yá-Yá (c/ Sidney da Conceição), Olha aí seu Nicolau (c/ Dauro do Salgueiro), Paralelas (c/ Carlão Elegante), Parasifel (c/ Guinga), Peito sangrando (c/ Wilson Moreira), Pharmácias (c/ Ed Motta), Que zungu, Raio de luar (c/ Dauro do Salgueiro), Samba do Irajá, Samba na medida, Sambeabá (c/ Sereno), Sandália amarela (c/ Wilson Moreira), Sapopemba e Maxambomba, Senhora da canção (c/ Cláudio Jorge), Senhora liberdade (c/ Wilson Moreira), Silêncio de bamba (c/ Wilson Moreira), Sinfonia das estrelas (c/ Carlinhos Sideral), Só chora quem ama (c/ Wilson Moreira), Sonho de uma noite de verão (c/ Reginaldo Bessa), Tempo de glória (c/ Wilson Moreira), Tereza firmeza, Tia Eulália (c/ Cláudio Jorge), Tome partido (c/ Zé Luiz), Uma festa no samba (c/ Cláudio Jorge), Vaqueirada (c/ Bororó Felipe e Edmundo Souto), Velho barco (c/ Reginaldo Bessa), Vendedor de Ilusões.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo; Dicionário Cravo Albin da MPB.

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