quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fado da falência

Língua de Trapo

Tom: Bm
Bm A7
Lá nas terrinha portuguesas,
D F#
Eu nunca fui um milionário.
Bm A7
Por outras eu tenho a certeza
D G F#
Que eu nunca fiz papel de otário.
Bm A7
Vim pra São Paulo de trambique,
D F#
Pra trabalhar nuns biscatinhos
Bm A7
Fugindo lá de Moçambique
D G F#
Saí da guerra de fininho.
Bm A7
Abri depressa uma cantina.
D F#
Especialista no tremoço.
Bm A7
Abria a sete da matina
D G
Fechava na hora do almoço.

Refrão:
B
Foi um fracasso financeiro.
F#
Arruinou-se o capital.
B
Confiscaram o meu dinheiro
F# B
Não pude ir pra Portugal


G F# Bm A7
Mas Santo Antônio me ajudou.
D F#
Ganhei no bingo vinte bi.
Bm A7
Montei firma de aquecedores
D
No interior do Piauí.
G F# Bm A7
Veio a falência me arrasaire
D F#
E era cobrança noite e dia.
Bm A7
E quando fui me suicidaire.
D G F#
Eu arrendei uma padaria.
Bm A7
Já dependei uns cem franquinhos.
D F#
Nas minhas mãos fiz até calo
Bm A7
No Brasil ninguém bebe vinho.
D
Só tomam o rabo do galo.

Refrão

G F# Bm A7
Tirei da manga outro valete
D F#
Utilizando raciocínio.
Bm A7
Abri lá na Alameda Glete
D G F#
Uma casa de lenocínio.
Bm A7
A freguesia se esbaldava
D F#
Com aquelas noitadas de orgia.
Bm A7
Uns cem escudos eu cobrava,
D
Já incluindo a companhia.
Bm A7
Que dispaltério, ai, ai, Jesus.
D F#
Fecharam-me a casa, que lástima.
Bm
Porque dei nome ao rendez-vous,
A7 G F#
De Nossa Senhora de Fátima

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