quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Salvador Correia

Salvador Correia (Salvador Correia Barraca), compositor e pandeirista (16/8/1898 Rio de Janeiro, RJ - 05/08/1971 Rio de Janeiro, RJ), também conhecido como "Barraca" (por causa de seu sobrenome, de origem espanhola, que muitos pensavam ser um apelido), foi um músico de renome na cidade do Rio de Janeiro nas décadas de 1920 e começo de 1930.

Em 1924, formou com outros instrumentistas a "Embaixada do Amorzinho", grupo instrumental que se apresentava na Festa Penha e rivalizava com os grupos "Embaixada do Fala Baixo", de Sinhô, e "Embaixada do Caninha", do compositor Caninha. Foi afiliado ao "Cordão dos Anjinhos", do Clube Carnavalesco Tenentes do Diabo. Animou muitos dos fandangos, como eram chamados os bailes na época, do Clube Carnavalesco Tenentes do Diabo.

Em 1926, compôs a marcha Salve Jaú em homenagem ao aviador paulista Ribeiro de Barros, pioneiro na travessia do oceano Atlântico de avião. Em 1927, obteve o primeiro lugar em concurso carnavalesco promovido por um jornal carioca que contava em sua comissão julgadora com os nomes de Coelho Neto, Múcio Leão, Gastão Penalva e Arthur Imbassahy, com a marcha De madrugada.

Nesse ano, sua participação na Festa da Penha com sua embaixada foi assim comentada por um jornal da cidade: "A garbosa Embaixada do Amorzinho, tendo à frente o hábil pandeirista Salvador Correia, foi o conjunto que melhor impressão deixou pela absoluta coesão de todos os elementos (...) Propagando o vasto repertório de sambas e marchas com que se apresentará no próximo ano aos aplausos dos nossos carnavalescos, a Embaixada do Amorzinho constituiu um dos fatos mais palpitantes deste ano no arraial da Penha".

Ainda em 1927, a marcha Salve Jaú foi gravada na Odeon por Francisco Alves. Depois que seu grupo "Embaixada do Amorzinho" se dissolveu passou a integrar a integrar como pandeirista um grupo criado pelo flautista Bide.

Em 1930, teve a marcha Bolinha gravada na Victor por Paulo Ribeiro. Em 1932, seu samba Tava na roda do samba foi gravado na Victor por Almirante e seu Bando de Tangarás. Foi aclamado em sua época como um habilidoso pandeirista.

Em 1965, passou a morar na aprazível Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro onde costumava receber anualmente, por ocasião de seu aniversário, amigos músicos para relembrar os fandangos do passado.

Obra

Bolinha, De madrugada, Salve Jahú, Ser discreto, Sete cordas, Suas-cuecas, Tava na roda do samba.

Fontes: Coletâneas de crônicas de Jota Efegê – Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira Volume I (FUNARTE); Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

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