Pouco importa que me chame
De cruel, até de infame
Ou seja lá do que for
É despeito, eu compreendo
O pior é andar dizendo
Que já foi o meu amor
Gente assim da sua espécie
O desprezo é o que merece
Como você mereceu
Não me lance desafio
Você sabe que o pavio
Da verdade tenho eu
Do contrário qualquer dia
A tua biografia
Vai sair com nitidez
Porque não é com lirismo
Que se descreve o cinismo
De quem sabe o mal que fez
Veja lá se não me obriga
A desfazer tanta intriga
E provar por A mais B
Num puro e simples exame
Quem já fez papel infame
Se fui eu ou foi você . . .
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