
Perdeu-se uma valise (samba, 1959)
- Jorge Veiga e Daniel Lustoza
Perdeu-se uma valise
Com 200 mil cruzeiros
Quem entregar dá-se uma boa gratificação
Não é que a soma seja bondosa
Sim, porque a valise é de estimação
Li o anúncio e fui entregar
No 1028, Rua Escobar
Apareceu um cara tão mal-encarado
Que até deu-me receio de lhe confessar
Estava numa loura muito pendurado
Miséria no meu bolso era de amargar
Abriu uma carteira deu-me dois cruzeiros
Compre um metro de cordas para se enforcar
E quem achou veio entregar
Fiquei contrariado, não quis aceitar
Porque livrei-me de uma bomba que ia estourar
(breque)
"Dinheiro achado não tem dono
Quem mandou entregar?" (fim do breque)
É que tenho o passo do rapaz pagado
Alguém me chama de pato sem poder provar
Eu peço mil desculpas
A quem tiver me ouvindo
E quem nasceu pra ser cachorro
Há de morrer latindo
"Au, au, au, au,
Passa fora cachorro!
Vai morder a perna do Paulo Gracindo."
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